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Produção científica sobre eliminações urinárias em periódicos de enfermagem brasileiros

Producción científica sobre eliminaciones urinarias en periódicos de enfermería brasileños

Resumos

OBJETIVO: Verificar a produção científica sobre eliminações urinárias divulgada em periódicos de enfermagem brasileiros. MÉTODOS: Estudo realizado por meio de revisão integrativa da literatura, contemplando as bases de dados MEDLINE, LILACS e Web of Science, utilizando 30 descritores para busca de artigos publicados entre 1999 a 2009; assim, foram selecionados 18 artigos, disponíveis na integra, produzidos por enfermeiros. Os manuscritos foram analisados tendo por base um instrumento de coleta de dados discriminando-se nome do periódico, ano de publicação, tipo do estudo, assunto abordado e nível de evidências. RESULTADOS: Os 18 estudos foram classificados com nível de evidência IV e a incontinência urinária foi o tema mais freqüente nos artigos analisados. CONCLUSÃO: Embora as alterações nas eliminações urinárias integrem a prática clínica do enfermeiro, nos artigos selecionados, o tema foi limitado a um âmbito restrito de assuntos, com baixo nível de delineamento, oriundos da produção de reduzido número de autores, indicando a importância de maior investimento em pesquisas nessa área

Fenômenos fisiológicos do sistema urinário; Literatura de revisão; Publicações científicas e técnicas


OBJETIVO: Verificar la producción científica sobre eliminaciones urinarias difundidas en periódicos de enfermería brasileños. MÉTODOS: Estudio realizado por medio de revisión integrativa de la literatura, contemplando las bases de datos MEDLINE, LILACS y Web of Science, utilizando 30 descriptores para búsqueda de artículos publicados entre 1999 al 2009; así, fueron seleccionados 18 artículos, disponibles íntegramente, producidos por enfermeros. Los manuscritos fueron analizados teniendo como base un instrumento de recolección de datos discriminándose el nombre del periódico, año de publicación, tipo del estudio, asunto abordado y nivel de evidencias. RESULTADOS: Los 18 estudios fueron clasificados con nivel de evidencia IV y la incontinencia urinaria fue el tema más frecuente en los artículos analizados. CONCLUSIÓN: A pesar que las alteraciones en las eliminaciones urinarias integren la práctica clínica del enfermero, en los artículos seleccionados, el tema fue limitado a un ámbito restringido de asuntos, con bajo nivel de delineamiento, procedentes de la producción de un reducido número de autores, indicando la importancia de una mayor inversión en investigaciones en esa área

Fenomenos fisiológicos del sistema urinário; Literatura de revisión; Publicaciones científicas y técnicas


OBJECTIVE: To assess the scientific literature on urinary elimination in nursing journals published in Brazil. METHODS: An integrative literature review was used to review the databases MEDLINE, LILACS and Web of Science. The authors used 30 descriptors to search for articles published between the years 1999 to 2009, resulting in a total of 18 articles that met criteria and which were published by nurses. The papers were analyzed using a data collection instrument to identify journal name, year of publication, type of study, subject matter, and level of evidence. RESULTS: Eighteen studies were classified as Level of Evidence IV; urinary incontinence was the most frequent theme in the articles analyzed. CONCLUSION: While the clinical practice of nurses was integrated into articles addressing changes in urinary elimination, we found that this topic was narrowly defined, studies used lower level research designs, and it was noted that few authors published on the topic. All of these findings indicate the importance of greater investment in nursing research in this area of nursing knowledge and practice

Urinary tract physiological phenomena; Review literature; Scientific and technical publications


ARTIGO DE REVISÃO

Produção científica sobre eliminações urinárias em periódicos de enfermagem brasileiros

Laís FumincelliI; Alessandra MazzoII; Amanda de Assunção Teodoro da SilvaIII; Barbara Juliana da Costa PereiraIII; Isabel Amélia Costa MendesII

ICurso de Enfermagem da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo - USP - Ribeirão Preto (SP), Brasil; bolsista de Iniciação Científica da FAPESP

