Carga de trabalho de enfermagem relacionada ao índice de massa corporal de pacientes críticos

Goulart, Luana Loppi; Carrara, Fernanda Souza Angotti; Zanei, Suely Sueko Viski; Whitaker, Iveth Yamaguchi

doi:10.1590/1982-0194201700006

Acessibilidade / Reportar erro

Brasil

Acta Paulista de Enfermagem

Español English

Brasil

Español English

sumário « anterior atual seguinte »

Sumário

Artigos Originais • Acta Paul Enferm. 30 (1) • Jan 2017 • https://doi.org/10.1590/1982-0194201700006 copiar

Carga de trabalho de enfermagem relacionada ao índice de massa corporal de pacientes críticos

Autoria SCIMAGO INSTITUTIONS RANKINGS

Resumo

Objetivo

Mensurar e comparar a carga de trabalho de enfermagem e a frequência dos itens pontuados no Nursing Activities Score (NAS), considerando os diferentes grupos de IMC de pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Métodos

Estudo longitudinal realizado na UTI de hospital universitário em São Paulo, na qual o IMC do paciente foi calculado dividindo-se o peso pelo quadrado da altura e a carga de trabalho de enfermagem foi mensurada pelo NAS.

Resultados

A análise de 529 pacientes mostrou que o NAS não diferiu entre os grupos conforme o IMC. Os pacientes obesos demandaram mais tempo para o procedimento de higienização e maior número de pessoas para mobilização/posicionamento. Pacientes de baixo peso receberam mais frequentemente tratamento para melhora da função pulmonar.

Conclusão

Os resultados não apontaram diferença na carga de trabalho de enfermagem quando se considerou o IMC do paciente.

Unidades de terapia intensiva; Carga de trabalho; Índice de massa corporal; Obesidade; Cuidados de enfermagem

Variáveis	Índice de Massa Corporal			Total	p-value
Variáveis	Baixo peso (<18,5)	Normal/Pré-obeso (≥18,5 e < 30)	Obeso (≥ 30)	Total	p-value
Idade
Média (DP ^* )	57,2(22,3)	60,2(18,3)	57,8(16,9)	59,5(18,3)	0,366 ^†
Mediana	57,5	61	59	60
Mínimo-Máximo	21-96	19-98	22-91	19-98
Sexo - n(%)
Feminino	18(52,9)	181(46,4)	62(59,0)	261(49,3)	0,065 ^‡
Masculino	16(47,1)	209(53,6)	43(41,0)	268(50,7)
Desfecho - n(%)
Alta	26(76,5)	342(87,7)	95(90,5)	463(87,5)	0,098 ^‡
Óbito	8(23,5)	48(12,3)	10(9,5)	66 (12,5)
Período internação
Média (DP ^* )	7,0(7,7)	7,5(9,5)	6,8(8,2)	7,3(9,2)	0,736 ^†
Mediana	5	4	4	4
Mínimo-Máximo	1-39	1-114	1-47	1-114
Tipo de paciente -n(%)
Cirurgia eletiva	15(44,1)	190(48,7)	52(49,5)	257(48,6)	0,882 ^‡
Cirurgia urgência	7(20,6)	63(16,2)	14(13,3)	84(15,9)
Clínico	12(35,3)	137(35,1)	39(37,2)	188(35,5)
SAPS 3 ^§
Média (DP ^* )	48,4 (16,5)	44,2(15,0)	42,5(16,5)	44,2(15,4)	0,147 ^†
Mediana	50	43	40	43
Mínimo-Máximo	19-90	16-93	16-84	16-93
SOFA ^\|\| admissão
Média (DP ^* )	3,7(3,1)	3,5(3,1)	3,5(3,4)	3,5(3,1)	0,912 ^†
Mediana	3	3	2	3
Mínimo-Máximo	0-11	0-18	0-13	0-18
SOFA ^\|\| saída
Média (DP ^* )	2,5(3,9)	2,3(3,8)	2,0(3,7)	2,2(3,8)	0,709 ^†
Mediana	1	1	1	1
Mínimo-Máximo	0-15	0-20	0-19	0-20
NAS
Média (DP ^* )	64,4(8,4)	64,2(7,9)	65,3(9,1)	64,5(8,2)	0,467 ^†
Mediana	65,3	63,4	64,0	63,6
Mínimo-Máximo	47,7-77,5	45,4-93,9	47,0-103,2	45,4-103,2

Variáveis	Índice de Massa Corporal			Total	p- value ‡
Variáveis	Baixo peso (<18,5)	Peso normal/ Pré-obeso (≥18,5 e < 30)	Obeso (≥ 30)	Total	p- value ‡
NAS ^* admissão					0,802
Média (DP ^† )	79,7(5,6)	78,9(6,4)	79,1(7,6)	78,0(6,6)
Mediana	77,8	77,8	77,1	77,8
Mínimo-Máximo	65,8-89,6	65,8-100,5	67,2-111,9	65,8-111,9
NAS ^* saída					0,954
Média (DP ^† )	68,7(8,7)	68,9(8,0)	68,9(8,2)	68,9(8,8)
Mediana	68,3	67,2	68,2	67,9
Mínimo-Máximo	58,2-88,3	46,1-103,3	58,2-97,0	46,1-103,3

