Estudou-se a biologia de Utetheisa ornatrix em dieta artificial, visando a determinação das exigências térmicas dos diferentes estágios de desenvolvimento, numa tentativa de avaliar as regiões do estado de São Paulo em que a praga tem maiores condições de se tornar problema para Crotalaria spp. Foram criados insetos em dieta artificial à base de feijão e levedura de cerveja. Para a determinação das exigências térmicas de U. ornatrix foram utilizadas as temperaturas de 18, 20, 22, 25, 28, 30 e 32ºC, umidade relativa de 70 ± 20% e fotofase de 14 horas. Os limiares térmicos inferiores de desenvolvimento (Tb) e as constantes térmicas (K) para os estágios de ovo, lagarta e pupa foram de 12,7ºC e 51,2 GD, 13,5ºC e 290,9 GD, 13,8ºC e 108,4 GD, respectivamente, resultando em valores de Tb e K para o ciclo biológico (ovo-adulto) de 13,8ºC e 436,3 GD. O inseto pode dar até 10 gerações anuais nas regiões em que Crotalaria spp. é mais importante para o estado de SP.
