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Transição alimentar de prematuros internados na Unidade Canguru: revisão sistemática

Transición alimentaria de prematuros internados en la Unidad Canguro: revisión sistemática

Resumo

Objetivo

Analisar as evidências disponíveis sobre a transição alimentar de sonda orogástrica para aleitamento materno diretamente na mama com prematuros internados em unidades hospitalares.

Métodos

Revisão sistemática da literatura com busca nas bases de dados PubMed/MEDLINE, Web of Science, EMBASE, Scopus, Cochrane CENTRAL, CINAHL, com os critérios de inclusão: estudos experimentais, sem restrição temporal e nos idiomas português, espanhol e inglês. A avaliação metodológica foi realizada por meio das ferramentas Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation (GRADE) e Revised Cochrane risk-of-bias tool for randomized trials (RoB 2.0) e consistiu em duas etapas: qualidade metodológica e o risco de viés dos estudos.

Resultados

Foram identificados 10 artigos, todos ensaios clínicos randomizados. As técnicas utilizadas na transição da dieta dos prematuros encontradas foram: sonda-dedo e seringa, copo e sonda-dedo, copo e mamadeira, colher e sucção não-nutritiva, sucção não-nutritiva, sucção não-nutritiva e estimulação oral, comportamento dos prematuros, cheiro do leite materno.

Conclusão

As técnicas evidenciadas permitiram a transição da dieta, em um período mais curto, reduzindo o tempo de internação, aumentando o ganho de peso e se mostraram seguras, desde que o prematuro tenha maturidade para ser realizada. Contudo, a mamadeira foi desaconselhada, pela ocorrência de episódios de dessaturação, aumento da frequência cardíaca e confusão de bico.

Aleitamento materno; Métodos de alimentação; Recém-nascido prematuro; Método canguru

Resumen

Objetivo

Analizar las evidencias disponibles sobre la transición alimentaria de sonda orogástrica a lactancia materna directamente de la mama con prematuros internados en unidades hospitalarias.

Métodos

Revisión sistemática de la literatura con búsqueda en las bases de datos PubMed/MEDLINE, Web of Science, EMBASE, Scopus, Cochrane CENTRAL, CINAHL, con los siguientes criterios de inclusión: estudios experimentales, sin restricción temporal y en idioma portugués, español e inglés. La evaluación metodológica se realizó por medio de las herramientas Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation (GRADE) y Revised Cochrane risk-of-bias tool for randomized trials (RoB 2.0) y consistió en dos etapas: calidad metodológica y riesgo de sesgo de los estudios.

Resultados

Se identificaron 10 artículos, todos ensayos clínicos aleatorizados. Las técnicas utilizadas para la transición de la dieta de prematuros fueron: dedo-jeringa y jeringa, vaso y dedo-jeringa, vaso y mamadera, cuchara y succión no nutritiva, succión no nutritiva, succión no nutritiva y estimulación oral, comportamiento de los prematuros, olor de la leche materna.

Conclusión

Las técnicas observadas permitieron realizar la transición de la dieta en un período más corto, con reducción del tiempo de internación y mejor aumento de peso y demostraron ser seguras, siempre que el prematuro tenga madurez para realizarlas. No obstante, se desaconseja la mamadera por la presencia de episodios de desaturación, aumento de la frecuencia cardíaca y confusión tetina-pezón. Número de registro da revisão sistemática: CRD42021240725 (https://www.crd.york.ac.uk/prospero/display_record.php?RecordID=240725)

Lactancia materna; Métodos de alimentación; Recien nacido prematuro; Método madre-canguro

Abstract

Objective

To analyze the available evidence on the transition from orogastric tube feeding to breastfeeding directly from the breast with premature infants admitted to hospital units.

Methods

Systematic literature review with search in the following databases: PubMed/MEDLINE, Web of Science, EMBASE, Scopus, Cochrane CENTRAL, CINAHL, with the inclusion criteria: experimental studies, without temporal restrictions and in Portuguese, Spanish and English. The methodological assessment was carried out using the Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation (GRADE) and Revised Cochrane risk-of-bias tool for randomized trials (RoB 2.0) tools and consisted of two stages: methodological quality and the risk of bias of the studies.