Variáveis		Índice de Massa Corporal			p-value
		Baixo peso (<18,5)	Normal/Pré-obeso (≥18,5 e <30)	Obeso (≥ 30)
		n(%)	n(%)	n(%)
1-Monitorização e controles	1a	-	3(0,8)	-	0,399 ^*
	1b	34(100,0)	382(97,9)	104(99,0)	0,396 ^*
	1c	-	5(1,3)	1(1,0)	0,644 ^*
2-Investigações laboratoriais	Sim	34(100,0)	390(100,0)	105(100,0)	-
2-Investigações laboratoriais	Não	-	-	-
3-Medicação	Sim	34(100,0)	390(100,0)	105(100,0)	-
3-Medicação	Não	-	-	-
4-Procedimentos de higiene	4a	34(100,0)	387(99,2)	101(96,2)	0,071 ^*
	4b	-	2(0,5)	4(3,8)	0,037 ^*
	4c	-	1(0,3)	-	0,737 ^*
5-Cuidados com drenos	Sim	29(85,3)	328(84,1)	91(86,7)	0,807 ^†
5-Cuidados com drenos	Não	5(14,7)	62(15,9)	14(13,3)	0,807 ^†
6-Mobilização e posicionamento	6a	4(11,8)	65(16,6)	15(14,3)	0,666 ^*
	6b	30(88,2)	322(82,6)	84(80,0)	0,542 ^*
	6c	- (-)	3(0,8)	6(5,7)	0,007 ^*
7-Suporte e cuidados aos familiares pacientes	7a	34(100,0)	390(100,0)	105(100,0)	-
7-Suporte e cuidados aos familiares pacientes	7b	-	-	-	-
8-Tarefas administrativas e gerenciais	8a	-	-	-	-
	8b	34(100,0)	390(100,0)	105(100,0)
	8c	-	-	-
9-Suporte Respiratório	Sim	29(85,3)	337(86,4)	88(83,8)	0,791 ^†
9-Suporte Respiratório	Não	5(14,7)	53(13,6)	17(16,2)	0,791 ^†
10-Cuidado com vias aéreas artificiais	Sim	12(35,3)	138(35,4)	31(29,5)	0,527 ^†
10-Cuidado com vias aéreas artificiais	Não	22(64,7)	252(64,6)	74(70,5)
11-Tratamento para melhora da função pulmonar	Sim	17(50,0)	170(43,6)	33(31,4)	0,047 ^†
11-Tratamento para melhora da função pulmonar	Não	17(50,0)	220(56,4)	72(68,6)
12- Medicação vasoativa	Sim	16(47,1)	140(35,9)	4 (41,0)	0,319 ^†
12- Medicação vasoativa	Não	18(52,9)	250(64,1)	62(59,0)	0,319 ^†
13-Reposição intravenosa de grandes perdas de fluídos	Sim	4(11,8)	43(11,0)	9(8,6)	0,748 ^†
13-Reposição intravenosa de grandes perdas de fluídos	Não	30(88,2)	347(89,0)	96(91,4)	0,748 ^†
14-Monitorização de átrio esquerdo	Sim	1(2,9)	10(2,6)	2(1,9)	0,907 ^*
14-Monitorização de átrio esquerdo	Não	33(97,1)	380(97,4)	103(98,1)	0,907 ^*
15-Reanimação cardiorrespiratória	Sim	-	1(0,3)	1(1,0)	0,584 ^*
15-Reanimação cardiorrespiratória	Não	34(100,0)	389(99,7)	104(99,0)	0,584 ^*
16-Técnicas de hemofiltração	Sim	-	1(0,3)	-	0,737 ^*
16-Técnicas de hemofiltração	Não	34(100,0)	389(99,7)	105(100,0)	0,737 ^*
17-Medida quantitativa do débito urinário	Sim	34(100,0)	390(100,0)	105(100,0)	-
17-Medida quantitativa do débito urinário	Não	-	-	-	-
18-Medida da pressão intracraniana	Sim	2(5,9)	23(5,9)	5(4,8)	0,904 ^†
18-Medida da pressão intracraniana	Não	32(94,1)	367(94,1)	100(95,2)	0,904 ^†
19-Tratamento de acidose/alcalose metabólica complicada	Sim	1(2,9)	6(1,5)	4(3,8)	0,374 ^†
19-Tratamento de acidose/alcalose metabólica complicada	Não	33(97,1)	384(98,5)	101(96,2)	0,374 ^†
20-Hiperalimentação intravenosa	Sim	1(2,9)	- (-)	- (-)	0,063 ^*
20-Hiperalimentação intravenosa	Não	33(97,1)	390(100,0)	105(100,0)	0,063 ^*
21-Alimentação enteral	Sim	5(14,7)	60(15,4)	12(11,4)	0,594 ^†
21-Alimentação enteral	Não	29(85,3)	330(84,6)	93(88,6)	0,594 ^†
22-Intervenções específicas na unidade	Sim	7(20,6)	51(13,1)	14(13,3)	0,470 ^†
22-Intervenções específicas na unidade	Não	27(79,4)	339(86,9)	91(86,7)	0,470 ^†
23-Intervenções específicas fora da unidade	Sim	8(23,5)	89(22,8)	25(23,8)	0,975 ^†
23-Intervenções específicas fora da unidade	Não	26(76,5)	301(77,2)	80(76,2)	0,975 ^†

Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo R. Napoleão de Barros, 754, 04024-002 São Paulo - SP/Brasil, Tel./Fax: (55 11) 5576 4430 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: actapaulista@unifesp.br

Acompanhe os números deste periódico no seu leitor de RSS

[1] Autor correspondente. Iveth Yamaguchi Whitaker. Rua Napoleão de Barros, 754, 04024-002, São Paulo, SP, Brasil. iveth.whitaker@unifesp.br