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Avaliação da biodiversidade de macroinvertebrados bentônicos ao longo de uma cascata de reservatórios no baixo rio São Francisco (nordeste do Brasil)

Com o objetivo de determinar o efeito da cascata de reservatórios nas comunidades de macroinvertebrados bentônicos e sua possível implicação para a definição de políticas e propostas para conservação e uso sustentável da porção baixa da bacia do rio São Francisco (Bahia, Brasil), amostragens foram realizadas em três reservatórios e dois trechos a jusante do último reservatório, durante os períodos de seca (junho de 1997) e chuvas (março de 1998). Os grupos dominantes foram Mollusca (Melanoides tuberculata), Oligochaeta e larvas de Chironomidae. Baixos valores para os índices de diversidade de Shannon-Wiener e equitabilidade de Pielou foram encontrados, contudo sem diferença significativa entre os períodos de amostragem. Entretanto, a densidade total e a riqueza taxonômica foram significativamente diferentes (t(0.05; 31) = -2.1945; p < 0.05; e t(0.05; 31) = -3.0600; p < 0.01), com redução no número de taxa e abundância de macroinvertebrados durante o período de chuvas. Gradiente crescente na estrutura das comunidades de macroinvertebrados bentônicos foi observado ao longo da cascata de reservatórios desde o primeiro reservatório (Apolônio Sales), seguido por diminuição a jusante do terceiro reservatório (Xingo). Apesar das conseqüências negativas da rápida proliferação de represas, como a perda disseminada de habitats de água doce, o sistema de reservatórios em cascata promoveu aumento na diversidade de macroinvertebrados bentônicos em decorrência do aumento na qualidade de água ao longo do sistema.

macroinvertebrados bentônicos; reservatórios; avaliação da biodiversidade; conceito de cascata de reservatórios; rio São Francisco


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