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Emissões de carbono das famílias brasileiras por meio da POF e da matriz de insumo-produto

Resumo

O objetivo deste trabalho é analisar a pegada de carbono das famílias brasileiras com base na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2008 e 2018. A metodologia utilizada neste artigo foi uma Avalição de Ciclo de Vida híbrida. Segundo os nossos resultados, as famílias da classe de renda inferior emitiram cerca de 4,04 tCO2e/ano em 2008 e 3,81 tCO2e/ano em 2018, em contrapartida, as famílias da classe de renda mais alta emitiram cerca de 28,73 tCO2e/ano em 2008 e 25,94 tCO2e/ano em 2018, quase 7 vezes mais do que as famílias da classe de renda inferior. Enquanto as famílias mais pobres, que representavam 24,25% do total de famílias brasileiras em 2018, foram responsáveis por 11,97% do total de emissões, as famílias mais ricas foram responsáveis por 8,31% do total de emissões, embora representassem apenas 2,47% do total de famílias em 2018. Os mais ricos devem considerar uma mudança no seu padrão de consumo e buscar alternativas que impliquem em menos emissões para diminuir suas pegadas de carbono.

Palavras-chave:
Pegada de Carbono; Sustentabilidade; Modelo Insumo-produto; Pesquisa de Orçamento Familiar; Disparidade Social

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