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O prístino e o devir na história indígena de longa duração na Amazônia

Resumo

Geralmente, quando se fala sobre a longa história indígena na Amazônia, a narrativa que considera os marcos temporais continua atrelada à cronologia ocidental. Isto é, embora a maioria dos pesquisadores considere a história indígena uma realidade importante, o próprio escopo epistemológico das ciências humanas ‘cola’ as temporalidades indígenas aos paradigmas cronológicos do Ocidente. Para romper essa cilada epistemológica, é necessário narrar o tempo histórico segundo a emergência e a duração dos acontecimentos, indo além de suas origens prístinas, e buscar seu devenir no lugar das manifestações de seus eventos. Tendo por base autores como Bergson, Deleuze e Braudel, este ensaio propõe que a história indígena na Amazônia se desenrola ao longo de dois processos estruturantes, que evoluíram no tempo conforme a persistência e a resiliência dela no lugar próprio das experiências sociais e culturais ameríndias.

Palavras-chave
História indígena; Duração; Amazônia; Decolonialidade; Cronologia

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