RESUMO.
Avaliamos os efeitos de parcelamentos da aplicação de molibdênio (Mo) na fase reprodutiva do feijão-comum no conteúdo de Mo na semente (CMoS) e na sua qualidade fisiológica em dois ensaios na Zona da Mata, Minas Gerais. Pulverizaram-se feijoeiros com 100 ou 600 g Mo ha-1 na fase V4. Esta última dose também foi parcelada: 100(V4)+500(R5), 100(V4)+500(R7), 100(V4)+250(R5)+250(R7) e 100(V4)+150(R5)+350(R7). O CMoS de plantas pulverizadas com 600 g (cinco tratamentos) foi 3,7 ou 62 vezes maior que o das pulverizadas com 100 g; sementes deste tratamento apresentaram qualidade ligeiramente melhor que as daqueles. Aplicação de 100 g em V4 + 500 g na fase reprodutiva (quatro tratamentos) aumentou 1,6 ou 2,7 vezes o CMoS comparativamente ao CMoS de plantas adubadas com 600 g em V4. Parcelamento de 500 g em duas pulverizações aumentou em 11% (p = 0,257) ou 16% (p = 0,013) o CMoS comparativamente a uma pulverização. O CMoS pode ser mais alto quando se pulveriza o Mo em R7 (formação de vagens) comparativamente a R5 (pré-floração), sem prejuízo à qualidade da semente. Logo, o parcelamento do Mo nessas duas fases do feijão-comum economiza fertilizante molíbdico para produzir sementes ricas em Mo, com ligeira redução da qualidade da semente.
Palavras-chave:
Phaseolus vulgaris; molibdênio na semente; qualidade da semente; vigor da semente; germinação da semente
