Acessibilidade / Reportar erro

Colonização da nasofaringe por Haemophilus influenzae em crianças que freqüentam creches em Ribeirão Preto, Estado de São Paulo, Brasil

A colonização da nasofaringe por Haemophilus influenzae (Hi) foi estudada em 114 crianças saudáveis com menos de 3 anos de idade e que freqüentam creches (day-care centers DCC) em Ribeirão Preto, estado de São Paulo, Brasil. Para cada uma das cepas isoladas foram determinados o biótipo, o sorotipo (por antisoro especifico e PCR) e a sensibilidade a 14 antibióticos. A freqüência de colonização por Hi foi de 72,0%. As cepas isoladas foram identificadas como pertencentes aos biótipos II (36,5%), I (21,5%), V (18,2%) e III (16,1%). A freqüência encontrada de cepas encapsuladas foi de 3,2% para o tipo f, 1,0% para o tipo b, 1,0% para o tipo d e 1,0% para o tipo e. A resistência para trimetoprim-sulfametoxazole e ampicilina foi de 46,2% e 10,7% respectivamente. Resistência múltipla foi encontrada em 14 (15,0%) das cepas analisadas. 13,9% das cepas analisadas eram produtoras de beta-lactamase, e não foi recuperada nenhuma cepa beta-lactamase negativa e ampicilina resistente. DCCs são considerados locais de risco, com um alto potencial de disseminação de microrganismos e por isto devem ser continuadamente monitorados com a finalidade de detectar a eliminação da colonização da nasofaringe por cepas H. influenzae tipo b das crianças que freqüentam DCC, ou detectar a sua substituição por outro tipo de cepa.

Haemophilus influenzae; creches; colonização por Hib; antiHib vacinação


Sociedade Brasileira de Microbiologia USP - ICB III - Dep. de Microbiologia, Sociedade Brasileira de Microbiologia, Av. Prof. Lineu Prestes, 2415, Cidade Universitária, 05508-900 São Paulo, SP - Brasil, Ramal USP 7979, Tel. / Fax: (55 11) 3813-9647 ou 3037-7095 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: bjm@sbmicrobiologia.org.br