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Estamos na mesma montanha? Por uma abertura ontológica da conservação dos páramos nos Andes

Resumo

A biodiversidade das altas montanhas andinas tornou urgente a conservação dos Páramos, reconhecidos como ecossistemas essenciais para o ciclo hidrológico e para a mitigação da mudança climática. A Colômbia, que possui 50% desses ecossistemas no mundo, vem delimitando cartograficamente os Páramos desde 2012 para promover sua conservação. Para as comunidades, os mapas não refletem o trabalho de cuidado e as práticas com as quais elas habitam o páramo diariamente. Através da etnografia e revisão documental, realizamos uma análise ontológico do processo de delimitação e dos conflitos que ele tem causado nas regiões de Santurbán e Sumapaz. Argumentamos que os desafios ambientais enfrentados pela alta montanha exigem a necessidade de uma conservação reflexiva de sua própria ontologia e de exercer uma política ambiental a partir de uma abertura ontológica que conceba o páramo como uma composição material permanente de práticas situadas onde intervêm diferentes maneiras de fazer-mundo.

Palavras-Chave:
Páramos; conservação; conflitos socioambientais; Ontologia Política; Colômbia

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