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Correlação do teor de polifenóis e capacidade antioxidante de chás medicinais selecionados do mercado brasileiro

Resumo

Apresentamos o conteúdo fenólico, o comportamento redox e o potencial antioxidante de vários chás medicinais selecionados do mercado brasileiro. As amostras foram classificadas como simples (uma única erva) ou compostas (mistura de duas ou mais ervas). Abordagens estatísticas multivariadas complementares foram utilizadas para esclarecer as correlações e interdependências entre as características físico-químicas e antioxidantes dos produtos. No geral, as concentrações de polifenóis e flavonoides totais se correlacionaram com a viabilidade termodinâmica da redução de espécies reativas de oxigênio. A modelagem estatística diferenciou os conjuntos de dados em componentes principais, de modo que o teor de flavonoides se apresentou como o principal parâmetro para segregar dados entre produtos simples e compostos. Por sua vez, o conteúdo de polifenóis totais nos chás foi mais relevante em sua capacidade antioxidante do que o conteúdo de flavonoides. Uma vez que os fabricantes não exibem a quantidade real de cada erva nos rótulos dos chás compostos, não foi possível confirmar se as misturas de várias espécies levam a um incremento substancial em sua capacidade antioxidante. Considerando o perfil redox e o teor de polifenóis totais, o consumo racional dos chás verde e preto e da erva-mate tradicional pode contribuir na prevenção de doenças associadas ao estresse oxidativo na população brasileira. Porém, estudos clínicos são necessários para validar essa hipótese.

Palavras-chave:
Antioxidantes; Eletroquímica; Chás de ervas; Análises multivariadas; Nutracêuticos; Polifenóis

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