Results

10 papers were identified, all randomized clinical trials. The techniques used in transitioning the premature babies’ diet were: finger tube and syringe, cup and finger tube, cup and bottle, spoon and non-nutritive sucking, non-nutritive sucking, non-nutritive sucking and oral stimulation, behavior of premature babies, and smell of breast milk.

Conclusion

The demonstrated techniques allowed the transition of the diet in a shorter period, reducing the length of hospital stay, increasing weight gain 1and proved to be safe, as long as the premature baby is mature enough to undergo the procedure. However, bottle feeding was not recommended due to the occurrence of episodes of desaturation, increased heart rate and nipple confusion. Systematic review registration number: CRD42021240725 (https://www.crd.york.ac.uk/prospero/display_record.php?RecordID=240725)

Breast feeding; Feeding methods; Infant, premature; Kangaroo-mother care method

Introdução

Em recém-nascidos prematuros, o leite humano previne doenças relacionadas aos radicais livres, dentre as quais estão a enterocolite necrosante, retinopatia da prematuridade e displasia broncopulmonar. Possuindo efeitos positivos sobre o cérebro, beneficiando o desenvolvimento visual e cognitivo do recém-nascido prematuro (RNPT).(11. Fallahi M, Shafiei SM, Taleghani NT, Shariati MK, Noripour S, Pajouhandeh F, et al. Administration of breast milk cell fractions to neonates with birthweight equal to or less than 1800 g: a randomized controlled trial. Int Breastfeed J. 2021;16(1):63.,22. Pontes SR, Gomes ALM, Machado MED, Gomes SF, Rodrigues EC, Christoffel MM. Direitos protetivos à prática do aleitamento materno de mães de recém-nascidos prematuros: estudo transversal. Rev Enferm UERJ. 2021;29:e61446.)

O aleitamento materno (AM) é considerado padrão-ouro para nutrição infantil. Apresenta benefícios comprovados, como reduzir taxas de morbimortalidade infantil, melhorar o sistema imunológico, proporcionar calorias na quantidade ideal e compatível com as necessidades nutricionais neonatais.(11. Fallahi M, Shafiei SM, Taleghani NT, Shariati MK, Noripour S, Pajouhandeh F, et al. Administration of breast milk cell fractions to neonates with birthweight equal to or less than 1800 g: a randomized controlled trial. Int Breastfeed J. 2021;16(1):63.)

A alimentação do prematuro de baixo peso é vista como um processo complexo, que envolve aspectos físicos, neurológicos, cognitivos e emocionais. Esse processo, quando não realizado adequadamente, traz complicações nutricionais que interferem na sobrevida do bebê, na vida adulta, interação social e formação do apego.(33. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Atenção humanizada ao recém-nascido: Método Canguru: manual técnico. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2017. [citado 2022 mar 10];340 p. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_humanizada_metodo_canguru_manual_3ed.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicaco...
)

Nesse contexto, a estratégia do Método Canguru ou Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru (UCINCa) é um modelo de assistência qualificada, humanizada, com estratégias de inclusão da família do RNPT em seus cuidados. Além disso, promove o AM e o contato pele-a-pele, através da posição canguru, favorecendo o vínculo afetivo quebrado com o nascimento prematuro e internação.(33. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Atenção humanizada ao recém-nascido: Método Canguru: manual técnico. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2017. [citado 2022 mar 10];340 p. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_humanizada_metodo_canguru_manual_3ed.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicaco...
)

Os profissionais de saúde viabilizam estratégias/técnicas que possibilitam o crescimento e o desenvolvimento desse grupo populacional,(44. Walty CM, Duarte ED. O aleitamento materno de recém-nascidos prematuros após a alta hospitalar. Rev Enferm Centro-Oeste Mineiro. 2017;7:e1689.) principalmente com relação às formas de iniciar a alimentação.

Inicialmente, a alimentação é feita por via intravenosa (nutrição parenteral total) ou através de sonda orogástrica até a estabilidade clínica e maturidade gastrointestinal e que haja coordenação entre sucção, deglutição e respiração. Um dos grandes desafios para o prematuro é essa transição da alimentação da via gástrica para a oral, pois exige maturidade que não possui devido ao parto antecipado.(55. Pessoa-Santana MC, Silveira BL, Santos IC, Mascarenhas ML, Dias EG. Métodos Alternativos de Alimentação do Recém-Nascido Prematuro: Considerações e Relato de Experiência. Rev Bras Ciênc Saúde. 2016;20(2):157–62.)

