Muita comida, pouca gente: perspectivas acerca dos sítios rasos do litoral norte do Rio Grande do Sul

Este artigo apresenta novos dados para a arqueologia do litoral norte do Rio Grande do Sul, discutindo a cronologia e a natureza funcional dos pequenos assentamentos encontradiços no entorno das lagoas dos Quadros e Itapeva. A análise se dá no contexto das ocupações sambaquianas Jê e Guarani desse amplo e rico território lagunar, conectado tanto aos ambientes praianos e seus campos de dunas, como às matas do sopé da Serra Geral. Confirma-se a interpretação desses assentamentos como acampamentos de curta duração, mas recorrentemente utilizados pelos grupos supracitados.

Palavras-chave
Sambaqui; Jê; Guarani; Litoral norte do Rio Grande do Sul

Autoria

Juliano Bitencourt Campos Autor para correspondência: Juliano Bitencourt Campos. Universidade do Extremo Sul Catarinense. Laboratório de Arqueologia Pedro Ignácio Schmitz (LAPIS). Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA). Rodovia Governador Jorge Lacerda, 3800. Criciúma, SC, Brasil. CEP 88807-400 (jbi@unesc.net).

conceituação

curadoria de dados

análise formal

investigação

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escrita (rascunho original)

escrita (revisão e edição)

Universidade do Extremo Sul Catarinense. Criciúma, Santa Catarina, BrasilUniversidade do Extremo Sul CatarinenseBrasilCriciúma, Santa Catarina, BrasilUniversidade do Extremo Sul Catarinense. Criciúma, Santa Catarina, Brasil

https://orcid.org/0000-0002-0300-1303

Paulo DeBlasis

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Universidade de São Paulo. São Paulo, São Paulo, BrasilUniversidade de São PauloBrasilSão Paulo, São Paulo, BrasilUniversidade de São Paulo. São Paulo, São Paulo, Brasil

https://orcid.org/0000-0003-4021-3441

Edenir Bagio Perin

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Arqueosul Arqueologia e Gestão do Patrimônio. Criciúma, Santa Catarina, BrasilArqueosul Arqueologia e Gestão do PatrimônioBrasilCriciúma, Santa Catarina, BrasilArqueosul Arqueologia e Gestão do Patrimônio. Criciúma, Santa Catarina, Brasil

https://orcid.org/0000-0002-9744-7081

Fernanda Schneider

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Universidade do Vale do Taquari. Lajeado, Rio Grande do Sul, BrasilUniversidade do Vale do TaquariBrasilLajeado, Rio Grande do Sul, BrasilUniversidade do Vale do Taquari. Lajeado, Rio Grande do Sul, Brasil

https://orcid.org/0000-0002-8829-911X

Suliano Ferrasso

curadoria de dados

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investigação

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Universidade do Vale do Rio dos Sinos. São Leopoldo, Rio Grande do Sul, BrasilUniversidade do Vale do Rio dos SinosBrasilSão Leopoldo, Rio Grande do Sul, BrasilUniversidade do Vale do Rio dos Sinos. São Leopoldo, Rio Grande do Sul, Brasil

https://orcid.org/0000-0001-8427-1032

Adolfo Lino de Araújo

curadoria de dados

análise formal

investigação

metodologia

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Instituto Federal de Santa Catarina. Florianópolis, Santa Catarina, BrasilInstituto Federal de Santa CatarinaBrasilFlorianópolis, Santa Catarina, BrasilInstituto Federal de Santa Catarina. Florianópolis, Santa Catarina, Brasil

https://orcid.org/0000-0001-7627-6060

Renata Estevam

curadoria de dados

análise formal

investigação

metodologia

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Universidade de São Paulo. São Paulo, São Paulo, BrasilUniversidade de São PauloBrasilSão Paulo, São Paulo, BrasilUniversidade de São Paulo. São Paulo, São Paulo, Brasil

https://orcid.org/0000-0002-8712-2443

Rodrigo Germano

curadoria de dados

investigação

https://orcid.org/0000-0002-5823-9271

Paola Vieira da Silveira

curadoria de dados

investigação

metodologia

https://orcid.org/0000-0002-7229-4576

Silvia Aline Pereira Dagostim

conceituação

curadoria de dados

administração de projeto

supervisão

validação

escrita (rascunho original)

escrita (revisão e edição)

https://orcid.org/0000-0003-2774-1004

Autor para correspondência: Juliano Bitencourt Campos. Universidade do Extremo Sul Catarinense. Laboratório de Arqueologia Pedro Ignácio Schmitz (LAPIS). Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA). Rodovia Governador Jorge Lacerda, 3800. Criciúma, SC, Brasil. CEP 88807-400 (jbi@unesc.net).