IIDepartamento de Enfermagem Geral e Especializada da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo - USP - Ribeirão Preto (SP), Brasil

IIICurso de Licenciatura em Enfermagem da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo - USP - Ribeirão Preto (SP), Brasil; bolsista de Iniciação Científica da FAPESP

Autor Correspondente Autor Correspondente: Alessandra Mazzo Av. Bandeirantes, 3900 - Monte Alegre Ribeirão Preto - SP - Brasil CEP. 14040-902 E-mail: amazzo@eerp.usp.br

RESUMO

OBJETIVO: Verificar a produção científica sobre eliminações urinárias divulgada em periódicos de enfermagem brasileiros.

MÉTODOS: Estudo realizado por meio de revisão integrativa da literatura, contemplando as bases de dados MEDLINE, LILACS e Web of Science, utilizando 30 descritores para busca de artigos publicados entre 1999 a 2009; assim, foram selecionados 18 artigos, disponíveis na integra, produzidos por enfermeiros. Os manuscritos foram analisados tendo por base um instrumento de coleta de dados discriminando-se nome do periódico, ano de publicação, tipo do estudo, assunto abordado e nível de evidências.

RESULTADOS: Os 18 estudos foram classificados com nível de evidência IV e a incontinência urinária foi o tema mais freqüente nos artigos analisados.

CONCLUSÃO: Embora as alterações nas eliminações urinárias integrem a prática clínica do enfermeiro, nos artigos selecionados, o tema foi limitado a um âmbito restrito de assuntos, com baixo nível de delineamento, oriundos da produção de reduzido número de autores, indicando a importância de maior investimento em pesquisas nessa área.

Descritores: Fenômenos fisiológicos do sistema urinário; Literatura de revisão; Publicações científicas e técnicas

INTRODUÇÃO

A eliminação urinária é uma das mais importantes funções do organismo, sendo dependente das funções dos rins, ureteres, bexiga e uretra. Os indivíduos podem apresentar fatores de risco para alterações nas eliminações urinárias, tais como idade avançada, morbidade, hospitalização, gravidez, necessidade de cateterização, imunocomprometimento e modificações nas características do autocuidado. As anormalidades que ocorrem no sistema urinário, podem provocar diversos distúrbios, dentre os quais, modificações no ato da micção(1-4).

A enfermagem desempenha um importante papel na assistência prestada aos pacientes nas eliminações urinárias, nos aspectos de promoção, prevenção e intervenção nos problemas de saúde. Na implementação do cuidado, o enfermeiro desenvolve ações que vão da promoção à saúde aos cuidados agudos nas alterações das eliminações urinárias.

Quando as ações são focadas na promoção da saúde, o enfermeiro promove a educação do paciente, familiar e/ou cuidador, salientando a necessidade do consumo adequado de líquidos, encorajando uma rotina urinária pessoal, destacando a necessidade do autocuidado e higiene íntima, ensinando aos pacientes os principais sintomas das infecções do trato urinário (ITUs), indicando os fatores que devem levá-lo à procura de assistência clínica. Em ambiente hospitalar, o enfermeiro necessita promover a micção em um local privativo, permitir tempo adequado e fornecer estímulos sensoriais para o relaxamento esfincteriano e a capacidade de urinar. Aos clientes que apresentam a função urinária alterada, medidas interventivas e de impacto podem fazer-se necessárias, como a cateterização vesical e a coleta de exames(1,5-7).

Em todo o processo de coleta de exames de pacientes com alterações nas eliminações urinárias, é importante que o enfermeiro permaneça em contato com o mesmo, auxiliando-o no preparo prévio dos procedimentos, assistindo-o durante os exames e ministrando os cuidados pós-procedimentos necessários. Cabe ainda ao enfermeiro esclarecer dúvidas e trabalhar os anseios dos pacientes e familiares ou acompanhantes(1-8).

