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Contribuições dos aplicativos móveis para o atendimento pré-hospitalar: revisão integrativa

Contribuciones de las aplicaciones móviles para la atención prehospitalaria: revisión integradora

Resumo

Objetivo

Analisar as contribuições científicas dos aplicativos móveis desenvolvidos para o atendimento pré-hospitalar.

Métodos

Estudo de revisão integrativa da literatura; as bases de dados usadas foram Scopus, Web of Science, CINAHL, SciELO, Embase, Lilacs, BDENF, Medline/PubMed, Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações e ProQuest Dissertations & Theses Global; (período de 2017-2022), incluindo todas as categorias de artigo, (com resumo e textos completos, disponíveis com acesso gratuito) nos idiomas português, inglês ou espanhol, contendo as palavras-chave “Assistência Pré-Hospitalar”, “Atendimento Pré-Hospitalar”, “Serviços Pré-Hospitalares”, “Atendimento de Emergência Pré-Hospitalar”, “Enfermagem”, “Aplicativos móveis”, “Aplicativos de Software Portáteis”, “Apps Móveis”, nos títulos e/ou resumos. Dois pesquisadores aplicaram os critérios de elegibilidade dos estudos e coletaram os dados a partir do instrumento elaborado previamente.

Resultados

De um total de 944 estudos, 07 foram selecionados para avaliação. Os aplicativos móveis desenvolvidos para a área de atendimento pré-hospitalar são ferramentas tecnológicas que contribuíram para a triagem, primeiros socorros pediátricos, segurança do paciente, preparação de medicações durante parada cardíaca, qualidade da ressuscitação cardiopulmonar, comunicação entre equipe de emergência e registro eletrônico de enfermagem.

Conclusão

Os estudos apontaram as potencialidades referentes à utilização dos aplicativos móveis no atendimento pré-hospitalar, contribuindo especialmente para melhoria da segurança dos pacientes e a qualidade do cuidado prestado nas situações de urgência e emergência pré-hospitalar. A otimização do tempo de assistência e do diagnóstico precoce foram também mostrados como contribuições dos aplicativos na assistência, além de alertar para os detalhes que podem passar despercebidos.

Aplicativos móveis; Serviços médicos de emergência; Enfermagem em emergência; Informática em enfermagem; Tecnologia da informação

Resumen

Objetivo

Analizar las contribuciones científicas de las aplicaciones móviles para la atención prehospitalaria.

Métodos

Estudio de revisión integradora de la literatura. Las bases de datos utilizadas fueron Scopus, Web of Science, CINAHL, SciELO, Embase, Lilacs, BDENF, Medline/PubMed, Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações y ProQuest Dissertations & Theses Global (período de 2017-2022). Se incluyeron todas las categorías de artículos, con resumen y texto completo, disponibles con acceso gratuito, en los idiomas portugués, inglés o español, que contuvieran las palabras clave “Asistencia Prehospitalaria”, “Atención Prehospitalaria”, “Servicios Prehospitalarios”, “Atención de Emergencia Prehospitalaria”, “Enfermería”, “Aplicaciones Móviles”, “Aplicaciones de Software Portátiles”, “Apps Móviles”, en el título o resumen. Dos investigadores aplicaron los criterios de elegibilidad de los estudios y recopilaron los datos a partir de un instrumento elaborado previamente.

Resultados

De un total de 944 estudios, se seleccionaron siete para evaluación. Las aplicaciones móviles desarrolladas para el área de atención prehospitalaria son herramientas tecnológicas que contribuyeron para la clasificación, los primeros auxilios pediátricos, la seguridad del paciente, la preparación de medicaciones durante paro cardíaco, la calidad de la reanimación cardiopulmonar, la comunicación entre los equipos de emergencia y el registro electrónico de enfermería.

Conclusión

Los estudios señalaron el potencial referente a la utilización de las aplicaciones móviles en la atención prehospitalaria, lo que contribuye especialmente a la mejora de la seguridad del paciente y a la calidad del cuidado ofrecido en las situaciones de urgencia y emergencia prehospitalaria. La optimización del tiempo de la atención y el diagnóstico temprano también demostraron ser contribuciones de las aplicaciones de asistencia, además de advertir detalles que pueden pasar desapercibidos.

Aplicaciones móviles; Servicios médicos de urgencia; Enfermería de urgencia; Informática aplicada a la enfermería; Administración de las tecnologías de la información

Abstract

Objective

Analyze the scientific contribution of mobile applications developed for pre-hospital care.

