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Alocação comparada de fitomassa em soja e feijão e possível controle na fixação biológica do nitrogênio

A eficiente associação com bactérias diazotróficas faz da soja uma espécie auto-suficiente na obtenção do nitrogênio que necessita, tornando-a não dependente de adubação nitrogenada, diferentemente do feijão que carece da aplicação do nutriente na forma de fertilizantes. Presume-se que esta diferença interespecífica possa ter relação com o padrão de alocação de fotossintatos ao longo dos ciclos das leguminosas, de maneira que, ao contrário da soja, o feijão não consegue manter os seus nódulos ativos, até o final do seu ciclo, pela indisponibilidade de fotossintatos nas raízes após o florescimento. Para comparar a partição de fitomassa nas espécies soja (Glycine max (L.) Merrill) e feijão (Phaseolus vulgaris L.) ao longo dos seus ciclos ontogenéticos foi conduzido um experimento de análise de crescimento com as variedades BRS Favorita e BRS Pontal, respectivamente. Os resultados obtidos indicam que a soja continua produzindo folhas, ramos e raízes, mesmo após a floração, indicando não limitação por fotossintatos no abastecimento de seus órgãos, com predomínio da alocação para as raízes, o que pode favorecer a atividade dos seus nódulos. Nos feijoeiros, após a floração, ocorre alocação preferencial para as vagens em detrimento dos demais órgãos, como as raízes, o que pode afetar a atividade nos seus nódulos.

análise de crescimento; atividade de nódulos; fitomassa; Glycine max; Phaseolus vulgaris; Rhizobium


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