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Método de captura e estrutura populacional de Aegla georginae Santos and Jara, 2013 (Decapoda: Anomura: Aeglidae) em um afluente do rio Ibicuí no sul do Brasil

Resumo

No presente estudo, nós investigamos aspectos populacionais de Aegla georginae na Bacia do rio Ibicuí e consideramos a implicação de diferentes métodos de captura na análise dos dados de dinâmica populacional. Foram amostrados 1774 indivíduos: 1259 machos (21 e 97 juvenis e 1028 e 113 adultos em armadilhas e rede de mão, respectivamente), e 512 fêmeas (05 e 140 juvenis, 184 e 64 adultos, e 81 e 38 ovígeras em armadilhas e rede de mão, respectivamente) e 03 não-sexados (2 e 1 em armadilhas e rede de mão, respectivamente). A distribuição de frequência nas classes de tamanho mostrou um modelo bimodal para ambos os sexos. O comprimento da carapaça (CC) em machos e fêmeas variou de 3,11 a 26,00 e 3,73 a 22,36 mm, respectivamente. Machos apresentaram-se significativamente maiores que as fêmeas. A abundância relativa entre machos e fêmeas foi diferente significativamente de 1:1 com mais machos do que fêmeas na maioria dos períodos amostrados (p < 0,05) quando considerados os dados agrupados (rede de mão + armadilhas) e somente armadilhas, mas seguiu a razão esperada na maioria dos meses quando considerados apenas os indivíduos capturados com rede de mão (p > 0,05). Juvenis foram registrados em todas as estações do ano e a reprodução ocorreu durante todo o ano. A estrutura populacional é similar ao modelo conhecido para eglídeos e os métodos de captura afetam a análise para A. georginae, onde os dados agrupados e as capturas por armadilha apresentaram maior abundância de indivíduos do que rede de mão e machos predominando nas classes de tamanho mais altas e fêmeas nas classes de tamanho intermediárias. Portanto, uma visão integrativa dos métodos de captura é o melhor modelo para estudar a dinâmica populacional de eglídeos.

Palvras-chave: comprimento da carapaça; distribuição de frequência; abundância relativa; período reprodutivo; eglídeos

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