Methods

Integrative literature review study; the databases used were the following: Scopus, Web of Science, CINAHL, SciELO, Embase, Lilacs, BDENF, Medline/PubMed, Brazilian Digital Library of Theses and Dissertations, and ProQuest Dissertations & Theses Global; (period 2017-2022), including all article categories (with abstract and full texts available with free access) in Portuguese, English, or Spanish, containing the keywords “Pre-Hospital Assistance”, “Pre-Hospital Care”, “Pre-Hospital Services”, “Pre-Hospital Emergency Care”, “Nursing”, “Mobile applications”, “Portable Software Applications”, and “Mobile Apps” in titles and/or abstracts. Two researchers applied the eligibility criteria of the studies and collected data using a previously prepared instrument.

Results

From a total of 944 studies, seven were selected for evaluation. Mobile applications developed for the pre-hospital care area are technological tools that have contributed to triage, pediatric first aid, patient safety, preparation of medications during cardiac arrest, quality of cardiopulmonary resuscitation, and communication between the emergency team and the electronic nursing record.

Conclusions

The studies highlighted the potential related to the use of mobile applications in pre-hospital care, contributing especially to improving patient safety and the quality of care provided in pre-hospital urgency and emergencies. The optimization of assistance and early diagnosis times was also shown as a contribution of applications to assistance, in addition to alerting to details that may be unnoticed.

Mobile applications; Emergency medical services; Emergency nursing; Nursing informatics; Information technology management

Introdução

Os métodos e técnicas usados no Atendimento Pré-Hospitalar (APH) foram aprimorados ao longo das décadas, em decorrência dos grandes combates em nossa história.(11. Cunha KP, Nadas GB, Ceretta LB, Tomasi CD, Tuon L. Caracterização do SAMU em Santa Catarina. Arq Catarin Med. 2021;50(2):2-14.) Na década de 1960, surgiram dois importantes modelos de APH no qual inspiraram diversos sistemas de urgência pelo mundo: (1) o modelo americano “Load and Go” (carregar e ir, cujo objetivo é a rápida remoção da vítima do local)(22. Hargreaves LH. Atendimento de emergência pré-hospitalar nos Estados Unidos da América. Braz J Emerg Medicine. 2021;1:9-13.,33. Machado CV, Salvador FG, O’Dwyer G. Serviço de Atendimento Móvel de Urgência: análise da política brasileira. Rev Saude Publica. 2011;45(3):519-28.) e (2) o modelo francês “Stay to treat” (ficar para tratar), que preconiza o atendimento sistematizado e rápido ainda no local, focando na estabilização da vítima na primeira hora de forma que seja realizado um transporte mais seguro.(44. Silva EA, Tipple AF, Souza JT, Brasil VV. Aspectos históricos da implantação de um serviço de atendimento pré-hospitalar. Rev Eletr Enferm. 2010;12(3):571-7.)

No Brasil, o APH caracteriza-se por todas as assistências prestadas fora do ambiente hospitalar, de forma direta ou indireta, abrangendo desde a orientação médica via telefone até o suporte avançado de vida. No país, existem diversos tipos de unidades móveis de emergência, tais como ambulâncias, aeronaves, motolâncias e embarcações. As unidades podem ser de Suporte Básico (SBV), Suporte Intermediário de Vida (SIV) ou Suporte Avançado de Vida (SAV), que se diferem no grau de complexidade de recursos.(55. Battisti GR, Branco A, Caregnato RC, Oliveira MM. Profile of service and satisfaction of users of the Mobile Emergency Care Service (SAMU). Rev Gaúcha Enferm. 2019;40:e20180431.

6. Brasil. Ministério da Saúde. Rede de Atenção às Urgências e Emergências. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2022 [citado 2022 Out 09]. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/samu-192/rede-de-atencao-as-urgencias-e-emergencias-1
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/...
-77. Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). Resolução COFEN Nº 688/2022 - alterada pela Resolução COFEN Nº 718/2023. Normatiza a implementação de diretrizes assistenciais e a administração de medicamentos para a equipe de enfermagem que atua na modalidade Suporte Básico de Vida e reconhece o Suporte Intermediário de Vida em serviços públicos e privados. Brasília (DF): COFEN; 2023 [citado 2023 Abr 18]. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-688-2022_95825.html
http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-...
)

No cenário do APH, destaca-se o papel dos enfermeiros. Além da atuação nas práticas assistenciais e avançadas, eles são responsáveis pela gestão de equipes e das unidades móveis, desenvolvimento e revisão de protocolos, bem como promoção e implementação de medidas que asseguram a segurança dos pacientes.(77. Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). Resolução COFEN Nº 688/2022 - alterada pela Resolução COFEN Nº 718/2023. Normatiza a implementação de diretrizes assistenciais e a administração de medicamentos para a equipe de enfermagem que atua na modalidade Suporte Básico de Vida e reconhece o Suporte Intermediário de Vida em serviços públicos e privados. Brasília (DF): COFEN; 2023 [citado 2023 Abr 18]. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-688-2022_95825.html
http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-...

