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Leishmaniose visceral americana em estado do nordeste brasileiro: aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais

Resumo

No Brasil, a leishmaniose visceral americana (LVA) tornou-se uma preocupação de saúde pública devido à sua alta incidência e letalidade. Este estudo teve como objetivo analisar os aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais da AVL em um estado brasileiro. Este estudo descritivo, transversal, retrospectivo e quantitativo dos casos notificados de AVL foi realizado em Alagoas entre 2008 e 2017 a partir de dados obtidos do DATASUS/SINAN. Foram analisadas variáveis sociodemográficas, clínicas e laboratoriais. Foi realizada uma análise descritiva utilizando-se valores absolutos e percentuais válidos, utilizando tabelas e/ou gráficos. O processamento dos dados foi realizado por meio do Stata 12.0®. Os resultados com P<0,05 foram considerados estatisticamente significativos. Durante o período de estudo, foram notificados 352 casos de LVA, dos quais 6,82% morreram e 38,92% atenderam a um critério de cura. Os pacientes do sexo masculino foram predominantes (66,76%). Do total de pacientes infectados, 16,76% tinham sido atendidos apenas do 1º ao 4º ano, com os mais afetados entre 1 e 4 anos (28,69%). Os critérios de diagnóstico laboratorial foram mais utilizados para confirmar os casos notificados (76,42%), enquanto 51,70% e 8,52% dos casos apresentaram diagnósticos positivos parasitológicos e imunofluorescência, respectivamente. Por fim, o estudo demonstrou maior prevalência da doença em crianças, homens e nos residentes em zona rural. Embora com letalidade baixa, constatou-se ainda a expressiva frequência da LVA no Estado de Alagoas, uma vez que houve aumento do número de casos durante os anos do estudo.

Palavras-chave:
leishmania; vigilância epidemiológica; zoonoses

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