O objetivo desse estudo foi verificar o padrão de excreção urinária de fluoretos em crianças de 2 a 7 anos, de ambos os gêneros, moradoras do Sertão da Paraíba, divididas em três grupos conforme concentração de fluoretos nas águas: G1 (0,5-1,0 ppmF); G2 (1,1-1,5 ppmF) e G3 (>1,51 ppmF). O estudo foi desenvolvido em duas etapas: a primeira (n=42) com a utilização de dentifrício fluoretado (1510 ppmF) (DF) durante uma semana e a segunda (n=34) com dentifrício sem fluoretos (DSF), com intervalo de um mês entre as coletas. A urina foi coletada em 24 horas seguindo a metodologia de Marthaler. Não foi observada diferença significante entre os grupos estudados e excreção urinária de fluoretos em ambas etapas. A excreção urinária de fluoretos em µg/24 h (média e desvio padrão) foram: G1-DF= 452,9 (290,2); G1-DSF= 435,1 (187,0); G2-DF= 451,4 (224,0); G2-DSF= 430,3 (352,5); G3-DF= 592,3 (390,5); G3-DSF= 623,6 (408,7). Observou-se uma tendência, embora não significativa, quanto ao aumento nas concentrações de fluoretos na urina em relação as concentrações na água de consumo. Os valores de excreção sugerem que algumas crianças estão sob o risco de desenvolver fluorose dentária e orientação sobre o uso apropriado de flúor é necessária nesta área.