8. Castro GL, Tourinho FS, Martins MD, Medeiros KS, Ilha P, Santos VE. Proposal for steps towards patient safety in mobile emergency care. Texto Contexto Enferm.2018; 27(3):e3810016.

9. Miorin JD, Pai DD, Ciconet RM, Lima MA, Gerhardt LM, Indruczaki ND. Transferência do cuidado pré-hospitalar e seus potenciais riscos para segurança do paciente. Texto Contexto Enferm. 2020;29:e20190073.
-1010. Morais DA, Moraes CM, Souza KM, Alves RL. Mobile pre-hospital care reorganization during the COVID-19 pandemic: experience report. Rev Bras Enferm. 2022;75(Suppl 1):e20200826.) Recentemente, o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) reconheceu o SIV e normatizou a atuação da equipe de enfermagem referente às diretrizes assistenciais e administração de medicamentos.(77. Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). Resolução COFEN Nº 688/2022 - alterada pela Resolução COFEN Nº 718/2023. Normatiza a implementação de diretrizes assistenciais e a administração de medicamentos para a equipe de enfermagem que atua na modalidade Suporte Básico de Vida e reconhece o Suporte Intermediário de Vida em serviços públicos e privados. Brasília (DF): COFEN; 2023 [citado 2023 Abr 18]. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-688-2022_95825.html
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Considerando os desafios e riscos que o ambiente do APH pode apresentar, torna-se fundamental a implementação de práticas seguras e responsáveis para atenuar riscos e prevenir erros, seja através de capacitação, educação permanente ou na obtenção de recursos tecnológicos que fomentam a segurança do paciente.(77. Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). Resolução COFEN Nº 688/2022 - alterada pela Resolução COFEN Nº 718/2023. Normatiza a implementação de diretrizes assistenciais e a administração de medicamentos para a equipe de enfermagem que atua na modalidade Suporte Básico de Vida e reconhece o Suporte Intermediário de Vida em serviços públicos e privados. Brasília (DF): COFEN; 2023 [citado 2023 Abr 18]. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-688-2022_95825.html
http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-...

8. Castro GL, Tourinho FS, Martins MD, Medeiros KS, Ilha P, Santos VE. Proposal for steps towards patient safety in mobile emergency care. Texto Contexto Enferm.2018; 27(3):e3810016.
-99. Miorin JD, Pai DD, Ciconet RM, Lima MA, Gerhardt LM, Indruczaki ND. Transferência do cuidado pré-hospitalar e seus potenciais riscos para segurança do paciente. Texto Contexto Enferm. 2020;29:e20190073.)

No que se refere aos recursos tecnológicos na área da saúde, as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) contribuem para aprimorar a qualidade da assistência, promovem a prática baseada em evidências, favorecem a elaboração de pesquisas, e trazem praticidade e precisão no cuidado.(1111. Mendonça RR, Neves IF, Costa MA, De Souza VS, Fernandes CA. Tecnologia de informação para atendimento de urgência e emergência: revisão integrativa. Rev Enferm Actual Costa Rica. 2021;(42):1-19. Review.,1212. Santos AD, Fonseca Sobrinho D, Araujo LL, Procópio CD, Lopes EA, Lima AM, et al. Incorporação de tecnologias de informação e comunicação e qualidade na atenção básica em saúde no Brasil. Cad Saude Publica. 2017;33(5):e00172815.)Entre as TIC, destacam-se os Aplicativos Móveis (apps), uma tecnologia promissora cada vez mais inserida na área da saúde, trazendo consigo diversos recursos para suporte de assistência por serem versáteis e personalizáveis.(1313. Oliveira AR, Alencar MS. O uso de aplicativos de saúde para dispositivos móveis como fontes de informação e educação em saúde. Rev Digital Bibliot Cien Inform. 2017;15(1):234.

14. Lima CS, Barbosa SF. Aplicativos móveis em saúde: caracterização da produção científica da enfermagem brasileira. Rev Eletr Enferm. 2019;21:53278.

15. Paula TR, Menezes AP, Guedes NG, Silva VM, Cardoso MV, Ramos ES. Effectiveness of mobile applications for behavioral changes in health: a systematic review. Rev Rene. 2020;21:e43845.
-1616. Diniz CM, Leal LP, Guedes TG, Linhares FM, Pontes CM. Contributions of mobile applications on the breastfeeding practice: integrative review. Acta Paul Enferm. 2019;32(5):571-7. Review.)