Não existe consenso entre os profissionais quanto aos critérios para início da transição alimentar. Esta decisão é baseada na avaliação do peso, na idade gestacional corrigida, estabilidade clínica, habilidade de sucção e em critérios comportamentais como reflexos orais e estado de alerta. Cabe lembrar que prematuros clinicamente estáveis, quando estimulados através da sucção não-nutritiva (SNN), conseguem coordenar a sucção, a deglutição e a respiração antes da 34ª semana de idade corrigida.(11. Fallahi M, Shafiei SM, Taleghani NT, Shariati MK, Noripour S, Pajouhandeh F, et al. Administration of breast milk cell fractions to neonates with birthweight equal to or less than 1800 g: a randomized controlled trial. Int Breastfeed J. 2021;16(1):63.,55. Pessoa-Santana MC, Silveira BL, Santos IC, Mascarenhas ML, Dias EG. Métodos Alternativos de Alimentação do Recém-Nascido Prematuro: Considerações e Relato de Experiência. Rev Bras Ciênc Saúde. 2016;20(2):157–62.)

Existem técnicas realizadas diretamente na mama que favorecem a transição alimentar, como relactação e translactação. Já as técnicas como copo, colher e sonda-dedo são descritas como seguras e favorecem a transição da alimentação até que seja possível a sucção diretamente na mama.(55. Pessoa-Santana MC, Silveira BL, Santos IC, Mascarenhas ML, Dias EG. Métodos Alternativos de Alimentação do Recém-Nascido Prematuro: Considerações e Relato de Experiência. Rev Bras Ciênc Saúde. 2016;20(2):157–62.)

Considerando a inexistência de padronização entre os profissionais nas unidades hospitalares acerca das formas de avaliar e iniciar a transição dietética do prematuro, torna-se oportuno analisar na literatura como as pesquisas mencionam essas etapas e quais as técnicas que permitem o início, manutenção e continuação do AM, tendo em vista os altos índices de desmame precoce entre bebês prematuros.

Dessa forma, objetivou-se analisar as evidências disponíveis sobre a transição alimentar de sonda orogástrica para aleitamento materno diretamente na mama com prematuros internados em unidades hospitalares.

Métodos

Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, seguindo recomendações do manual Cochrane de Revisão Sistemática de Intervenções.(66. Higgins J, Green S, editors. Cochrane handbook for systematic reviews of interventions version 5.1.0 Chichester. John Wiley & Sons; 2011.) A coleta foi iniciada após construção, registro e publicação do protocolo na PROSPERO.

A questão de pesquisa partiu do acrônimo PICOS (P – population/problem; I – intervention; C – comparison; O – outcomes; S – study design).(66. Higgins J, Green S, editors. Cochrane handbook for systematic reviews of interventions version 5.1.0 Chichester. John Wiley & Sons; 2011.,77. Huang X, Lin J, Demner-Fushman D. Evaluation of PICO as a knowledge representation for clinical questions. AMIA Annu Symp Proc. 2006;2006:359–63.) Considerando a Population/problem – prematuro internado nas Unidades Hospitalares; Intervention – técnicas que permitem a transição da dieta da gavagem (sonda-dedo, colher, copo, translactação relactação); Comparison – dois grupos: controle e intervenção; Outcomes – prematuros que estavam em dieta por sonda orogástrica e passaram para amamentação após as técnicas e Study design – Ensaios Clínicos Randomizados Controlados, Não Randomizados e Quase experimentais (ensaio clínico não randomizado). Logo, a questão de busca ficou: para prematuros internados nas Unidade Hospitalares, quais os efeitos das técnicas que permitem a transição da sonda orogástrica para o aleitamento diretamente na mama?

Foram obedecidos os critérios de inclusão: estudos experimentais, sem restrição temporal e nos idiomas português, espanhol e inglês. Os critérios de exclusão: estudos com pacientes com malformações, estudos que não detalharam as intervenções da dieta, não-ensaios clínicos randomizados, ensaios não controlados e estudos observacionais (ecológicos, coorte, caso-controle, relatos de casos, editoriais, comentários, revisões e pesquisa qualitativa).

A pesquisa foi realizada nas bases de dados via Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (CAPES): PubMed via MEDLINE, Web of Science, EMBASE, Scopus, Biblioteca COCHRANE, Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL-EBSCO).