Responsabilidade editorial: Fernando Ozório de Almeida

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Figuras | Tabelas

Figuras (11)
Tabelas (1)

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Figura 1
Localização e contexto local dos sítios discutidos neste artigo. A localização dos demais sítios presentes na imagem provém de Wagner (2009Wagner, G. P. (2009). Sambaquis da barreira da Itapeva: uma perspectiva geoarqueológica [Tese doutorado, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul]. https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2295
https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede... , 2012)Wagner, G. P. (2012). Escavações no sítio LII-29, sambaqui de Sereia do Mar. Revista de Arqueologia, 25(2), 104-119. https://doi.org/10.24885/sab.v25i2.357
https://doi.org/10.24885/sab.v25i2.357... e Campos (2021)Campos, J. B. (2021). Programa de gestão ao patrimônio arqueológico na área de influência da linha de transmissão 230 kV Atlântida 2 - Torres 2: relatório final. Arqueosul..

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Figura 2
Aspecto do ambiente lindeiro à Lagoa dos Quadros, observando-se as sequências de cordões arenosos onde se assentam os sítios estudados.

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Figura 3
Perfis topográfico e estratigráfico dos quatro sítios examinados neste artigo. A cota à esquerda do perfil topográfico se refere à altitude do sítio em relação ao nível médio do mar.

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Figura 4
Acima, aspecto do ressalto central de VF 1 e estratigrafia da parede oeste do corte central nesse sítio. Abaixo, aspecto da área central e da estratigrafia de VF 2.

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Figura 5
Acima, vista da coleta sistemática de superfície e aspecto da estratigrafia de TRO 1. Abaixo, fragmentos articulados de vasilha por volta de 30 cm de profundidade, no mesmo sítio. À direita, aspecto da estratigrafia de TRO 2.

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Figura 6
Distribuição das principais categorias de vestígios líticos nos concheiros examinados neste artigo.

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Figura 7
Frequência do NISP para os principais grupos (moluscos, peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos) presentes na arqueofauna dos sítios aqui examinados.

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Figura 8
O sepultamento de VF 1. Acima, aspecto da concreção que o recobria. As setas indicam as marcas de estaca identificadas junto ao sepultamento.

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Figura 9
Tipos morfológicos reconstruídos a partir de bordas do sítio TRO 1. Da esquerda para a direita: ña’ẽmbe (tigela para comer); kambuchi kaguavá (vaso para beber); japepo (panela para cozinhar) e kambuchi (vaso para guardar líquido).

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Figura 10
Tipos de decoração plástica do sítio TRO 1: 1) alisado; 2) acanalado; 3) corrugado; 4) escovado; 5) estocado; 6) ungulado; 7) serrungulado; 8) corrugado-ungulado; 9) impresso em cestaria variação ‘coiled’; 10) impresso em cestaria ½ anel; 11) ponteado alongado vertical. Os oito primeiros são tipicamente Guarani, os três últimos são associados aos grupos Jê do Sul (Taquara).

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Figura 11
Datações disponíveis para o litoral norte do Rio Grande do Sul. Em vermelho, as datações inéditas deste artigo; as demais são provenientes de Miller (1967)Miller, E. T. (1967). Pesquisas arqueológicas efetuadas no nordeste do Rio Grande do Sul. In M. Simões (Ed.), Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas: resultados preliminares do primeiro ano (1965-1966) (Publicações Avulsas, Vol. 6, pp. 15-38). Museu Paraense Emílio Goeldi. https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/1517
https://repositorio.museu-goeldi.br/hand... , Wagner (2009Wagner, G. P. (2009). Sambaquis da barreira da Itapeva: uma perspectiva geoarqueológica [Tese doutorado, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul]. https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2295
https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede... , 2012)Wagner, G. P. (2012). Escavações no sítio LII-29, sambaqui de Sereia do Mar. Revista de Arqueologia, 25(2), 104-119. https://doi.org/10.24885/sab.v25i2.357
https://doi.org/10.24885/sab.v25i2.357... , Rogge e Schmitz (2010)Rogge, J. H., & Schmitz, P. I. (2010). Projeto Arroio do Sal: a ocupação indígena pré-histórica no litoral norte do Rio Grande do Sul. Pesquisas, Antropologia, (68), 167-225. e DeBlasis et al. (2015)Deblasis, P., Attorre, T., & Farias, D. S. D. (2015). Delimitação e intervenções associadas nos sambaquis Capão Alto e Guará, Xangri-lá, RS: relatório final de pesquisa. Sapienza.. Os três últimos sítios são Guarani; os demais, sambaquis.

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Figura 8
O sepultamento de VF 1. Acima, aspecto da concreção que o recobria. As setas indicam as marcas de estaca identificadas junto ao sepultamento.

