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Predomínio da morfologia tipo-Paris em talo de Lunularia cruciata colonizado por Glomus proliferum

Observações de microscopia ótica confirmam que L. cruciata colonizada por G. proliferum apresenta caracteres anatomicos (arbúsculos, hifas novelas, arbúsculos enovelados e vesículas) geralmente associadas a raízes micorrízicas arbusculares em que o micélio intra-tálico apresenta uma anatomia predominantemente do tipo Paris. L. cruciata colonizada apresentou redução de biomassa quando comparada com plantas axenicas, sugerindo dreno de recursos para o fungo e consequente redução de nutrientes necessários para o ótimo crescimento da planta. O comportamento do talo-colonizado em relação à disponibilidade de KH2PO4 no meio indica que o limiar de stress nutricional para fósforo se encontra acima do somatório das quantidades residuais deste elemento presentes no PhytagelTM e no inóculo. Os resultados aqui discutidos sugerem a possibilidade de, em certas circunstâncias, a relação entre L. cruciata e G. proliferum ter características de parasitismo e não de simbiose, abrindo novas perspectivas para futuros estudos na determinação da natureza da relação hepática-fungo arbuscular.

Fungos micorrízicos arbusculares; Fósforo; Tipo-Arum; Briófitas; Culturas monoxênicas


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