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Efeito inibitório do ácido acético na bioconversão de xilose em xilitol por Candida guilliermondii em hidrolisado de bagaço de cana

Hidrolisado de bagaço de cana-de-açúcar contendo uma concentração inicial de ácido acético de 3,5g/L foi utilizado como meio de fermentação para a bioconversão de xilose em xilitol pela levedura Candida guilliermondii FTI 20037. Ácido acético (2,0g/L) foi adicionado ao meio em diferentes tempos de fermentação, com o objetivo de avaliar o efeito deste ácido neste bioprocesso. O maior efeito inibitório deste ácido na bioconversão de xilose em xilitol pela levedura ocorreu quando este foi adicionado ao meio após 12h de fermentação. Nesta condição observou-se uma redução de 23,22% e 11,24%, respectivamente, no consumo de xilose e no crescimento celular em relação à fermentação em que a adição deste ácido ocorreu no tempo inicial de incubação. Como conseqüência do efeito inibitório, observou-se os menores valores de rendimento (0,39g/g) e produtividade (0,22g/L.h) de xilitol, correspondendo a uma redução de 36 e 48%, respectivamente, em relação aos valores obtidos com a adição de ácido acético nos outros tempos de fermentação. Os resultados obtidos permitem concluir que, nas condições experimentais empregadas neste trabalho, o efeito inibitório do ácido acético sobre a bioconversão de xilose em xilitol é dependente do tempo de fermentação em que a adição do ácido foi feita e não apenas de sua concentração no meio.

xilitol; xilose; ácido acético; hidrolisado de bagaço de cana


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