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Produção de sucedâneo de polvilho azedo em processo contínuo: I. Propriedades físico-químicas e funcionais

Resumo

O amido de mandioca fermentado (polvilho azedo) é valorizado como matéria-prima para o preparo de fast food. Sua produção tradicional por fermentação natural e exposição ao sol favorece a contaminação e impurezas, além de depender das condições climáticas. A literatura explica a expansão característica do polvilho azedo como uma reação do ácido lático produzido durante a fermentação e a radiação solar. Com o objetivo de avaliar um processo comercial em fluxo contínuo, uma lâmpada modular (UV-C) foi empregada para substituir a exposição à luz solar. As doses selecionadas foram 1.000, 5.000 e 10.000 Joules por litro (J l-1). A suspensão de amido de mandioca nativo em água a 6% (base seca) foi ajustada para 4% de ácido lático (base seca) e exposta à radiação UV-C: (a) sem ácido lático, (b) com reação de ácido lático por 1 hora, (c) com radiação ultravioleta, além da combinação de (ac) e (bc). Os resultados mostraram que apenas a combinação de acidificação e radiação ultravioleta (bc) permite uma expansão (11 cm3 g-1) superior ao polvilho azedo comercial (8,24 cm3 g-1) adotado como padrão. Concluiu-se que é possível obter um sucedâneo para o amido fermentado pela acidificação do amido de mandioca nativo com ácido lático em um sistema de fluxo contínuo a partir de uma dose em torno de 5.000 J l-1 de radiação UV-C.

Palavras-chave:
Amido modificado; Carboxilas; Mandioca; Ácido lático; Qualidade

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