Na saúde, os apps possuem benefícios na disposição de dados, elaboração de diagnósticos, aplicação de técnicas, comunicação efetiva e a coordenação de cuidados.(1212. Santos AD, Fonseca Sobrinho D, Araujo LL, Procópio CD, Lopes EA, Lima AM, et al. Incorporação de tecnologias de informação e comunicação e qualidade na atenção básica em saúde no Brasil. Cad Saude Publica. 2017;33(5):e00172815.

13. Oliveira AR, Alencar MS. O uso de aplicativos de saúde para dispositivos móveis como fontes de informação e educação em saúde. Rev Digital Bibliot Cien Inform. 2017;15(1):234.

14. Lima CS, Barbosa SF. Aplicativos móveis em saúde: caracterização da produção científica da enfermagem brasileira. Rev Eletr Enferm. 2019;21:53278.
-1515. Paula TR, Menezes AP, Guedes NG, Silva VM, Cardoso MV, Ramos ES. Effectiveness of mobile applications for behavioral changes in health: a systematic review. Rev Rene. 2020;21:e43845.)Estudos apontam que o uso de apps colabora de modo significativo para o desenvolvimento da assistência em saúde e o manejo clínico eficiente, oportunizando bons resultados para gestores, profissionais de saúde e usuários, através de otimização do tempo de assistência e favorecimento do diagnóstico precoce.(1414. Lima CS, Barbosa SF. Aplicativos móveis em saúde: caracterização da produção científica da enfermagem brasileira. Rev Eletr Enferm. 2019;21:53278.,1717. Tenner AG, Greenberg AL, Nicholaus P, Rose CC, Addo N, Shari CR, et al. Mobile application adjunct to the WHO basic emergency care course: a mixed methods study. BMJ Open. 2022;12(7):e056763.

18. Tanhapour M, Rostam Niakan Kalhori S. Early warning system for emergency care: designing a timely monitoring mobile-based system. IOS Press. 2022;291:88-102.
-1919. García-Sánchez S, Somoza-Fernández B, Lorenzo-Pinto A, Ortega-Navarro C, Herranz-Alonso A, Sanjurjo-Sáez M. Mobile health apps providing information on drugs for adult emergency care: systematic search on app stores and content analysis (preprint). JMIR Mhealth Uhealth. 2022;10(4):e29985. Review.)

Diante do contexto exposto, este estudo objetivou analisar as contribuições científicas dos aplicativos móveis desenvolvidos para o atendimento pré-hospitalar.

Métodos

Trata-se de estudo de revisão integrativa desenvolvido a partir de seis etapas: 1) identificação do tema e da questão norteadora; 2) estabelecimento de critérios para inclusão e exclusão de estudos e/ou busca na literatura; 3) extração de dados a partir de estudos primários; 4) avaliação de estudos a serem incluídos na revisão; 5) interpretação dos resultados e 6) apresentação de revisão e síntese do conhecimento.(2020. Mendes KD, Silveira RC, Galvão CM. Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto Contexto Enferm. 2008;17(4):758-64.)

Na etapa 1, estabeleceu-se como questão norteadora: “quais são as contribuições científicas dos aplicativos móveis desenvolvidos para o atendimento pré-hospitalar?”.

Os critérios de inclusão e exclusão dos estudos foram definidos na etapa 2, dando início à seleção de pesquisas para análise. Os critérios de inclusão dos estudos foram: publicações incluindo todas as categorias de artigo (pesquisa original, revisão de literatura, revisão sistemática, reflexão, atualização e relato de experiência), artigos com resumos e textos completos disponíveis com acesso gratuito para análise, além de dissertações e teses; disponibilizados nos idiomas em Português, Inglês ou Espanhol no período de 2017-2022, devendo conter em seus títulos e/ou resumos os seguintes descritores e/ou palavras-chave: Assistência Pré-Hospitalar (DECS), Atendimento Pré-Hospitalar, Serviços Pré-Hospitalares, Atendimento de Emergência Pré-Hospitalar, Enfermagem (DECS), Aplicativos móveis (DECS), Aplicativos de Software Portáteis, Apps Móveis (e suas respectivas traduções em Inglês e Espanhol). Nesta pesquisa foram adotados os seguintes critérios de exclusão para as publicações: editoriais, cartas e resumos em anais de eventos e estudos indisponíveis na íntegra mesmo após contato com o pesquisador responsável.

Cabe ressaltar que, visando ao desenvolvimento de uma revisão integrativa com rigor metodológico, o protocolo de estratégia de busca foi desenvolvido junto com uma bibliotecária, sendo elaborada para cada base de dados uma fórmula booleana específica. A busca pelas publicações foi realizada por dois autores no mês de maio de 2022, nas bases de dados Scopus, Web Of Science, CINAHL, SciELO, Embase, LILACS/BDENF e PubMed/MEDLINE, assim como na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) e na ProQuest Dissertations & Theses Global (PQDT Global). O quadro 1 apresenta a sintaxe da estratégia de busca realizada na base de dados MEDLINE/Pubmed.