Os descritores foram selecionados do Medical Subject Headings Section (MeSH), Descritores em Ciências da Saúde (DeCs), e adaptados para cada base de dados. Optou-se por somar o total de artigos obtidos em cada uma das equações 1, 2 e 3, para contemplar o maior número possível de achados, em cada base. Foram usados parênteses, colchetes, aspas, entre outros, conforme quadro 1.

Quadro 1
Expressão de busca na PubMed e demais bases pesquisadas

A busca nas bases de dados está ilustrada na figura 1, detalhando o processo de identificação, triagem, elegibilidade, inclusão e exclusão. Foram identificados 10 artigos, todos ensaios clínicos randomizados, que utilizaram técnicas para auxiliar a transição da dieta do prematuro em unidades hospitalares.

Figura 1
Fluxograma PRISMA de seleção de artigos da revisão sistemática

Os artigos foram agrupados usando o gerenciador de referências e de bibliografias EndNote Web® (Clarivate Analytics, PA, EUA), removendo duplicações e encaminhado, em seguida, para o software Rayyan (Qatar Computing Research Institute, Doha, Qatar). A busca nas bases de dados ocorreu entre abril e maio de 2021, sendo atualizada em fevereiro de 2022.

Nessa etapa, um formulário elaborado com orientações da Cochrane Collaboration(66. Higgins J, Green S, editors. Cochrane handbook for systematic reviews of interventions version 5.1.0 Chichester. John Wiley & Sons; 2011.) foi usado com as variáveis: identificação do estudo (autores, revista, título, ano), objetivos e método (randomização, cegamento, sequência de alocação, tamanho da amostra, critérios de inclusão e de exclusão, grupo intervenção e grupo controle comparador, análise de dados e desfechos). Foram acrescentadas outras informações: país, base, local de intervenção, justificativa, idade corrigida, peso, escala para avaliação da prontidão, técnica usada para transição da dieta e definição da técnica.

Para assegurar a qualidade da revisão sistemática, a busca foi feita em duas etapas: 1) dois revisores independentes examinaram títulos e resumos aplicando os critérios de seleção, 2) os mesmos revisores fizeram leitura na íntegra e reunião de consenso, elencando os artigos incluídos. Nos casos divergentes, um terceiro revisor foi convocado.

A qualidade metodológica foi avaliada usando o Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation (GRADE) para graduar a qualidade das evidências, a força de recomendações e o risco de viés através da Revised Cochrane risk-of-bias tool for randomized trials (RoB 2.0)(88. Guyatt G, Oxman AD, Akl EA, Kunz R, Vist G, Brozek J, et al. GRADE guidelines: 1. Introduction-GRADE evidence profiles and summary of findings tables. J Clin Epidemiol. 2011;64(4):383–94.

9. Sterne JA, Savović J, Page MJ, Elbers RG, Blencowe NS, Boutron I, et al. RoB 2: a revised tool for assessing risk of bias in randomised trials. BMJ. 2019;366:l4898.
-1010. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde. Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde. Diretrizes metodológicas: elaboração de revisão sistemática e meta-análise de ensaios clínicos randomizados Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2021. 93p. [citado 2022 mar 10]. Disponível em: https://rebrats.saude.gov.br/phocadownload/diretrizes/20210622_Diretriz_Revisao_Sistematica_2021.pdf
https://rebrats.saude.gov.br/phocadownlo...
) com as pontuações: 1) viés de seleção: geração da sequência de randomização e ocultação da alocação, 2) viés de desempenho: avaliação do cegamento dos participantes, pesquisadores envolvidos e avaliação dos resultados, 3) viés de atrito: avaliação de diferenças sistemáticas dos participantes envolvidos nos estudos entre os grupos comparados, 4) viés de relato: avaliação das diferenças sistemáticas entre descobertas relatadas e não relatadas, 5) outras fontes de viés: avaliação da amostra, cálculos de tamanho e de potência do teste usados nos resultados relatados.

