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Cultivo sucessivo de milho e práticas agrícolas sobre a colonização radical, número de esporos e de espécies de fungos micorrízicos arbusculares

Elevado número de propágulos e de espécies são componentes importantes para manter a sustentabilidade dos ecossistemas, incluindo agrossistemas. Estudos desenvolvidos em áreas temperadas indicaram que monocultivo prolongado conduziu ao decréscimo na abundância de esporos e de espécies de fungos micorrízicos arbusculares (FMA). O presente estudo avaliou a influência da monocultura de milho e de suas práticas culturais sobre o desenvolvimento de FMA durante três anos sucessivos de cultivo em campo. Ao final de cada ciclo, amostras de solo e raízes foram avaliadas quanto à composição de espécies, populações de esporos e colonização radical por FMA. As mudanças da composição das comunidades de FMA estabelecidas durante estes anos foram avaliadas a partir da correlação de Spearman e da Análise dos Componentes Principais. As percentagens médias de colonização radical foram: 66,9, 60,7 e 70,5, respectivamente. No primeiro ano, sete espécies foram detectadas, sendo Scutellospora persica a mais abundante (24,1% dos esporos) e Glomus macrocarpum a espécie mais frequente (100% das amostras). No segundo ano, Glomus etunicatum foi a espécie com maior número de esporos (24,7%) e, juntamente com G. macrocarpum, foi a mais frequentemente observada (90%) numa comunidade de treze espécies. No terceiro ano, vinte e três espécies de FMA foram identificadas, sendo Scutellospora sp. 1 a mais abundante (17,4%), e Gigaspora decipiens e Glomus claroideum as espécies mais frequentes (ambas em 70% das amostras). As principais causas de variação que puderam ser identificadas foram pH e concentrações de fósforo e matéria orgânica no solo.

monocultura; milho; micorriza; diversidade de espécies


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