Quadro 1
Estratégia de busca para pesquisa na base de dados MEDLINE/Pubmed

Para a organização dos resultados foi usado o software gerenciador de referências EndNote Web. Na primeira seleção (para a leitura flutuante inicial dos títulos e resumos a partir do cruzamento de descritores e palavras-chave) obteve-se 944 estudos, sendo 69 deles excluídos devido à duplicidade, resultando em 875 pesquisas disponíveis nos idiomas inglês, português e espanhol. Após a leitura preliminar dos estudos e aplicação dos critérios de inclusão e exclusão (realizada por pares), foram pré-selecionados 13 estudos; entretanto, 02 estudos foram excluídos devido à indisponibilidade de acessá-los na íntegra, mesmo após contato com os autores; e outros 04 estudos foram excluídos por não estarem relacionados ao APH. A amostra final para análise foi composta de 07 estudos, demonstrada através do Modelo PRISMA(2121. Page MJ, McKenzie JE, Bossuyt PM, Boutron I, Hoffmann TC, Mulrow CD, et al. The PRISMA 2020 statement: an updated guideline for reporting systematic reviews. BMJ 2021;372:n71.)(Figura 1).

Figura 1
Processo de seleção e amostra final das publicações sobre as contribuições dos apps para o APH a partir do Modelo PRISMA

Nas etapas 3 e 4, realizou-se a extração dos dados dos estudos primários a partir de um formulário de para coleta de dados (elaborado previamente). Os dados extraídos foram os seguintes: ano publicação e país de origem do estudo; títulos; autores; objetivo dos estudos; nome do aplicativo e sistema operacional; público-alvo do app; métodos e; principais contribuições dos apps para a área de APH. Os estudos incluídos foram analisados criteriosamente quanto à questão norteadora e/ou objetivo delineado e/ou os resultados, impactos e/ou contribuições dos apps móveis. Na etapa ٥, ocorreu a interpretação dos resultados obtidos, com destaque para as principais contribuições científicas dos apps móveis ao APH, (especialmente para a enfermagem). Na etapa 6, os resultados obtidos foram apresentados de maneira descritiva e discutidos à luz de publicações nacionais e internacionais acerca da temática pesquisada.

Resultados

Dos 07 estudos analisados, 02 foram publicados em 2017, 01 em 2018, 01 em 2019, 01 em 2020 e 02 em 2021. Quanto aos países de origem dos estudos, 03 foram realizados no Brasil e 01 nos países Turquia, Estados Unidos da América, Tailândia e Suíça, sendo quatro no idioma Inglês e três em língua portuguesa, e nenhum estudo analisado em Espanhol. Quanto ao delineamento e método dos estudos, 05 são pesquisas aplicadas de desenvolvimento e produção tecnológica, 01 estudo piloto e 01 ensaio clínico multicêntrico e randomizado baseado em simulação. Em relação aos sistemas operacionais, 03 estudos desenvolveram os apps para Android® e IOS®, 03 estudos só para Android® e um para IOS®. Somente 05 estudos apresentaram os nomes dos aplicativos desenvolvidos (NURSING APH móvel; SAMUV, SOS KIDS, TRIAGIST e PedAMINES). No que se refere ao público-alvo, os estudos contemplaram enfermeiros de APH, médicos de emergência primária, população/público leigo em geral, profissionais de saúde do SAMU, equipe de emergência hospitalar, socorristas e paramédicos avançados. Ou seja, os resultados obtidos revelam que todos os profissionais de saúde envolvidos no APH foram considerados nos apps desenvolvidos. O quadro 2 apresenta a síntese dos resultados obtidos – (autoria, ano e país; nome do app e sistema operacional; objetivo do estudo; foco/área temática; principais contribuições científicas).

Quadro 2
Síntese das contribuições dos apps móveis para o APH

Discussão

Os estudos analisados apontam que os apps envolvem temáticas específicas do APH, tais como: segurança dos pacientes (comunicação efetiva e diminuição de danos associados à medicação), educação, triagem, primeiros socorros pediátricos, qualidade da ressuscitação cardiopulmonar, habilidade técnica e processo de enfermagem. Destaca-se ainda que o público-alvo dos apps contemplou a equipe multidisciplinar e população leiga em geral, ou seja, os apps apresentaram potenciais contribuições científicas tanto para áreas do APH quanto para as pessoas (profissionais e usuários) envolvidas neste cenário.