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Tabela 1
Datações radiocarbônicas dos sítios estudados. A primeira amostra consiste em uma costela humana; as demais, de carvão. TRO 1 é um sítio Guarani, os demais são sambaquis. Legendas: CRA = Conventional Radiocarbon Age; Q = quadra; T = trincheira.

Figura 1 Localização e contexto local dos sítios discutidos neste artigo. A localização dos demais sítios presentes na imagem provém de Wagner (2009Wagner, G. P. (2009). Sambaquis da barreira da Itapeva: uma perspectiva geoarqueológica [Tese doutorado, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul]. https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2295
https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede... , 2012)Wagner, G. P. (2012). Escavações no sítio LII-29, sambaqui de Sereia do Mar. Revista de Arqueologia, 25(2), 104-119. https://doi.org/10.24885/sab.v25i2.357
https://doi.org/10.24885/sab.v25i2.357... e Campos (2021)Campos, J. B. (2021). Programa de gestão ao patrimônio arqueológico na área de influência da linha de transmissão 230 kV Atlântida 2 - Torres 2: relatório final. Arqueosul..

Mapa: Paulo DeBlasis e Edenir Bagio Perin (2022).

Figura 2 Aspecto do ambiente lindeiro à Lagoa dos Quadros, observando-se as sequências de cordões arenosos onde se assentam os sítios estudados.

Foto: Adolfo Lino de Araújo (2021).

Figura 3 Perfis topográfico e estratigráfico dos quatro sítios examinados neste artigo. A cota à esquerda do perfil topográfico se refere à altitude do sítio em relação ao nível médio do mar.

Imagem elaborada por Edenir Bagio Perin e Paulo DeBlasis (2022).

Figura 4 Acima, aspecto do ressalto central de VF 1 e estratigrafia da parede oeste do corte central nesse sítio. Abaixo, aspecto da área central e da estratigrafia de VF 2.

Fotos: Edenir Bagio Perin (2021).

Figura 5 Acima, vista da coleta sistemática de superfície e aspecto da estratigrafia de TRO 1. Abaixo, fragmentos articulados de vasilha por volta de 30 cm de profundidade, no mesmo sítio. À direita, aspecto da estratigrafia de TRO 2.

Fotos: Edenir Bagio Perin (2021).

Figura 6 Distribuição das principais categorias de vestígios líticos nos concheiros examinados neste artigo.

Figura 7 Frequência do NISP para os principais grupos (moluscos, peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos) presentes na arqueofauna dos sítios aqui examinados.

Imagem elaborada por Edenir Bagio Perin e Suliano Ferrasso (2022).

Figura 8 O sepultamento de VF 1. Acima, aspecto da concreção que o recobria. As setas indicam as marcas de estaca identificadas junto ao sepultamento.

Fotos: Edenir Bagio Perin (2021).

Figura 9 Tipos morfológicos reconstruídos a partir de bordas do sítio TRO 1. Da esquerda para a direita: ña’ẽmbe (tigela para comer); kambuchi kaguavá (vaso para beber); japepo (panela para cozinhar) e kambuchi (vaso para guardar líquido).

Desenhos de Fernanda Schneider (2022).

Figura 10 Tipos de decoração plástica do sítio TRO 1: 1) alisado; 2) acanalado; 3) corrugado; 4) escovado; 5) estocado; 6) ungulado; 7) serrungulado; 8) corrugado-ungulado; 9) impresso em cestaria variação ‘coiled’; 10) impresso em cestaria ½ anel; 11) ponteado alongado vertical. Os oito primeiros são tipicamente Guarani, os três últimos são associados aos grupos Jê do Sul (Taquara).

Fotos: Fernanda Schneider (2022).

Figura 11 Datações disponíveis para o litoral norte do Rio Grande do Sul. Em vermelho, as datações inéditas deste artigo; as demais são provenientes de Miller (1967)Miller, E. T. (1967). Pesquisas arqueológicas efetuadas no nordeste do Rio Grande do Sul. In M. Simões (Ed.), Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas: resultados preliminares do primeiro ano (1965-1966) (Publicações Avulsas, Vol. 6, pp. 15-38). Museu Paraense Emílio Goeldi. https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/1517
https://repositorio.museu-goeldi.br/hand... , Wagner (2009Wagner, G. P. (2009). Sambaquis da barreira da Itapeva: uma perspectiva geoarqueológica [Tese doutorado, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul]. https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2295
https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede... , 2012)Wagner, G. P. (2012). Escavações no sítio LII-29, sambaqui de Sereia do Mar. Revista de Arqueologia, 25(2), 104-119. https://doi.org/10.24885/sab.v25i2.357
https://doi.org/10.24885/sab.v25i2.357... , Rogge e Schmitz (2010)Rogge, J. H., & Schmitz, P. I. (2010). Projeto Arroio do Sal: a ocupação indígena pré-histórica no litoral norte do Rio Grande do Sul. Pesquisas, Antropologia, (68), 167-225. e DeBlasis et al. (2015)Deblasis, P., Attorre, T., & Farias, D. S. D. (2015). Delimitação e intervenções associadas nos sambaquis Capão Alto e Guará, Xangri-lá, RS: relatório final de pesquisa. Sapienza.. Os três últimos sítios são Guarani; os demais, sambaquis.