Os ensaios receberam o conceito “baixo risco de viés” e “baixo risco geral de viés” e outros ensaios “alto risco geral de viés”. Usando o GRADE online, foi possível determinar como “alta”, “moderada”, “baixa” ou “muito baixa” a força da recomendação para o cuidado em saúde.(88. Guyatt G, Oxman AD, Akl EA, Kunz R, Vist G, Brozek J, et al. GRADE guidelines: 1. Introduction-GRADE evidence profiles and summary of findings tables. J Clin Epidemiol. 2011;64(4):383–94.,1111. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Ciência e Tecnologia. Diretrizes metodológicas: Sistema GRADE – Manual de graduação da qualidade da evidência e força de recomendação para tomada de decisão em saúde Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2014. 72p. [citado 2022 mar 10]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/ct/PDF/diretriz_do_grade.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/ct/PDF/di...
)

A metanálise não foi realizada, pois os estudos analisados apresentaram diferenças metodológicas, tais como: local de internação do prematuro e/ou especialidades heterogêneas dos pesquisadores, idade corrigida dos bebês, intervenções e desfechos clínicos diferentes. Assim, esta revisão apresenta qualitativamente as evidências.

Resultados

Os achados serão apresentados de forma descritiva e apresentados em figuras e quadros. Os anos de publicação variaram desde 2001 a 2020, com 02 artigos publicados em 2014(1717. Yilmaz G, Caylan N, Karacan CD, Bodur İ, Gokcay G. Effect of cup feeding and bottle feeding on breastfeeding in late preterm infants: a randomized controlled study. J Hum Lact. 2014;30(2):174–9.,1818. Zhang Y, Lyu T, Hu X, Shi P, Cao Y, Latour JM. Effect of nonnutritive sucking and oral stimulation on feeding performance in preterm infants: a randomized controlled trial. Ped Crit Care Med. 2014; 15(7):608-14.) e em 2019,(1919. Unal S, Demirel N, Bas AY, Arifoğlu İ, Erol S, Ulubas Isik D. Impact of feeding interval on time to achieve full oral feeding in preterm infants: a randomized trial. Nutr Clin Pract. 2019;34(5):783–8.,2020. Nunes JA, Bianchini EM, Cunha MC. Oxygen saturation and heart rate in premature: comparison between cup and finger feeding techniques. CoDAS. 2019;31(6):e20180221.) e uma publicação em cada um dos anos: 2001,(1212. Marinelli KA, Burke GS, Dodd VL. A comparison of the safety of cupfeedings and bottlefeedings in premature infants whose mothers intend to breastfeed. J Perinatol. 2001;21(6):350–5.) 2002,(1313. Rocha NM, Martinez FE, Jorge SM. Cup or bottle for preterm infants: effects on oxygen saturation, weight gain, and breastfeeding. J Hum Lact. 2002;18(2):132–8.) 2008,(1414. Puckett B, Grover VK, Holt T, Sankaran K. Cue-based feeding for preterm infants: a prospective trial. Am J Perinatol. 2008;25(10):623–8.) 2010,(1515. Kumar A, Dabas P, Singh B. Spoon feeding results in early hospital discharge of low birth weight babies. J Perinatol. 2010;30(3):209–17.) 2011,(1616. Yildiz A, Arikan D, Gözüm S, Taştekın A, Budancamanak I. The effect of the odor of breast milk on the time needed for transition from gavage to total oral feeding in preterm infants. J Nurs Scholarsh. 2011;43(3):265–73.) 2020.(2121. Buldur E, Yalcin Baltaci N, Terek D, Yalaz M, Altun Koroglu O, Akisu M, et al. Comparison of the finger feeding method versus syringe feeding method in supporting sucking skills of preterm babies. Breastfeed Med. 2020;15(11):703–8.) Foram desenvolvidos nos seguintes países: 04 na Turquia,(1616. Yildiz A, Arikan D, Gözüm S, Taştekın A, Budancamanak I. The effect of the odor of breast milk on the time needed for transition from gavage to total oral feeding in preterm infants. J Nurs Scholarsh. 