A relevância da vivência desse tema na prática clínica, aliada à sua frequência e ao baixo índice de pesquisas e grupos de estudos de enfermeiros no Brasil, voltados à assistência de enfermagem em eliminações urinárias vêm mostrando que as ações da enfermagem nessa temática são negligenciadas. Ao cuidar dos pacientes que apresentam alterações nas eliminações urinárias, os enfermeiros não integram teoria e prática, são tecnicistas, podendo ocasionar danos aos pacientes e profissionais(9).

A assistência de enfermagem nas eliminações urinárias deve alicerçar-se no conhecimento teórico, prático e científico, que precisam estar presentes na prática diária do cuidado ao paciente. As pesquisas de enfermagem no tema devem ser efetivas, divulgadas e envolver as mais diversas vertentes do cuidar. Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi verificar a produção científica sobre eliminações urinárias divulgadas em periódicos de enfermagem brasileiros.

MÉTODOS

Trata-se de estudo descritivo e exploratório, realizado por meio de revisão integrativa da literatura que é utilizada para profundo entendimento de um fenômeno com base em estudos anteriores o que possibilita a reunião de dados de diferentes tipos de delineamento de pesquisas e amplia as conclusões(10).

Para que o método contribua efetivamente para as intervenções aos pacientes, é necessário que haja o seguimento rigoroso das etapas aqui enumeradas: identificação do problema e da questão de pesquisa; estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão dos estudos; definição das informações a serem extraídas dos estudos selecionados; avaliação dos estudos selecionados; interpretação; e síntese dos resultados encontrados(10).

As bases de dados utilizadas para a busca foram a Medical Literature Analysis and Retrieval System On Line (MEDLINE), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Web of Science.

A questão norteadora elaborada para a seleção dos artigos do estudo foi: qual o conhecimento científico produzido sobre eliminação urinária nos periódicos de enfermagem brasileiros? Para a realização da busca foram definidos, segundo o catálogo da Bireme, 30 unitermos relacionados à fisiologia do sistema urinário, alterações urinárias e enfermagem. Os critérios de inclusão estabelecidos foram: publicações divulgadas no período de 1999 a 2009, em periódicos nacionais de enfermagem, de autoria de enfermeiros, que respondessem à pergunta da pesquisa.

Foram encontrados 1.286 artigos, sendo 786 na LILACS, 196 no MEDLINE e 304 na Web of Science. Após a leitura exaustiva dos títulos e resumos, 30 estudos responderam aos critérios de inclusão estabelecidos, destes selecionados 12 foram excluídos por estarem citados em mais de uma base de dados. Portanto, a amostra do estudo compô-se de 18 pesquisas. Os 18 artigos selecionados foram lidos na íntegra e analisados, de acordo com o instrumento de coleta de dados proposto por autores, em 2006, que contempla dados relacionados à identificação de autoria, ano e periódico de publicação, metodologia utilizada, assunto estudado, principais resultados e conclusões(11).

A análise da classificação das evidências do artigo foi fundamentada na proposta de autores, que classificam em seis níveis de evidência, sendo: Nível I, estudos relacionados à metanálise de múltiplos estudos controlados; Nível II estudos experimentais individuais; Nível III, estudos quase-experimentais, como ensaio clínico não randomizado, grupo experimentais, como ensaio clínico não randomizado, grupo único pré e pós-teste além de séries temporais ou casocontrole; Nível IV, estudos não experimentais, como pesquisa descritiva, correlacional e comparativa, com abordagem qualitativa e estudos de caso; Nível V, dados de avaliação de programas obtidos de forma sistemática e Nível VI, opiniões de especialistas, relatos de experiência, consensos, regulamentos e legislações(12).

O detalhamento metodológico foi fundamentado em Autores(13) e a apresentação dos resultados foi realizada de maneira descritiva.

RESULTADOS

Para a seleção dos 18 artigos estudados, foram utilizados 30 descritores. Embora todas as pesquisas tenham sido realizadas por enfermeiros, somente seis (33,3%) utilizaram o descritor enfermagem, o que dificulta a busca e a visibilidade das pesquisas realizadas na área. Com relação ao nível de evidência, as 18 pesquisas estudadas apresentam nível de evidência IV, caracterizando-se como estudos não experimentais, como pesquisa descritiva, correlacional e comparativa, com abordagem qualitativa e estudos de caso. Os assuntos estudados segundo ano e periódico de publicação, encontram-se no Quadro 1.