Imagem elaborada por Paulo DeBlasis e Edenir Bagio Perin (2022).

Figura 8 O sepultamento de VF 1. Acima, aspecto da concreção que o recobria. As setas indicam as marcas de estaca identificadas junto ao sepultamento.

Fotos: Edenir Bagio Perin (2021).

Figura 9 Tipos morfológicos reconstruídos a partir de bordas do sítio TRO 1. Da esquerda para a direita: ña’ẽmbe (tigela para comer); kambuchi kaguavá (vaso para beber); japepo (panela para cozinhar) e kambuchi (vaso para guardar líquido).

Desenhos de Fernanda Schneider (2022).

Figura 10 Tipos de decoração plástica do sítio TRO 1: 1) alisado; 2) acanalado; 3) corrugado; 4) escovado; 5) estocado; 6) ungulado; 7) serrungulado; 8) corrugado-ungulado; 9) impresso em cestaria variação ‘coiled’; 10) impresso em cestaria ½ anel; 11) ponteado alongado vertical. Os oito primeiros são tipicamente Guarani, os três últimos são associados aos grupos Jê do Sul (Taquara).

Fotos: Fernanda Schneider (2022).

Figura 11 Datações disponíveis para o litoral norte do Rio Grande do Sul. Em vermelho, as datações inéditas deste artigo; as demais são provenientes de Miller (1967)Miller, E. T. (1967). Pesquisas arqueológicas efetuadas no nordeste do Rio Grande do Sul. In M. Simões (Ed.), Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas: resultados preliminares do primeiro ano (1965-1966) (Publicações Avulsas, Vol. 6, pp. 15-38). Museu Paraense Emílio Goeldi. https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/1517
https://repositorio.museu-goeldi.br/hand... , Wagner (2009Wagner, G. P. (2009). Sambaquis da barreira da Itapeva: uma perspectiva geoarqueológica [Tese doutorado, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul]. https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2295
https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede... , 2012)Wagner, G. P. (2012). Escavações no sítio LII-29, sambaqui de Sereia do Mar. Revista de Arqueologia, 25(2), 104-119. https://doi.org/10.24885/sab.v25i2.357
https://doi.org/10.24885/sab.v25i2.357... , Rogge e Schmitz (2010)Rogge, J. H., & Schmitz, P. I. (2010). Projeto Arroio do Sal: a ocupação indígena pré-histórica no litoral norte do Rio Grande do Sul. Pesquisas, Antropologia, (68), 167-225. e DeBlasis et al. (2015)Deblasis, P., Attorre, T., & Farias, D. S. D. (2015). Delimitação e intervenções associadas nos sambaquis Capão Alto e Guará, Xangri-lá, RS: relatório final de pesquisa. Sapienza.. Os três últimos sítios são Guarani; os demais, sambaquis.

Imagem elaborada por Paulo DeBlasis e Edenir Bagio Perin (2022).

Tabela 1 Datações radiocarbônicas dos sítios estudados. A primeira amostra consiste em uma costela humana; as demais, de carvão. TRO 1 é um sítio Guarani, os demais são sambaquis. Legendas: CRA = Conventional Radiocarbon Age; Q = quadra; T = trincheira.

Sítio	Proveniência	Nível (cm)	Código do laboratório	CRA	±	cal AP (95%)
VF 1	Sepultura 1	50-70	Beta 621206	1340	30	1290-1120
VF 1	Q 12,5/13,5	40-50	Beta 621207	1250	30	1260-1010
VF 2	T 5/6	30-40	Beta 621208	1820	30	1812-1607
VF 2	T 49/50	20-30	Beta 621209	2350	30	2366-2147
TRO 1	Q M7	30-40	Beta 621210	210	30	295-232
TRO 2	T 23/24	20-30	Beta 621211	1250	30	1260-1056

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[1] Autor para correspondência: Juliano Bitencourt Campos. Universidade do Extremo Sul Catarinense. Laboratório de Arqueologia Pedro Ignácio Schmitz (LAPIS). Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA). Rodovia Governador Jorge Lacerda, 3800. Criciúma, SC, Brasil. CEP 88807-400 (jbi@unesc.net).