Na Lagoa Imboassica, localizada em Macaé, RJ, Brasil (22º24'S e 42º42'W), foram identificadas duas espécies de macroalgas do gênero Chara (C. angolensis e C. fibrosa), apresentando ampla distribuição. A lagoa recebe vários impactos antrópicos, e o lançamento de esgoto não tratado é um dos mais importantes. A biomassa variou entre 172 e 510 gDW.m-2 em diferentes áreas da lagoa. A concentração de nutrientes apresentou ampla variação, com os valores de carbono entre 325 e 392 mg.g-1DW, nitrogênio entre 14 e 27 mg.g-1DW e fósforo entre 0,45 e 0,85 mg.g-1DW, assim as taxas C:N:P apresentaram variação de 387:24:1 a 872:47:1. Os valores mínimo e máximo de energia na biomassa foram, respectivamente, 9,54 e 12,34 kJ.g-1DW. Há tendência de as menores taxas C:N:P ocorrerem em áreas mais eutrofizadas. Considerando os valores de biomassa e a concentração de nutrientes na biomassa, os maiores estoques de nutrientes estão associados aos bancos de Carófitas em áreas mais oligotróficas. A correlação de Spearman entre a concentração de nutrientes na coluna de água e a biomassa foi r s = 0,45 (p < 0,05) para o nitrogênio e r s = 0,50 (p < 0,01) para o fósforo (n = 30). A grande biomassa associada à concentração de nutrientes e os valores energéticos indicam que as carófitas são um importante compartimento biológico na estrutura e metabolismo da lagoa.
macrófita aquática; biomassa; nutrientes; composição química; poluição
