Resumo
A Lagoa Bacalar (BL) em Quintana Roo, México, é uma zona de grande interesse devido ao seu potencial turístico. No entanto, as mudanças nos padrões de uso da terra, urbanização, pecuária extensiva e agricultura em rápida expansão geraram impactos negativos nas áreas das comunidades adjacentes do plano e nos habitats da vida selvagem. O objetivo deste estudo foi avaliar o nível de conservação da vegetação na porção sul da BL através da avifauna presente em locais com graus de conservação contrastantes. Além disso, alterar sua(s) preferência(s) de habitat nas diferentes comunidades. Para avaliar o nível de conservação da LB foram realizadas visitas de campo e coletas botânicas para identificação de espécies. Para a contagem e identificação das aves foram realizados levantamentos mensais através de passeios costeiros ao longo do cenote Xul-ha em transectos de 2,5 km. Foram estabelecidos quatro transectos: 2 para locais caracterizados como semiconservados e 2 para locais perturbados. Uma riqueza total de 40 táxons foi observada, o que corresponde a 8,1% da avifauna de Quintana Roo e 32% de aves pantanosas (125 espécies). As curvas de acumulação de espécies indicaram que locais semiconservados e perturbados tendem a atingir assíntotas e com percentual de cobertura superior a 90%. Em termos de diversidade e estrutura comunitária, não foram observadas diferenças significativas. No entanto, os locais semiconservados e perturbados têm, cada um, 11 espécies únicas e partilham 18 espécies. A BL possui uma diversidade intermediária de espécies de aves em comparação com estudos mexicanos, o habitat é importante para a conservação da avifauna; pois funciona como um reservatório de diversidade. Estratégias que promovem o turismo sustentável, apoiam a restauração da vegetação natural e facilitam o desenvolvimento econômico da região foram sugeridas, no presente estudo.
Palavras-chave:
Bacalar; ave; impacto turístico; vegetação; Cenote Xul-ha
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