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Atividade antifúngica de 2-cloro-N-fenilacetamida: uma nova molécula com atividade fungicida e anti-biofilme contra Candida spp. resistentes a fluconazol

Resumo

No atual contexto de patógenos fúngicos resistentes emergentes tais como Candida albicans e Candida parapsilosis, a descoberta de novos agentes antifúngicos é uma questão urgente. Esta pesquisa teve como objetivo avaliar o potencial antifúngico da 2-cloro-N-fenilacetamida contra cepas clínicas de C. albicans e C. parapsilosis resistentes a fluconazol. A atividade antifúngica da substância foi avaliada in vitro através da determinação da concentração inibitória mínima (CIM), concentração fungicida mínima (CFM), ruptura e inibição da formação de biofilme, ensaios de sorbitol e ergosterol, e associação entre esta molécula e antifúngicos comuns, anfotericina B e fluconazol. O produto teste inibiu todas as cepas de C. albicans e C. parapsilosis, com uma CIM variando de 128 a 256 µg.mL-1, e uma CFM de 512-1,024 µg.mL-1. Também inibiu até 92% da formação de biofilme e causou a ruptura de até 87% de biofilme pré-formado. A 2-cloro-N-fenilacetamida não promoveu atividade antifúngica pela ligação ao ergosterol da membrana celular fúngica, tampouco danificou a parede celular. Antagonismo foi observado ao combinar esta substância com anfotericina B e fluconazol. A substância exibiu atividade antifúngica significativa ao inibir tanto as células planctônicas quanto o biofilme das cepas resistentes ao fluconazol. Sua combinação com outros antifúngicos deve ser evitada e seu mecanismo de ação deve ser estabelecido.

Palavras-chave:
resistência antifúngica; susceptibilidade antifúngica; Candida albicans; Candida parapsilosis; candidíase invasiva

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