Organizações internacionais e pesquisadores da biodiversidade reconhecem três níveis de biodiversidade: da genética, de espécies e de ecossistemas. Entretanto, muitos estudos desenvolvidos com o objetivo de estimar a biodiversidade coletam dados somente em um único nível -- o de espécies -- e, mesmo quando diferentes níveis da biodiversidade são considerados, usualmente apenas a diversidade de ecossistema é avaliada, sendo que a diversidade genética raramente é avaliada. No entanto, o conhecimento da diversidade genética é essencial para a manutenção das populações e das espécies em períodos ecológicos e evolutivos. Além disso, como seus componentes são independentes de outras espécies ou da diversidade de ecossistemas, a diversidade genética pode fornecer uma medida pela qual pode-se estimar o valor das regiões para conservação. As regiões podem ser valiosas para a conservação de seus recursos genéticos independente de seus níveis de espécies, ecossistema ou diversidade. Em geral, o método e o programa estatístico utilizados para responder questões sobre genética de populações e sobre filogenética são aplicáveis para conservação genética. Assim, numerosas técnicas genéticas, métodos laboratoriais e programas estatísticos estão disponíveis para estimar os níveis regionais da diversidade genética para conservação. Neste trabalho são apresentadas as razões, as técnicas disponíveis, os protocolos de campo e laboratório e os programas estatísticos que podem ser empregados para estimar a magnitude e o tipo de diversidade genética nas regiões. Também são dadas informações sobre como obter os programas estatísticos comumente utilizados e as formas de análises que eles incluem. O roteiro apresentado pode ser utilizado para conduzir investigações da diversidade genética de regiões em estudo visando à conservação de seus recursos naturais.
aquática; biodiversidade; conservação; peixe; genética; filogenética; população
