Acessibilidade / Reportar erro

Estacionalidade da produção de serapilheira e decomposição foliar em um sítio de cerrado

Investigamos a produção de serapilheira e a taxa de decomposição foliar em uma área de cerrado sensu stricto. Coletamos mensalmente a serapilheira do componente arbustivo-arbóreo de abril de 2001 a março de 2002 e de julho de 2003 a julho de 2004. Dispusemos sistematicamente 13 coletores (0,5 x 0,5 m) em uma linha, com distância de 10 m entre eles. Separamos a serapilheira nas frações 'folhas', 'galhos', 'estruturas reprodutivas' e 'miscelânea'; as secamos em estufa a 80 °C até atingirem massa constante; e pesamos o material seco. Para analisar a taxa de decomposição foliar, acondicionamos folhas caídas recentemente em sacos de decomposição. Dispusemos sete conjuntos de nove sacos de decomposição em uma linha, distantes 10 m um do outro, sobre a superfície do solo e retiramos nove sacos a cada coleta depois de 1, 2, 3, 4, 6, 9 e 12 meses. As produções totais e de folhas apresentaram um padrão estacional. A queda de folhas foi o atributo fenológico que melhor respondeu à estacionalidade e à seca. A decomposição foi mais lenta no cerrado sensu stricto que estudamos do que em um fragmento de cerradão, o que refletiu em suas diferenças estruturais e ambientais. Portanto, as taxas de decomposição devem aumentar das fisionomias de cerrado abertas para as fechadas, provavelmente devido ao aumento da umidade e dos nutrientes do solo.

cerrado; decomposição foliar; savana; serapilheira


Instituto Internacional de Ecologia R. Bento Carlos, 750, 13560-660 São Carlos SP - Brasil, Tel. e Fax: (55 16) 3362-5400 - São Carlos - SP - Brazil
E-mail: bjb@bjb.com.br