DISCUSSÃO

A alteração na eliminação urinária que apresentou maior frequência entre as pesquisas estudadas foi a incontinência urinária (IU), que pode ser definida como qualquer perda involuntária da urina. Entre os fatores associados à IU, estão a gravidez, o envelhecimento, o parto, a queda dos níveis de estrógeno na menopausa, o tratamento do câncer de próstata, incapacidades físicas e mentais e algumas doenças, como acidente vascular cerebral e doença de Parkinson. Possui prevalência imprecisa e grande incidência em idosos(14-15).

Nos artigos estudados, observa-se que existe uma grande incidência de IU entre o sexo feminino, em todos os níveis sócioeconômico-culturais, independente do tipo de formação e atuação profissional. Dentre os principais determinantes apontados para a IU na mulher, estão a alteração de peso, hipertensão arterial, constipação intestinal e idade. A IU mista e a IU de urgência são as que mais afetam a vida das mulheres(15-16).

A IU provoca restrições de atividades: sexuais, sociais, domésticas, ocupacionais, com constrangimentos e desconfortos que podem ser perpetuados, com a desvalorização dos sinais e sintomas, além da falta de informação sobre o tratamento e medidas preventivas. O fato pode acarretar sentimentos de tristeza, depressão, isolamento social e gerar estratégias de convívio pessoal, com naturalização das perdas urinárias. A IU provoca impacto na qualidade de vida e aumenta a distância entre pacientes e profissionais da área da saúde, podendo agravar-se com o desenvolvimento de infecção do trato urinário (ITU) e disúria. Seu tratamento é cirúrgico ou clínico(14,17-23).

Nos artigos analisados, observa-se que o enfermeiro tem atuado no cuidado ao paciente com IU, com a equipe multiprofissional na busca de informações clínicas, orientando quanto a tratamentos e oferta de serviços, promovendo ações educativas e realizando consultas de enfermagem na procura de uma melhor qualidade de vida(1,24-26). Os cuidados de enfermagem na recuperação das funções de micção são essenciais para o restabelecimento físico e da autoestima, são indicados o fortalecimento dos músculos pélvicos, com ênfase aos que apresentam dificuldades para iniciar ou interromper o jato urinário; o retreinamento da bexiga por meio da repetição, o estabelecimento de rotinas quanto aos horários de micção, reforço positivo aos pacientes nas ações desempenhadas e a autocateterização, para os que têm distúrbios crônicos ou com lesão medular(1,24-26).

A IU foi o tema de maior frequência encontrado nas publicações nacionais. A descrição de seu significado no cotidiano do paciente e as possibilidades de intervenções de enfermagem em seu acompanhamento e tratamento indicam a importância do trabalho da enfermagem e do enfermeiro nesse assunto. No entanto, o conteúdo dos artigos estudados, assim como a prática vivenciada na experiência clínica e de ensino demonstram que essas ações não foram ainda incorporadas por profissionais de enfermagem no Brasil. Embora, preparado em sua formação para o cuidar, o enfermeiro ao compor a equipe de saúde, delega parte dessa responsabilidade a outros profissionais.

A Retenção Urinária (RU) é o acúmulo de urina na bexiga e se dá pela incapacidade da bexiga se esvaziar. O paciente pode acumular até 3.000 ml de urina, pela perda do tônus vesical secundário ou estiramento excessivo das fibras do músculo detrusor, de acordo com o a complexidade do caso. A RU possui maior incidência no sexo masculino, entre idosos, podendo ainda ocorrer em pacientes que fazem uso de analgesia, com destaque para os pacientes cirúrgicos ortopédicos, que possuam algum comprometimento neurológico e no pós-parto vaginal. O agravamento da RU pode levar à perda do tônus vesical, às ITUs e à formação de cálculos renais por estase urinária e hidronefrose. A assistência de enfermagem na RU utiliza métodos não invasivos, como compressas mornas na região supra-púbica, promoção de privacidade ao paciente e oferecimento do barulho de água corrente, para que ocorra a micção espontânea. Em alguns casos, o cateterismo intermitente asséptico se faz necessário, o que incorre na importância da necessidade da avaliação clínica do enfermeiro(1,3, 27-28).