O desenvolvimento de novas tecnologias está cada vez mais presente na sociedade contemporânea e globalizada, especificamente nos dispositivos e apps móveis. Os dispositivos móveis se diferem de outras TICs por serem portáteis e devido à possibilidade de o usuário acessá-los em qualquer tempo e lugar e por ser portátil, garantindo acesso à informações e conhecimento, incluindo a área da saúde, etc.(2929. Stoyanov SR, Hides L, Kavanagh DJ, Zelenko O, Tjondronegoro D, Mani M. Mobile app rating scale: a new tool for assessing the quality of health mobile apps. JMIR Mhealth Uhealth. 2015;3(1):e27.)

No cenário dos dispositivos móveis, destaca-se o desenvolvimento dos apps móveis. Estudos apontam que os apps são ferramentas tecnológicas que integram as Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTIC), uma vez que possuem funções específicas, e permitem o acesso e compartilhamento de uma série de informações.(1313. Oliveira AR, Alencar MS. O uso de aplicativos de saúde para dispositivos móveis como fontes de informação e educação em saúde. Rev Digital Bibliot Cien Inform. 2017;15(1):234.,1414. Lima CS, Barbosa SF. Aplicativos móveis em saúde: caracterização da produção científica da enfermagem brasileira. Rev Eletr Enferm. 2019;21:53278.)

A partir do aumento da utilização dos dispositivos móveis na saúde, surgiu o conceito “m-Health” (saúde móvel). Ele é definido pelo Observatório Global para e-Saúde como práticas médicas e de saúde pública que usam o suporte tecnológico de dispositivos móveis (tais como telefones celulares, sensores e outros equipamentos) diretamente conectados ao usuário; possibilitando a obtenção de dados e informações sobre dados clínicos de saúde de forma confiável em qualquer tempo e lugar.(3030. World Health Organization (WHO). WHO Global Observatory for eHealth. MHealth: new horizons for health through mobile technologies: second global survey on eHealth. Geneva: WHO; 2011 [cited 2022 Nov 18]. Available from: https://apps.who.int/iris/handle/10665/44607
https://apps.who.int/iris/handle/10665/4...
)

Com o advento da m-Health, observou-se que os profissionais de saúde têm usado cada vez mais inúmeros apps em sua prática clínica diária. Os apps permitem a busca e pesquisa de informações, aquisição e aprofundamento de conhecimentos, bem como, possibilidades de melhorias em assistência, gestão e educação.(1515. Paula TR, Menezes AP, Guedes NG, Silva VM, Cardoso MV, Ramos ES. Effectiveness of mobile applications for behavioral changes in health: a systematic review. Rev Rene. 2020;21:e43845.,1717. Tenner AG, Greenberg AL, Nicholaus P, Rose CC, Addo N, Shari CR, et al. Mobile application adjunct to the WHO basic emergency care course: a mixed methods study. BMJ Open. 2022;12(7):e056763.,3131. Sheikhtaheri A, Kermani F. Use of Mobile Apps among medical and nursing students in Iran. Stud Health Technol Inform. 2018;248:33-9.,3232. Garnweidner-Holme L, Hoel Andersen T, Sando MW, Noll J, Lukasse M. Health care professionals’ attitudes toward, and experiences of using, a culture-sensitive smartphone app for women with gestational diabetes mellitus: qualitative study. JMIR Mhealth Uhealth. 2018;6(5):e123.)

Diversos estudos descrevem os benefícios e impactos positivos da saúde móvel por meio de smartphones e apps móveis.(1717. Tenner AG, Greenberg AL, Nicholaus P, Rose CC, Addo N, Shari CR, et al. Mobile application adjunct to the WHO basic emergency care course: a mixed methods study. BMJ Open. 2022;12(7):e056763.

18. Tanhapour M, Rostam Niakan Kalhori S. Early warning system for emergency care: designing a timely monitoring mobile-based system. IOS Press. 2022;291:88-102.
-1919. García-Sánchez S, Somoza-Fernández B, Lorenzo-Pinto A, Ortega-Navarro C, Herranz-Alonso A, Sanjurjo-Sáez M. Mobile health apps providing information on drugs for adult emergency care: systematic search on app stores and content analysis (preprint). JMIR Mhealth Uhealth. 2022;10(4):e29985. Review.,3131. Sheikhtaheri A, Kermani F. Use of Mobile Apps among medical and nursing students in Iran. Stud Health Technol Inform. 2018;248:33-9.,3333. Marques AD, Moreira TM, Jorge TV, Rabelo SM, Carvalho RE, Felipe GF. Usability of a mobile application on diabetic foot self-care. Rev Bras Enferm. 2020;73(4):e20180862.,3434. Gomes ML, Rodrigues IR, Moura NS, Bezerra KC, Lopes BB, Teixeira JJ, et al. Evaluation of mobile Apps for health promotion of pregnant women with preeclampsia. Acta Paul Enferm. 2019;32(3):275-81.)Entre as potencialidades dos apps, destacam-se as seguintes: possibilidade de colaborar para a construção de uma nova modalidade de cuidado e educação em saúde, colocando a comunicação, conectividade com a internet e configurações sofisticadas nas mãos de profissionais e pacientes em tempo real e/ou remoto;(1717. Tenner AG, Greenberg AL, Nicholaus P, Rose CC, Addo N, Shari CR, et al. Mobile application adjunct to the WHO basic emergency care course: a mixed methods study. BMJ Open. 2022;12(7):e056763.