2011;43(3):265–73.,1717. Yilmaz G, Caylan N, Karacan CD, Bodur İ, Gokcay G. Effect of cup feeding and bottle feeding on breastfeeding in late preterm infants: a randomized controlled study. J Hum Lact. 2014;30(2):174–9.,1919. Unal S, Demirel N, Bas AY, Arifoğlu İ, Erol S, Ulubas Isik D. Impact of feeding interval on time to achieve full oral feeding in preterm infants: a randomized trial. Nutr Clin Pract. 2019;34(5):783–8.,2121. Buldur E, Yalcin Baltaci N, Terek D, Yalaz M, Altun Koroglu O, Akisu M, et al. Comparison of the finger feeding method versus syringe feeding method in supporting sucking skills of preterm babies. Breastfeed Med. 2020;15(11):703–8.) 02 Brasil,(1414. Puckett B, Grover VK, Holt T, Sankaran K. Cue-based feeding for preterm infants: a prospective trial. Am J Perinatol. 2008;25(10):623–8.,2020. Nunes JA, Bianchini EM, Cunha MC. Oxygen saturation and heart rate in premature: comparison between cup and finger feeding techniques. CoDAS. 2019;31(6):e20180221.) 01 no Canadá,(1414. Puckett B, Grover VK, Holt T, Sankaran K. Cue-based feeding for preterm infants: a prospective trial. Am J Perinatol. 2008;25(10):623–8.) 01 na China,(1818. Zhang Y, Lyu T, Hu X, Shi P, Cao Y, Latour JM. Effect of nonnutritive sucking and oral stimulation on feeding performance in preterm infants: a randomized controlled trial. Ped Crit Care Med. 2014; 15(7):608-14.) 01 nos Estados Unidos da América (EUA),(1212. Marinelli KA, Burke GS, Dodd VL. A comparison of the safety of cupfeedings and bottlefeedings in premature infants whose mothers intend to breastfeed. J Perinatol. 2001;21(6):350–5.) 01 na Índia.(1515. Kumar A, Dabas P, Singh B. Spoon feeding results in early hospital discharge of low birth weight babies. J Perinatol. 2010;30(3):209–17.) Com relação à unidade de internação do prematuro, 09 eram na UTIN(1212. Marinelli KA, Burke GS, Dodd VL. A comparison of the safety of cupfeedings and bottlefeedings in premature infants whose mothers intend to breastfeed. J Perinatol. 2001;21(6):350–5.,1313. Rocha NM, Martinez FE, Jorge SM. Cup or bottle for preterm infants: effects on oxygen saturation, weight gain, and breastfeeding. J Hum Lact. 2002;18(2):132–8.,1414. Puckett B, Grover VK, Holt T, Sankaran K. Cue-based feeding for preterm infants: a prospective trial. Am J Perinatol. 2008;25(10):623–8.,1616. Yildiz A, Arikan D, Gözüm S, Taştekın A, Budancamanak I. The effect of the odor of breast milk on the time needed for transition from gavage to total oral feeding in preterm infants. J Nurs Scholarsh. 2011;43(3):265–73.,1717. Yilmaz G, Caylan N, Karacan CD, Bodur İ, Gokcay G. Effect of cup feeding and bottle feeding on breastfeeding in late preterm infants: a randomized controlled study. J Hum Lact. 2014;30(2):174–9.,1818. Zhang Y, Lyu T, Hu X, Shi P, Cao Y, Latour JM. Effect of nonnutritive sucking and oral stimulation on feeding performance in preterm infants: a randomized controlled trial. Ped Crit Care Med. 2014; 15(7):608-14.,1919. Unal S, Demirel N, Bas AY, Arifoğlu İ, Erol S, Ulubas Isik D. Impact of feeding interval on time to achieve full oral feeding in preterm infants: a randomized trial. Nutr Clin Pract. 2019;34(5):783–8.,2020. Nunes JA, Bianchini EM, Cunha MC. Oxygen saturation and heart rate in premature: comparison between cup and finger feeding techniques. CoDAS. 2019;31(6):e20180221.,2121. Buldur E, Yalcin Baltaci N, Terek D, Yalaz M, Altun Koroglu O, Akisu M, et al. Comparison of the finger feeding method versus syringe feeding method in supporting sucking skills of preterm babies. Breastfeed Med. 2020;15(11):703–8.)e 01 na unidade de cuidados intermediários.(1515. Kumar A, Dabas P, Singh B. Spoon feeding results in early hospital discharge of low birth weight babies. J Perinatol. 2010;30(3):209–17.) No quadro 2 estão resumidas as principais características descritivas dos estudos incluídos.

