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Ecologia da comunidade dos metazoários parasitos da sardinha bandeira Opisthonema oglinum (Lesueur, 1818) (Actinopterygii: Clupeidae) da Baía de Sepetiba, Rio de Janeiro, Brasil

Resumo

Este estudo teve como objetivo avaliar a fauna parasitária de Opisthonema oglinum (Lesueur, 1818) do Sudeste do Brasil. No período entre setembro de 2017 e março de 2018, um total de 100 espécimes de O. oglinum provenientes da Baía de Sepetiba, Rio de Janeiro, Brasil (22°54’S; 43°34’O), foram examinados. Noventa espécimes de O. oglinum estavam parasitados por pelo menos uma espécie de metazoário com média de 5,84 ± 7,98 parasitos/peixe. Sete espécies foram coletadas: 2 digenéticos, 2 monogenéticos, 2 copépodes e 1 nematoide. O digenético Parahemiurus merus (Linton) foi à espécie mais abundante e dominante, representando 43% dos metazoários parasitos coletados. A riqueza parasitária foi correlacionada com o comprimento total do hospedeiro. Apenas Neobomolochus elongatus Cressey apresentou correlação positiva entre o comprimento total do hospedeiro e a prevalência parasitária. A diversidade média de espécies de parasitos não apresentou correlação com o comprimento total do hospedeiro, mas foram observadas diferenças significativas entre a diversidade média de parasitos entre machos e fêmeas. Opisthonema oglinum representa um novo registro de hospedeiro para Caligus mutabilis Wilson, Hysterothylacium sp. e Cribomazocraes travassosi Santos and Kohn. O copépode N. elongatus é registrado pela primeira vez na costa Brasileira.

Palavras-chave:
Clupeidae; peixe marinho brasileiro; parasito; estrutura da comunidade

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