Resumo
Objetivo
Analisar espacialmente os indicadores relacionados às dimensões ao acesso, à abrangência e à resolutividade dos serviços ofertados pela atenção básica à saúde nos municípios da região Nordeste do Brasil.
Métodos
Estudo ecológico com técnicas de análise espacial, utilizando as médias aritméticas e desvios padrão dos dez indicadores de desempenho pactuados no terceiro ciclo do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica, cujas unidades de análise foram os 1.794 municípios da região Nordeste do Brasil.
Resultados
Nenhum estado atingiu o parâmetro mínimo nas dimensões “Resolutividade” e “Abrangência da oferta dos Serviços”. Na dimensão “Acesso e Continuidade do Cuidado”, houve agrupamentos espaciais baixo-baixo para atendimentos de consultas por demanda espontânea e alto-alto para atendimentos de consulta agendada. Na dimensão “Resolutividade”, foi possível observar aglomerados espaciais alto-alto em municípios do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas. Na dimensão “Abrangência da oferta dos Serviços”, verificou-se agrupamentos baixo-baixo em municípios do Maranhão, Piauí e Ceará.
Conclusão
A análise espacial permitiu observar que ainda persistem dificuldades no acesso da população aos serviços da atenção básica na região Nordeste do Brasil, o que acarreta também na diminuição do poder de abrangência e resolutividade deste nível de atenção.
Atenção primária à saúde; Acesso aos serviços de saúde; Estratégia saúde da família; Análise espacial