As ITUs vêm sendo abordadas como um dos principais fatores de preocupação entre os profissionais da saúde, representando cerca de 40% das infecções hospitalares, onerando economicamente os serviços, provocando sequelas, complicações e danos imensuráveis ao paciente. A maior parte dos casos de ITUs está relacionada com a cateterização vesical e cerca de 10% dos pacientes hospitalizados são expostos a esse procedimento. Relacionam-se a problemas intrínsecos como comorbidades e extrínsecos, como tempo de permanência e manuseio do cateter pela equipe de enfermagem. Necessitam de vigilância constante e estão relacionadas ao agravamento das condições dos pacientes nas Unidades de Terapia Intensiva. Assim é de extrema importância que o enfermeiro assuma esse cuidado em todas as suas vertentes, destacando questões relacionadas ao conhecimento de sua epidemiologia e controle de protocolos de enfermagem da instituição no assunto, questões relacionadas ao autocateterismo, entre outras.

A escassa quantidade de publicações em assistência de enfermagem em RU evidencia a importância da revisão e qualificação da equipe de enfermagem na inserção do cateterismo vesical e a necessidade de produção de pesquisas relacionadas às intervenções não invasivas. Compete ao enfermeiro a avaliação do paciente e o raciocínio clínico, que levem a ações efetivas da enfermagem e proporcionem ao paciente seu bem-estar, a qualidade do cuidado recebido e sua recuperação clínica(29-30). É imprescindível que o enfermeiro assuma e responda pelo cuidado de enfermagem nas eliminações urinárias em toda a sua amplitude, promovendo nesse sentido uma assistência segura. Para tanto, emerge a necessidade de qualificação profissional no assunto(31), tanto do enfermeiro como da equipe de enfermagem.

CONCLUSÃO

A assistência de enfermagem nas eliminações urinárias é rotineira na prática clínica do enfermeiro. No entanto, dentre as bases bibliográficas pesquisadas, os artigos estudados refletem o investimento da pesquisa em enfermagem no Brasil sobre os problemas relacionados às eliminações urinárias que são restritos a um pequeno contingente de assuntos. Além disso, apresentam, baixo nível de delineamento e são oriundos do investimento de um pequeno número de autores.

Os trabalhos analisados não dão ênfase à promoção da saúde, à prevenção de sintomas, assim como à assistência de enfermagem aos exames clínicos, tão presentes no cotidiano da população e dos serviços. Ao serem negligenciados acarretam ônus, retardam diagnósticos e causam transtornos à vida diária, afetando a segurança do paciente.

É iminente a necessidade de maior investimento e visibilidade das pesquisas em eliminações urinárias por parte dos enfermeiros na enfermagem nacional. O tema possibilita uma amplitude de intervenções de enfermagem, nos mais diferentes aspectos e complexidades da assistência, cabendo aos enfermeiros o compromisso de utilizar o método científico na sua prática clínica, dedicar-se à assistência nas eliminações urinárias e divulgar os resultados de pesquisas, incluindo o descritor enfermagem. Assim, os enfermeiros poderão qualificar a assistência de enfermagem aos pacientes nas eliminações urinárias e os consumidores de pesquisa terão acesso às publicações com maior facilidade nos processos de busca.

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Artigo recebido em 10/03/2010 e aprovado em 19/09/2010

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  • Autor Correspondente:

    Alessandra Mazzo
    Av. Bandeirantes, 3900 - Monte Alegre
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    E-mail:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      15 Mar 2011
    • Data do Fascículo
      2011

    Histórico

    • Aceito
      19 Set 2010
    • Recebido
      10 Mar 2010
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