Resumo
O estresse salino ocasionado pelo excesso de sais presentes na água de irrigação, é um dos maiores entraves para a produção agrícola, sobretudo em regiões semiáridas. Assim, a utilização de substâncias, como o ácido salicílico, que minimizem os efeitos deletérios da salinidade sobre as plantas pode ser uma alternativa para garantir uma produção satisfatória. Neste contexto, objetivou-se com este trabalho avaliar os efeitos de diferentes métodos de aplicação de ácido salicílico sobre o crescimento, a produção e a eficiência do uso da água de plantas de tomate cereja sob estresse salino. O estudo foi conduzido em casa de vegetação, utilizando-se de um solo Entisol de textura franco-arenosa. Os tratamentos foram distribuídos em delineamento inteiramente casualizados, em arranjo fatorial 2×4, sendo duas condutividades elétricas da água de irrigação - CEa (0,6 e 2,6 dS m-1) e quatro métodos de aplicação de ácido salicílico (Testemunha - sem aplicação de AS; via pulverização; via irrigação e pulverização e irrigação), com cinco repetições e uma planta por parcela. A concentração de ácido salicílico utilizada nos diferentes métodos foi de 1,0 mM. A aplicação de ácido salicílico via pulverização foliar, aumentou o crescimento, a produção de plantas de tomate cereja, e a eficiência do uso da água. O estresse salino induzido pela condutividade elétrica de 2,6 dS m-1 foi amenizado pela aplicação foliar de ácido salicílico. O uso de água de 2,6 dS m-1 associado a aplicação de ácido salicílico via lâmina de irrigação, intensificou os efeitos adversos da salinidade nas plantas de tomate cereja.
Palavras-chave:
Solanum lycopersicum L.; estresse abiótico; águas salobras; fitormônio