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FATORES SOCIOECONÔMICOS E A VEGETAÇÃO NATIVA EM IMÓVEIS RURAIS NO ESTADO DE SÃO PAULO1 1 . Agradecemos à equipe do Sistema de Informação do Cadastro Ambiental Rural da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SICAR-SP/SMA) pelos dados fornecidos, ao Programa de Educação Continuada da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (PECE/USP) pela bolsa de estudos concedida à primeira autora, e à FAPESP pelo auxílio 2015/03804-9 concedido ao último autor.

Resumo

Investigou-se como tamanho de propriedade, atividade econômica e grupo social relacionam-se com a cobertura de vegetação nativa em imóveis rurais do estado de São Paulo, avaliando implicações para políticas públicas para conservação ambiental. Foram analisados dados do Cadastro Ambiental Rural de São Paulo. Mais de um terço das propriedades não possui vegetação nativa declarada e cerca de metade delas possui até 3% de cobertura de vegetação nativa. A porcentagem de cobertura de vegetação nativa declarada tendeu a aumentar com o tamanho da propriedade. Entretanto, somente os grandes imóveis pertencentes às comunidades tradicionais e os grandes imóveis com atividade de silvicultura têm, em sua maioria (mais de 50%), percentual de vegetação nativa declarada acima dos 20% exigidos pelo Código Florestal (lei federal 12651/2012). Os resultados sugerem que, além do tamanho da propriedade, também grupos sociais e atividades econômicas são importantes na formulação das políticas públicas para conservação ambiental no meio rural.

Palavras-chave:
Código Florestal; Cadastro Ambiental Rural; políticas públicas; desenvolvimento rural; conservação ambiental

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