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Ecologia da comunidade de metazoários parasitos de Centropomus undecimalis do litoral do Estado do Rio de Janeiro, Brasil

Entre abril e dezembro de 2000, 79 espécimes de C. undecimalis, provenientes de Angra dos Reis, litoral do Estado do Rio de Janeiro (23º01'S, 44º19'W), Brasil, foram necropsiados para o estudo de suas infracomunidades de metazoários parasitos. Foram coletadas nove espécies de metazoários parasitos: 1 digenético, 1 monogenético, 1 acantocéfalo, 1 nematóide, 4 copépodes e 1 isópode; e 96,2% dos peixes estavam parasitados por um ou mais metazoários parasitos, com média de 85,3 ± 122,9 parasitos/peixe. O digenético Acanthocollaritrema umbilicatum Travassos, Freitas & Bührnheim foi o táxon maioritário, representando 94,7% do total de parasitos coletados. Esta espécie foi a mais abundante, prevalente e dominante, apresentando correlação positiva entre o comprimento total dos hospedeiros e a abundância parasitária. O copépode Acantholochus unisagittatus Tavares & Luque apresentou diferenças em sua abundância em relação ao sexo dos hospedeiros. A diversidade média das infracomunidades de C. undecimalis foi de H = 0,095 ± 0,116 sem correlação com o comprimento total dos hospedeiros e com diferenças em relação ao sexo dos hospedeiros. Nenhum par de espécies demonstrou associação e covariação positiva ou negativa. A dominância do digenético A. umbilicatum na comunidade parasitária dos robalos jovens pode estar relacionada ao hábito predador e ao aparente período de transição alimentar, que pode levar a uma grande exposição às formas infectantes.

ecologia parasitária; estrutura comunitária; peixes marinhos; Centropomidae; Centropomus undecimalis; Brasil


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