Quadro 2
Caracterização dos dez artigos incluídos segundo autores, país, objetivos, técnica usada e resultados

Dentre as técnicas utilizadas na transição da dieta dos prematuros estão: sonda-dedo e seringa,(2121. Buldur E, Yalcin Baltaci N, Terek D, Yalaz M, Altun Koroglu O, Akisu M, et al. Comparison of the finger feeding method versus syringe feeding method in supporting sucking skills of preterm babies. Breastfeed Med. 2020;15(11):703–8.) copo e sonda-dedo,(2020. Nunes JA, Bianchini EM, Cunha MC. Oxygen saturation and heart rate in premature: comparison between cup and finger feeding techniques. CoDAS. 2019;31(6):e20180221.) copo e mamadeira,(1212. Marinelli KA, Burke GS, Dodd VL. A comparison of the safety of cupfeedings and bottlefeedings in premature infants whose mothers intend to breastfeed. J Perinatol. 2001;21(6):350–5.,1313. Rocha NM, Martinez FE, Jorge SM. Cup or bottle for preterm infants: effects on oxygen saturation, weight gain, and breastfeeding. J Hum Lact. 2002;18(2):132–8.,1717. Yilmaz G, Caylan N, Karacan CD, Bodur İ, Gokcay G. Effect of cup feeding and bottle feeding on breastfeeding in late preterm infants: a randomized controlled study. J Hum Lact. 2014;30(2):174–9.) colher e sucção não-nutritiva (SNN),(1515. Kumar A, Dabas P, Singh B. Spoon feeding results in early hospital discharge of low birth weight babies. J Perinatol. 2010;30(3):209–17.) SNN,(1919. Unal S, Demirel N, Bas AY, Arifoğlu İ, Erol S, Ulubas Isik D. Impact of feeding interval on time to achieve full oral feeding in preterm infants: a randomized trial. Nutr Clin Pract. 2019;34(5):783–8.) SNN e estimulação oral (EOS),(1818. Zhang Y, Lyu T, Hu X, Shi P, Cao Y, Latour JM. Effect of nonnutritive sucking and oral stimulation on feeding performance in preterm infants: a randomized controlled trial. Ped Crit Care Med. 2014; 15(7):608-14.) observação do comportamento dos prematuros(1414. Puckett B, Grover VK, Holt T, Sankaran K. Cue-based feeding for preterm infants: a prospective trial. Am J Perinatol. 2008;25(10):623–8.) e cheiro do leite materno.(1616. Yildiz A, Arikan D, Gözüm S, Taştekın A, Budancamanak I. The effect of the odor of breast milk on the time needed for transition from gavage to total oral feeding in preterm infants. J Nurs Scholarsh. 2011;43(3):265–73.) Como resultados, percebe-se o tempo de intervalo entre as mamadas (2h ou 3h)(1919. Unal S, Demirel N, Bas AY, Arifoğlu İ, Erol S, Ulubas Isik D. Impact of feeding interval on time to achieve full oral feeding in preterm infants: a randomized trial. Nutr Clin Pract. 2019;34(5):783–8.) necessário para alimentação e digestão sem complicações ao bebê, e a observação do comportamento dos prematuros na avaliação da aptidão para transicionar a dieta da sonda orogástrica para peito estímulo(1414. Puckett B, Grover VK, Holt T, Sankaran K. Cue-based feeding for preterm infants: a prospective trial. Am J Perinatol. 2008;25(10):623–8.). Um artigo mostrou que o tempo de transição alimentar, usando SNN, foi semelhante entre os grupos 3h e 2h de intervalo da dieta,(1919. Unal S, Demirel N, Bas AY, Arifoğlu İ, Erol S, Ulubas Isik D. Impact of feeding interval on time to achieve full oral feeding in preterm infants: a randomized trial. Nutr Clin Pract. 2019;34(5):783–8.) outro combinou a SNN com estimulação oral (EOS)(1818. Zhang Y, Lyu T, Hu X, Shi P, Cao Y, Latour JM. Effect of nonnutritive sucking and oral stimulation on feeding performance in preterm infants: a randomized controlled trial. Ped Crit Care Med. 2014; 15(7):608-14.) para auxiliar a transição alimentar. O uso da mamadeira esteve presente em três artigos,(1212. Marinelli KA, Burke GS, Dodd VL. A comparison of the safety of cupfeedings and bottlefeedings in premature infants whose mothers intend to breastfeed. J Perinatol. 2001;21(6):350–5.,1313. Rocha NM, Martinez FE, Jorge SM. Cup or bottle for preterm infants: effects on oxygen saturation, weight gain, and breastfeeding. J Hum Lact. 2002;18(2):132–8.,1717. Yilmaz G, Caylan N, Karacan CD, Bodur İ, Gokcay G. Effect of cup feeding and bottle feeding on breastfeeding in late preterm infants: a randomized controlled study. J Hum Lact. 2014;30(2):174–9.) essa técnica não trouxe benefícios ao prematuro quando comparada ao uso do copo, além de possibilitar a ocorrência de episódios de dessaturação durante a administração da dieta. Outra intervenção foi o cheiro do leite materno,(1616. Yildiz A, Arikan D, Gözüm S, Taştekın A, Budancamanak I. The effect of the odor of breast milk on the time needed for transition from gavage to total oral feeding in preterm infants. J Nurs Scholarsh. 2011;43(3):265–73.) realizada com gaze embebida em leite materno durante a gavagem, possibilitou alcançar a alimentação oral quatro dias antes do grupo controle, além de reduzir o tempo de internação. Importante destacar que todas as técnicas dos grupos intervenção (copo, EO, SNN, colher, sonda dedo e cheiro do leite) possibilitaram menor tempo de internação e adesão ao AM. O uso da observação do comportamento do prematuro permitiu nortear o profissional de saúde para a escolha e técnica de transição alimentar. Quanto à qualidade da evidência avaliada através do GRADE, 02 artigos receberam o conceito de alta qualidade;(1515. Kumar A, Dabas P, Singh B. Spoon feeding results in early hospital discharge of low birth weight babies. J Perinatol. 2010;30(3):209–17.,1818. Zhang Y, Lyu T, Hu X, Shi P, Cao Y, Latour JM. Effect of nonnutritive sucking and oral stimulation on feeding performance in preterm infants: a randomized controlled trial. Ped Crit Care Med. 2014; 15(7):608-14.) os demais, moderada qualidade da evidência por não falarem do cegamento,(1212. Marinelli KA, Burke GS, Dodd VL. A comparison of the safety of cupfeedings and bottlefeedings in premature infants whose mothers intend to breastfeed. J Perinatol. 2001;21(6):350–5.

