Resumo
O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da microabrasão prévia na alteração de cor dos dentes e na efetividade do clareamento dental. Oito molares hígidos foram mesio-distalmente seccionados e as metades foram aleatoriamente alocadas para receberem microabrasão do esmalte ou nenhuma abrasão (controle) em uma das faces (vestibular ou lingual), enquanto que a face remanescente recebeu o outro tratamento. A cor inicial dos dentes foi avaliada com um espectrofotômetro (sistema CieL*a*b). Após o procedimento de microabrasão, a cor do dente foi reavaliada. Em seguida, as amostras foram clareadas com peróxido de hidrogênio a 35% por duas sessões com uma semana de intervalo. A cor foi reavaliada 7 dias após cada sessão e 30 dias após a segunda sessão. O efeito da microabrasão do esmalte na mudança de cor foi avaliado pelo teste T pareado. Deltas L*, a*, b* e E foram calculados e os dados submetidos a ANOVA de duas vias para medidas repetidas e teste de Tukey. Teste T pareado também foi usado para verificar possíveis diferenças na cor final alcançada com o clareamento dental. A microabrasão do esmalte reduziu a luminosidade e aumentou a tonalidade vermelha nas amostras. Amostras submetidas a microabrasão apresentaram maiores valores de ∆L* que o controle após cada procedimento clareador, e maior ∆a* após a 2ª sessão de clareamento. Entretanto, a microabrasão prévia do esmalte não afetou os valores finais dos parâmetros de cor. Apesar da microabraão do esmalte ter alterado a cor dental, este procedimento não afetou os resultados finais alcançados com o clareamento dental usando alta concentração de peróxido de hidrogênio.
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