Resumo
O processamento do pescado fornece em resíduos cerca de 50,0% a 70,0% do peso inicial do animal, destacando-se a pele. Assim, nesse resíduo encontra-se o subproduto que permite a obtenção de biopolímeros, dando destaque ao colágeno, que pode amplamente ser utilizado em diversas áreas. O presente estudo objetivou fazer uma avaliação do rendimento do colágeno extraído da pele do tucunaré Cichla monoculus, e caracterizá-los físico-quimicamente. Foram utilizados 25 tucunarés com peso médio de 646 ± 175 g. As amostras de pele foram retiradas por filetagem manual e pesadas, apresentando rendimento médio de 3,7%. Posteriormente, tais amostras foram analisadas quanto à composição centesimal, apresentando os valores de 61,8% para umidade, 29,3% para proteína bruta, 1,5% para cinzas, 6,3% para lipídios totais e 1,2% para extrato não nitrogenado (ENN). Colágeno solúvel em ácido (ASC) apresentou o rendimento médio de 8,2%, apresentando em sua análise de composição centesimal 12,5% de umidade, 82,6% de proteína bruta, 1,1% de cinzas, 2,6% de lipídios totais e 1,2% ENN. A pele e o colágeno extraído da pele do tucunaré apresentam potencial tecnológico para aproveitamento na elaboração de produtos, agregando valor a esses subprodutos provenientes do processamento do pescado.
Palavras-chave:
polímero natural; proteína; subproduto; tecnologia de pescado