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Um caso de sucesso de invasão biológica: o tucunaré Cichla piquiti, um peixe amazônico introduzido no Pantanal, Brasil

O tucunaré, Cichla piquiti, está estabelecido ao longo da margem esquerda do rio Paraguai, desde a área do seu escape no rio Piquiri para jusante, até as áreas alagadas laterais entre os rios Paraguai Mirim e Negrinho. Está completando o seu ciclo de vida no Pantanal com populações adultas desovantes. A reprodução ocorre no período de águas baixas. Na região em estudo, alimentou-se de peixes de ambientes lênticos das famílias Characidae, Cichlidae e Loricariidae. Até fins de 2004, sua ocorrência estava restrita à margem esquerda do rio Paraguai, mas, nos primeiros dias de Março de 2005, alguns indivíduos foram pescados na margem direita, o que coloca uma questão a ser respondida nos próximos anos: qual será efetivamente a sua distribuição no Pantanal? A hipótese inicial de que as águas turvas do rio Paraguai constituiriam barreiras a sua dispersão não foi confirmada. Já existem registros de ocorrência na Baía Tuiuiú, Parque Nacional do Pantanal e no Pantanal boliviano, todos eles localizados na margem direita do rio Paraguai. O tucunaré possui características biológicas como desova parcelada e cuidados com a prole, entre outras, que lhe está possibilitando estabelecer-se com sucesso no Pantanal, a exemplo do que já foi observado em outros ambientes onde foi introduzido.

invasão; dispersão; reprodução; alimentação


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