Pinos endodônticos são necessários para promover retenção e suporte adequados quando a estrutura dental remanescente não é suficiente para reter o núcleo. Há diferentes materiais e técnicas para construir o núcleo, mas não há consenso sobre o qual promove a melhor distribuição de tensão na estrutura dental remanescente. O objetivo deste trabalho foi quantificar e avaliar a distribuição de tensões produzidas nas raízes por pinos de fibra de vidro customizados quando comparados a diferentes pinos endodônticos. Vinte e cinco raízes simuladas em resina fotoelástica foram confeccionadas e divididas em 5 grupos: CPC, núcleo metálico fundido, SP, pino rosqueável; CF, pino de fibra de carbono; GF, pino de fibra de vidro; CGF, pino de fibra de vidro customizado. Depois da cimentação dos pinos de CPC e SP com cimento de fosfato de zinco e dos pinos de CF, GF e CGF com cimento resinoso, núcleos em resina foram feitos para os grupos 2-5. Os espécimes foram avaliados com carga vertical ou oblíqua a 45o. Para analisar as franjas, a área da raiz foi dividida em 6 partes: palatina cervical, palatina média, palatina apical, vestibular cervical, vestibular média e vestibular apical. As franjas formadas foram fotografadas e quantificadas. Os dados foram gravados e submetidos à ANOVA de dois fatores e ao teste de Tukey (5%). SP (1,95±0,60) mostrou maior tensão (p<0,05) quando comparado com os demais (CPC - 0,52±0,74; CF - 0,50±0,75, GF - 0,23±0,48, CGF - 0,45±0,83). Todos os pinos mostraram maior tensão no terço apical (CPC - 1,40±0,65; SP - 2,30±0,44, CF - 1,80±0,45, GF - 1,20±0,45, CGF - 1,70±1,03) Menor tensão foi encontrado no terço cervical (CPC - 0,20±0.45; CF - 0,00±0 00, GF - 0 ,0±0,00, CGF - 0,00±0,00), exceto pelo SP (1,90±0,65), que não apresentou diferença estatística (p<0,05). Pinos customizados de fibra de vidro mostraram maior concentração de estresse na raiz quando comparados com pinos convencionais de fibra de vidro, que se mostraram com comportamento biomecânico mais favorável.