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O dipeptídeo de glutamina oral ou aminoácido livre de glutamina oral reduz a progressão da lesão por queimadura em ratos

Resumo

Este estudo foi realizado para avaliar o efeito da Glutamina, como um dipeptídeo ou forma de aminoácido livre, na progressão de queimaduras em ratos. Trinta ratos Wistar machos foram queimados com um pente de metal aquecido em água fervente (98 °C) por três minutos, criando quatro áreas retangulares queimadas separadas por três interesespaços não queimados (zona de estase) em ambos os lados do dorso. Os animais foram randomizados em três grupos (n = 10): solução salina (G1-Controle) e grupos tratados que receberam glutamina via oral como dipeptídeo (G2-Dip) ou aminoácido livre (G3-FreeAA). Dois e sete dias após a queimadura, as lesões foram fotografadas para avaliação da evolução da necrose entre os espaços não queimados. Sete dias após a lesão, foi dosada a glutationa sérica e realizada análise histopatológica. Pelas fotografias, houve uma redução significativa na progressão da necrose no G3-Free-AA entre os dias dois e sete. A análise histopatológica no dia 7 mostrou uma zona de estase significativamente maior sem necrose e número mais elevado de fibroblastos em G2-Dip e G3-FreeAA em comparação com G1-Controle. Os níveis plasmáticos de glutationa foram maiores no G2-Dip em relação ao G1-Controle, e houve tendência a níveis mais elevados no G3-FreeAA. A redução das lesões histológicas, maior produção de fibroblastos, maior quantidade de glutationa podem ter beneficiado a evolução da necrose da queimadura, que mostrou maior preservação dos interespaços.

Palavras-chave:
queimaduras; ratos; necrose; glutamina; estresse oxidativo

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