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Rendimento quântico, clorofila e dano celular em maracujazeiro-amarelo sob estratégias de irrigação com água salobra e potássio

Resumo

A ocorrência de mananciais com altas concentrações de sais no semiárido nordestino destaca-se como fator limitante no cultivo do maracujazeiro-amarelo irrigado. Assim, a busca por estratégias de irrigação com água salobra é fundamental para a sustentabilidade da agricultura irrigada. O objetivo deste trabalho foi determinar o rendimento quântico, os teores de clorofila e dano celular em maracujazeiro-amarelo cultivado sob diferentes estratégias de irrigação com água salobra e adubação potássica. O experimento foi conduzido em condições de campo em São Domingos - PB, Brasil, adotando-se o delineamento em blocos casualizados em esquema fatorial 6×2, correspondendo a seis estratégias de uso de água salobra aplicadas nos diferentes estádios fenológicos da cultura e duas doses de potássio (60 e 100% da recomendação), com quatro repetições. Foram utilizados dois níveis de salinidade da água de irrigação, com baixa (1,3 dS m-1) e alta condutividade elétrica (4,0 dS m-1). A dose de potássio de 100% corresponde à aplicação de 345 g de K2O por planta por ano. O uso de água salobra (4,0 dS m-1) aumentou a fluorescência da clorofila e afetou negativamente os pigmentos fotossintéticos do maracujá-amarelo, independente do estádio fenológico. O estresse salino intensificou o extravasamento de eletrólitos em plantas de maracujazeiro adubadas sob alta dose de potássio. Os resultados mostram que a adubação equivalente a 100% da recomendação de potássio é excessiva para o cultivo do maracujazeiro-amarelo ‘BRS GA1’ no semiárido tropical, sob condições de estresse salino.

Palavras-chave:
Passiflora edulis Sims; estresse salino; adubação potássica; semiárido

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