18. Tanhapour M, Rostam Niakan Kalhori S. Early warning system for emergency care: designing a timely monitoring mobile-based system. IOS Press. 2022;291:88-102.
-1919. García-Sánchez S, Somoza-Fernández B, Lorenzo-Pinto A, Ortega-Navarro C, Herranz-Alonso A, Sanjurjo-Sáez M. Mobile health apps providing information on drugs for adult emergency care: systematic search on app stores and content analysis (preprint). JMIR Mhealth Uhealth. 2022;10(4):e29985. Review.,3333. Marques AD, Moreira TM, Jorge TV, Rabelo SM, Carvalho RE, Felipe GF. Usability of a mobile application on diabetic foot self-care. Rev Bras Enferm. 2020;73(4):e20180862.) disponibilização de conteúdos gratuitos e/ou de baixo custo, tornando-se uma alternativa de acesso à informações, bem como, uma ferramenta tecnológica de promoção e/ou prevenção em saúde para a população;(3434. Gomes ML, Rodrigues IR, Moura NS, Bezerra KC, Lopes BB, Teixeira JJ, et al. Evaluation of mobile Apps for health promotion of pregnant women with preeclampsia. Acta Paul Enferm. 2019;32(3):275-81.) melhoria em atendimento aos pacientes, processo de tomada de decisões, redução de erros médicos na assistência à saúde e comunicação entre a equipe de saúde.(3131. Sheikhtaheri A, Kermani F. Use of Mobile Apps among medical and nursing students in Iran. Stud Health Technol Inform. 2018;248:33-9.)

Os apps desenvolvidos para a área da saúde são usados para melhorar o acesso e o registro de informações, para comunicação, tratamento e monitoramento de pacientes, tomada de decisões, educação e treinamento em saúde,(3232. Garnweidner-Holme L, Hoel Andersen T, Sando MW, Noll J, Lukasse M. Health care professionals’ attitudes toward, and experiences of using, a culture-sensitive smartphone app for women with gestational diabetes mellitus: qualitative study. JMIR Mhealth Uhealth. 2018;6(5):e123.) corroborando com os resultados obtidos no presente estudo.

Neste estudo, os apps desenvolvidos para o contexto do APH abordaram temáticas que englobam a área. Considera-se que a diversidade de conteúdo dos apps para o APH pode ser incorporada ao contexto dos inúmeros estudos que desenvolvem, avaliam e/ou usam apps com várias finalidades para diferentes especificidades na área da saúde. Destaca-se que os apps analisados contribuíram para a segurança dos pacientes, a assistência de enfermagem e o registro eletrônico dos pacientes.

A segurança dos pacientes pode ser garantida através da prevenção de danos que podem ser causados durante a realização de cuidados à saúde dos pacientes. Neste estudo, os apps se apresentam como uma tecnologia disponível para diminuir a possibilidade de eventos adversos, fomentar o processo de educação profissional, melhorar a comunicação, diminuir erros na preparação e administração de medicamentos, aprimorar habilidades técnicas, contribuindo diretamente para a segurança dos pacientes no contexto do APH. Este estudo revela que os apps também podem ser usados para melhorar o acesso e o registro de informações, para a educação e treinamento em saúde, para comunicação, e tratamento e monitoramento de pacientes.(1414. Lima CS, Barbosa SF. Aplicativos móveis em saúde: caracterização da produção científica da enfermagem brasileira. Rev Eletr Enferm. 2019;21:53278.)

