Resumo
Objetivo
Compreender a experiência da empatia de enfermeiras com os recém-nascidos hospitalizados em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal.
Métodos
Pesquisa fenomenológica hermenêutica. Foram realizadas 11 entrevistas com enfermeiras de uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, localizada em Cuiabá/Mato Grosso, Brasil. A coleta ocorreu entre maio e agosto de 2018. Os dados foram analisados de acordo com a análise temática proposta por Max van Manen.
Resultados
As enfermeiras interagem com diversos recém-nascidos durante seu trabalho, destas interações somente algumas ganharam a especificidade de serem significadas como empáticas. Na empatia, as enfermeiras são mobilizadas pelo significado que atribuem à experiência de ver o neonato na incubadora, dentre estes, destacam-se o sentido de ter ou não afeto materno, a leitura da expressão do choro, a carga de procedimentos dolorosos sofrida pelo recém-nascido, o tempo de internação e a identificação da dor. A conduta que as enfermeiras tiveram ao serem empáticas expressa uma centralidade afetiva com o uso do corpo que dá colo, conversa, acaricia, toca, em parte pela tentativa de suprir a ausência do afeto das mães.
Conclusão
Evidencia-se o trabalho subjetivo da enfermeira nos episódios de empatia, e suas potencialidades em tornar o cuidado de enfermagem humanizado para os recém-nascidos hospitalizados, bem como os desafios e limitações que a empatia pode trazer ao trabalho das enfermeiras.
Empatia; Enfermagem neonatal; Relações enfermeiro-paciente; Unidades de terapia intensiva neonatal