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Toxicidade aguda dos óleos essenciais de Aloysia triphylla (L’Hér.) Britton, Lippia gracilis Schauer e Piper aduncum L. em Colossoma macropomum (Cuvier, 1818)

Resumo

O objetivo deste estudo foi determinar a toxicidade aguda dos óleos essenciais (OEs) de Aloysia triphylla, Lippia gracilis e Piper aduncum em juvenis de tambaqui (Colossoma macropomum), e avaliar as possíveis alterações histopatológicas em suas brânquias. Para os testes de toxicidade aguda, juvenis de tambaqui (n=24/tratamento) foram distribuídos em 6 tratamentos, com três repetições, sendo o controle e cinco concentração do OE de A. triphylla (60, 80, 100, 120 e 140 mg L-1), L. gracilis (35, 40, 45, 50 e 55 mg L-1) e P. aduncum (42,5, 45, 47,5, 50 e 52,5 mg L-1), com exposição de 4 h. A taxa de mortalidade e a severidade dos danos nas brânquias de tambaqui foram proporcionais ao aumento da concentração do OE, com os valores de CL50-4 h estimados em 109,57 mg L-1 para A. triphylla, em 41,63 mg L-1 para L. gracilis e em 48,17 mg L-1 para P. aduncum. Os principais danos morfológicos observados nas brânquias de tambaqui, expostos aos três OEs, foram os de grau I: hipertrofia e hiperplasia das células do epitélio lamelar, fusão lamelar, descolamento epitelial, dilatação e constrição capilar, proliferação de células de cloreto e de células mucosas e edema; em baixa frequência os de grau II como ruptura epitelial e aneurisma lamelar. Necrose (dano de grau III) foi observado somente nas lamelas branquiais expostas ao OE de P. aduncum (47,5, 50,0 e 52,5 mg L-1). Concentrações do OEs abaixo dos valores de CL50-4 h podem ser utilizados com parcimônia, em curtos períodos de exposição para o tratamento de doenças na criação de tambaqui.

Palavras-chave:
concentração letal; histologia; produtos naturais; tambaqui

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