A maioria dos apps decorrentes da amostra analisada possui foco assistencial e educacional, sugerindo que os apps podem ser usados como um suporte tecnológico durante a atuação de diversos profissionais de saúde e enfermeiros. A atuação de enfermeiros no APH móvel tem sua base no raciocínio clínico, um elemento fundamental para tomar decisões em relação aos cuidados de enfermagem prioritários para os pacientes. Neste contexto, os apps móveis podem facilitar a sistematização e o cuidado de enfermagem, nos diferentes ambientes nos quais os profissionais são expostos.(2121. Page MJ, McKenzie JE, Bossuyt PM, Boutron I, Hoffmann TC, Mulrow CD, et al. The PRISMA 2020 statement: an updated guideline for reporting systematic reviews. BMJ 2021;372:n71.,3535. Melo EB, Primo CC, Romero WG, Sant’Anna HC, Sequeira CA, Lima ED, et al. Construction and validation of a mobile application for development of nursing history and diagnosis. Rev Bras Enferm. 2020;73(suppl 6):e20190674.)

Considerando o campo do APH e que a assistência à saúde neste cenário se concentra em assistir, promover a estabilização clínica e hemodinâmica, bem como não agravar ainda mais o estado de saúde já vulnerável dos pacientes até sua chegada ao ambiente local de tratamento definitivo,(77. Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). Resolução COFEN Nº 688/2022 - alterada pela Resolução COFEN Nº 718/2023. Normatiza a implementação de diretrizes assistenciais e a administração de medicamentos para a equipe de enfermagem que atua na modalidade Suporte Básico de Vida e reconhece o Suporte Intermediário de Vida em serviços públicos e privados. Brasília (DF): COFEN; 2023 [citado 2023 Abr 18]. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-688-2022_95825.html
http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-...

8. Castro GL, Tourinho FS, Martins MD, Medeiros KS, Ilha P, Santos VE. Proposal for steps towards patient safety in mobile emergency care. Texto Contexto Enferm.2018; 27(3):e3810016.
-99. Miorin JD, Pai DD, Ciconet RM, Lima MA, Gerhardt LM, Indruczaki ND. Transferência do cuidado pré-hospitalar e seus potenciais riscos para segurança do paciente. Texto Contexto Enferm. 2020;29:e20190073.) o uso de apps pode implicar na otimização do tempo dos cuidados e em um aumento da segurança dos pacientes, assim como na realização de um registro eletrônico completo, respaldando legalmente o profissional, bem como, assegurando a continuidade no cuidado dos pacientes.(2727. Pizzolato AC, Sarquis LM, Danski MT. Nursing APHMÓVEL: mobile application to register the nursing process in prehospital emergency care. Rev Bras Enferm. 2021;74(Suppl 6):e20201029.,3535. Melo EB, Primo CC, Romero WG, Sant’Anna HC, Sequeira CA, Lima ED, et al. Construction and validation of a mobile application for development of nursing history and diagnosis. Rev Bras Enferm. 2020;73(suppl 6):e20190674.)

Destaca-se que as novas tecnologias, especificamente os apps, contribuem cientificamente ainda para o aprimorar do vocabulário de informática de Enfermagem, e encorajando os Registros Eletrônicos de Saúde (RES), as tecnologias usáveis, a big data, os dados analíticos e o maior envolvimento dos pacientes no seu processo de cuidado.(2727. Pizzolato AC, Sarquis LM, Danski MT. Nursing APHMÓVEL: mobile application to register the nursing process in prehospital emergency care. Rev Bras Enferm. 2021;74(Suppl 6):e20201029.)

Conclusão

Os resultados dessa revisão destacam as potencialidades que as tecnologias, em especial os aplicativos móveis, trazem não só no cuidado de Enfermagem no contexto do APH e na saúde, mas em todas as áreas do conhecimento. Ainda que os aplicativos móveis tenham possuído limitações e necessitem de mais estudos sobre usabilidade, avaliação da interface/design, validação de conteúdo, entre outros, os apps apontaram contribuições científicas para o suporte na assistência, principalmente, na segurança dos pacientes, comunicação entre os membros das equipes, na mitigação de erros durante o preparo e administração de medicações, no registro de informações de pacientes, bem como na educação continuada da equipe atuante no APH. A otimização no tempo de assistência e no diagnóstico precoce foram também mostrados como contribuições dos apps na assistência, além de alertar para os detalhes que podem passar despercebidos. Considerando que cada minuto importa no atendimento pré-hospitalar, o aumento na acurácia e precisão da assistência e de procedimentos podem levar ao aumento das chances de sobrevivência e a diminuição de sequelas nos pacientes. Por fim, para que seja possível implementar e usar os aplicativos móveis na assistência, é necessário que sejam realizados estudos rigorosos, principalmente em cenários reais, para determinar os benefícios de forma mais acurada.

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Editado por

Editor Associado (Avaliação pelos pares): Juliana de Lima Lopes (https://orcid.org/0000-0001-6915-6781) Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    04 Mar 2024
  • Data do Fascículo
    2024

Histórico

  • Recebido
    2 Fev 2023
  • Aceito
    9 Set 2023
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