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Secagem solar do resíduo do processamento da castanha-do-Brasil

Resumo

A castanha-do-Brasil é frequentemente utilizada para consumo direto ou utilizada no processamento de extrato hidrossolúvel. Após obtenção do extrato hidrossolúvel, é gerada uma grande quantidade de farinha de castanha-do-Brasil com boas características sensoriais. Assim, objetivou-se secar a farinha de castanha-do-Brasil com diferentes espessuras de camada em secador solar de uso direto e por exposição direta ao sol, além de ajustar diferentes modelos matemáticos aos dados experimentais de cinética de secagem e calcular as taxas de secagem e a difusividade efetiva. As secagens foram iniciadas às 9 h da manhã, em base de concreto, para as amostras secadas por exposição ao sol, e em secador solar, construído com chapa de zinco revestido de poliestireno expandido e possuindo um vidro como cobertura. A perda de massa das amostras foi monitorada através de pesagens em tempos regulares até obter equilíbrio higroscópico. O secador solar de uso direto apresentou temperaturas cerca de 80% superiores em comparação às temperaturas registradas no ambiente. As taxas de secagem foram maiores nas desidratações realizadas no secador solar em comparação à secagem por exposição ao sol. O modelo de Midilli foi selecionando como o mais adequado para predição da secagem das amostras em todas as condições experimentais, apresentando coeficientes de determinação superiores a 0,99. Os coeficientes de difusão efetivos de umidade foram maiores nas amostras desidratadas no secador solar em comparação à secagem por exposição ao sol. Nas condições experimentais deste estudo, o desempenho do secador solar para secagem de farinha residual de castanha-do-Brasil mostrou-se satisfatório.

Palavras-chave:
Bertholletia excelsa H.B.K.; Resíduo agroindustrial; Secador solar; Taxa de secagem; Modelagem matemática; Difusividade efetiva

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