Validade de espargos verdes usando revestimento de mistura de mandioca e quitosana

Resumo

Polímeros naturais, como o polissacarídeo, são uma alternativa biodegradável para a fabricação de novas embalagens, a fim de substituir as embalagens convencionais utilizadas para retardar a senescência em vegetais. Este trabalho investigou as propriedades de filmes biopoliméricos de amido de mandioca e quitosana, e seu uso como revestimentos comestíveis para preservar a vida útil (7 °C e 70% umidade relativa- UR) de aspargos verdes, com ou sem armazenamento prévio refrigerado (1 °C e 90% UR) por sete dias. Com base na avaliação prévia dos filmes obtidos a partir de a) fécula de mandioca (2,5%), b) quitosana (0,5%) e c) uma mistura de fécula de mandioca e quitosana (Cassava+) (2,5 + 0,5%), verificou-se que os filmes da mistura fécula e quitosana apresentaram propriedade de barreira melhorada (taxa de permeabilidade ao vapor d’água de 38,06 g/(m².h)) e propriedades mecânicas, com resistência à tração de 0,021 MPa, alongamento à ruptura de 1,93% e módulo de Young de 0,011 MPa. O revestimento à base de fécula de mandioca e quitosana resultou em menor perda de massa e valor L*, e minimizou as mudanças de textura na seção basal de hastes de aspargo verde comercial durante a vida útil de sete dias (7 °C e 70% UR), com armazenamento prévio refrigerado. Todas as hastes revestidas mantiveram níveis globais de carboidratos mais elevados do que o controle, exceto para a sacarose, que diminuiu gradualmente nas seções basais e aumentou nas seções apicais das lanças de aspargo, independentemente do tratamento. O revestimento comestível não teve efeito nas concentrações de asparagina, que aumentaram ao longo do período de vida útil. Todas as hastes com vida útil de sete dias (7 °C e 70% UR), com armazenamento prévio refrigerado (1 °C e 90% UR), desenvolveram o distúrbio fisiológico podridão das pontas.

Palavras-chave:
Asparagus officinalis; Atmosfera modificada; Biopolímero; Propriedade mecânica; Blenda; Amido