Efeito de genótipos de milho, doses e fontes de n na produtividade, estado nutricional e incidência de fumonisinas

Resumo

A produtividade do milho, o estado nutricional e a concentração de fumonisinas no grão foram avaliadas em diferentes genótipos, doses e fontes de nitrogênio (N) em dois anos e três localidades. Foram conduzidos dois experimentos em cada localidade e ano, em delineamento experimental de parcela subdividida com quatro repetições. Um experimento envolveu um tratamento fatorial 4x2: quatro doses de nitrogênio (N) (0, 80, 160 e 240 kg ha^-1) em cobertura, tendo uréia como fonte de N e dois genótipos de milho. Outro experimento envolveu um tratamento fatorial 4x2, sendo quatro fontes de N: uréia, uréia recoberta com polímero, nitrato de amônio e nitrato de amônio + urea (URAN), na dose de 160 kg ha-1, em dois genótipos. O genótipo do milho influenciou o rendimento, mais do que as doses e fontes de N, principalmente devido à tolerância ao enfezamento do milho AG7098 PRO2 e AG8677 PRO2. As doses de N aumentaram linearmente o teor foliar de N. No entanto, as fontes de N não afetaram o teor de N foliar. As doses e fontes de N não tiveram efeito significativo sobre o teor de fumonisinas, que foi afetado apenas pelos genótipos em Sete Lagoas em 2016 (experimento de doses N) e 2017 (experimento de fontes N). Os híbridos, P3630H e AG8677PRO2 (Sete Lagoas, 2016, experimento de doses de N e 2017, experimento de fontes de N, respectivamente) ultrapassaram o Limite Máximo de Tolerância permitida pela legislação brasileira para fumonisinas em grãos de milho, que é de 5.000 µg kg^-1. O melhor resultado foi obtido com AG7098 PRO2, com produtividade (acima de 10.000 kg ha^-1) e fumonisinas consistentemente abaixo de 5.000 µg kg^-1. Portanto, a seleção de híbridos de milho é uma estratégia para reduzir a ocorrência de fumonisinas nos grãos.

Palavras-chave
: Zea mays ; Fusarium verticillioides; fertilização; nitrogênio