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Revisão da fauna inquilina associada a galhas de insetos em restingas brasileiras

Resumo

Vários registros de fauna associada, incluindo parasitoides, inquilinos, predadores e sucessores são encontrados em inventários de galhas de insetos em restingas brasileiras. Embora a maioria das guildas esteja bem estabelecida, os inquilinos são frequentemente interpretados de forma equivocada. Nesse trabalho, a fauna inquilina de galhas de insetos é revisada com base em cinco critérios: hábito alimentar, coexistência com o indutor, modificação dos tecidos da galha ou produção de novos tecidos, relação filogenética com o indutor e mobilidade. Inventários de galhas publicados entre 1988 e 2019 foram examinados, totalizando 16 artigos, oito deles com registro de inquilinos. Essa guilda foi assinalada em 53 morfotipos de galhas em 44 espécies de plantas e quatro morfoespécies distribuídas em 36 gêneros de 24 famílias vegetais, totalizando 65 registros. A maioria dos inquilinos foi reposicionada na guilda dos cecidófagos e outros na guilda dos cleptoparasitas, resultando em uma grande redução da frequência dos inquilinos (de 65 para cinco registros), e na primeira ocorrência de cecidófagos e cleptoparasitas, com 46 e 13 registros, respectivamente. A guilda dos cecidófagos foi a mais diversa, com insetos de cinco ordens (Diptera, Coleoptera, Lepidoptera, Hemiptera e Thysanoptera), enquanto que os cleptoparasitas foram representados por apenas duas ordens (Diptera e Hymenoptera) e os inquilinos somente por Hymenoptera. Outros resultados indicam que Leptothorax sp. (Formicidae) pode ser um sucessor e não um inquilino.

Palavras-chave:
Cecidófagos; cleptoparasitas; insetos indutores de galhas; Mata Atlântica

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