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Gema axilar e periciclo envolvidos no processo de espessamento nodal do rizóforo em espécies de Smilax

Resumo

As espécies de Smilax, conhecidas popularmente como salsaparrilha, são amplamente utilizadas na medicina tradicional devido às propriedades antirreumáticas das estruturas subterrâneas. Smilax fluminensis e S. syphilitica ocorrem em áreas florestais e formam caules espessados denominados rizóforos a partir dos quais são emitidas raízes adventícias. Com o intuito de fornecer informações para a identificação mais precisa do material comercializado e no entendimento do processo de espessamento do caule, foi realizado o estudo morfológico e anatômico dos órgãos subterrâneos das duas espécies. As raízes adventícias apresentam diferenças na coloração e no diâmetro dependendo da fase de desenvolvimento. As raízes nas fases iniciais do desenvolvimento são brancas e possuem diâmetro maior, porém com o desenvolvimento, devido à desintegração da epiderme e de praticamente todo o córtex, as raízes tornam-se marrons e de diâmetro menor. Nas raízes marrons, a função de revestimento passa a ser exercida pela endoderme lignificada e pelas paredes remanescentes das células da penúltima camada cortical. Os resultados são semelhantes aos encontrados nos estudos de outras Smilax e sugerem que a anatomia das raízes pode ser útil na identificação de fraudes em materiais comercializados. O processo de espessamento das regiões nodais dos rizóforos nas duas espécies envolve a atividade das gemas axilares e de camadas pericíclicas.

Palavras-chave:
salsaparrilha; Smilax ; sistema subterrâneo; rizóforo; anatomia

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