Resumo
Objetivo
Verificar a associação entre a violência laboral e a síndrome de burnout em professores.
Métodos
Estudo transversal realizado com 200 professores do Ensino Fundamental e Médio de um município paranaense. Os dados foram coletados por meio de um instrumento contendo um questionário com dados sociodemográficos, ocupacionais e de caracterização da violência laboral sofrida ou testemunhada nos últimos 12 meses e o Maslach Burnout Inventory para avaliar a síndrome de burnout. Para verificar a relação entre as variáveis dependentes e independentes, utilizou-se o coeficiente de correlação de Pearson, o teste de Fisher e a regressão linear múltipla. Adotou-se nível de significância de p-valor ≤ 0,05.
Resultados
A prevalência de violência verbal e física foi de 71,5% e 3% entre os professores, respectivamente. Verificou-se que 57,5% apresentaram alta exaustão emocional, 49% alta despersonalização e 36% baixa realização profissional, e 21% possuem indicativo para síndrome de burnout. O modelo múltiplo indicou que exaustão emocional e despersonalização estiveram direta e significativamente associadas a sofrer violência física e verbal, bem como presenciar esses tipos de violência, independentemente de sexo e idade.
Conclusão
Os maiores níveis de exaustão emocional e despersonalização estiveram associados à violência sofrida pelos professores. Medidas devem ser tomadas para promover um ambiente laboral mais seguro e, por sua vez, favorecer a saúde física e mental dos professores.
Despersonalização; Ensino fundamental e médio; Esgotamento profissional; Docentes; Violência no trabalho