Resumo
A Parkia platycephala é a única espécie do gênero Parkia, endêmica do Cerrado brasileiro e a árvore símbolo do estado do Tocantins, porém ainda com pouco estudos com relação a sua bioprospecção. Neste estudo, objetivamos realizar a caracterização fitoquímica, avaliar a toxicidade e as atividades antioxidante e anticolinesterásica dos extratos da casca e da flor da Parkia platycephala. Foram realizadas extrações sequenciais a quente (Soxhlet), utilizando hexano, metanol e solução hidroetanólica (70%). A presença de flavonoides, taninos, esteroides e alcaloides foi detectada na triagem preliminar. A análise por Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrometria de Massa (GC-MS) indicou a presença de variados compostos, tais como trilinoleina, (Z)-9-octadecenamida, 3-O-methyl-d-glucose e methylsulfinyl(methylthio)-methane. Na análise por Cromatografia Líquida com Detector de Arranjo de Diodo (LC-PDA), destacam-se o ácido elágico, presente apenas nos extratos da flor, e o ácido ferúlico, presente apenas nos extratos da casca. Os extratos da casca predominaram quanto ao potencial antioxidante (radical DPPH•), sendo que o extrato etanólico (IC50=10,69 ± 0,35 µgmL-1) superou o padrão rutina (IC50=15,85 ± 0,08 µgmL-1). Todos os extratos apresentaram excelentes potenciais anticolinesterásicos (teste de Ellman), com ênfase no extrato etanólico da flor (IC50=5,34 ± 0,12 µgmL-1). Em relação à toxicidade (Artemia salina), o extrato metanólico da casca e o extrato etanólico da flor, apresentaram níveis elevado e moderado, respectivamente. Tais resultados limitam as concentrações das atividades biológicas deste estudo, entretanto, os índices antioxidante e anticolinesterásico ficam aquém da toxicidade. Os resultados mostraram as promissoras atividades antioxidante e anticolinesterásica da casca e flor da Parkia platycephala.
Palavras-chave:
anticolinesterase; antioxidante; Artemia salina; cromatografia; fava de bolota
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