Resumo
Os fungos exibem três efeitos adversos para a saúde humana: inflamatórios, alérgicos e tóxicos, esses efeitos atingem principalmente pacientes imunodeprimidos. O objetivo do trabalho foi analisar a microbiota fúngica do ar ambiente em uma Unidade de Terapia Intensiva na cidade de Rio Branco, Acre, Amazônia Ocidental, Brasil. Foram realizadas 03 coletas em uma Unidade de Terapia Intensiva na cidade de Rio Branco, Acre, Amazônia Ocidental, Brasil no período de março a maio de 2017. Foram expostas 126 placas de Petri com os meios de cultura Ágar Sabouraud com cloranfenicol e Ágar Mycosel, considerando a distribuição dos 21 condicionadores de ar, modelo split residencial. As placas foram incubadas por sete dias em temperatura ambiente e observado o crescimento das Unidades Formadoras de Colônias. A contagem de colônias e o isolamento para a caracterização morfológica dos fungos isolados foi realizada. Após a quantificação, foi calculada a concentração de fungos por metros cúbicos de ar (UFC.m-3). A terceira coleta teve maior quantidade de unidades formadoras de colônias com 48,6%. No total das amostras analisadas, foram isolados fungos filamentosos (85,5%) e leveduriformes (14,5%). Foram identificados 13 gêneros de fungos, sendo os filamentosos mais frequentes Cladosporium spp. 33,0%, Aspergillus spp. 30,4% e Penicillium spp. 19,6% e os leveduriformes Candida spp. 52,6%, Trichosporon spp. 36,9%. A unidade formadora de colônia por metros cúbicos (UFC.m-3) não houve diferença entre os Núcleos no mesmo período de coleta, porém na 1ª e 3ª coleta, o Núcleo 1 apresentou maior média. A microbiota fúngica desta Unidade apresentou treze gêneros diferentes potencialmente patogênicos, mostra a necessidade de monitoramento dos microrganismos e ações de prevenção.
Palavras-chave:
UTI; infecções fúngicas; leveduras; fungos filamentosos; monitoramento do ar
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