13. Rocha NM, Martinez FE, Jorge SM. Cup or bottle for preterm infants: effects on oxygen saturation, weight gain, and breastfeeding. J Hum Lact. 2002;18(2):132–8.

14. Puckett B, Grover VK, Holt T, Sankaran K. Cue-based feeding for preterm infants: a prospective trial. Am J Perinatol. 2008;25(10):623–8.

15. Kumar A, Dabas P, Singh B. Spoon feeding results in early hospital discharge of low birth weight babies. J Perinatol. 2010;30(3):209–17.

16. Yildiz A, Arikan D, Gözüm S, Taştekın A, Budancamanak I. The effect of the odor of breast milk on the time needed for transition from gavage to total oral feeding in preterm infants. J Nurs Scholarsh. 2011;43(3):265–73.

17. Yilmaz G, Caylan N, Karacan CD, Bodur İ, Gokcay G. Effect of cup feeding and bottle feeding on breastfeeding in late preterm infants: a randomized controlled study. J Hum Lact. 2014;30(2):174–9.

18. Zhang Y, Lyu T, Hu X, Shi P, Cao Y, Latour JM. Effect of nonnutritive sucking and oral stimulation on feeding performance in preterm infants: a randomized controlled trial. Ped Crit Care Med. 2014; 15(7):608-14.

19. Unal S, Demirel N, Bas AY, Arifoğlu İ, Erol S, Ulubas Isik D. Impact of feeding interval on time to achieve full oral feeding in preterm infants: a randomized trial. Nutr Clin Pract. 2019;34(5):783–8.

20. Nunes JA, Bianchini EM, Cunha MC. Oxygen saturation and heart rate in premature: comparison between cup and finger feeding techniques. CoDAS. 2019;31(6):e20180221.
- 2121. Buldur E, Yalcin Baltaci N, Terek D, Yalaz M, Altun Koroglu O, Akisu M, et al. Comparison of the finger feeding method versus syringe feeding method in supporting sucking skills of preterm babies. Breastfeed Med. 2020;15(11):703–8.) e um artigo(1616. Yildiz A, Arikan D, Gözüm S, Taştekın A, Budancamanak I. The effect of the odor of breast milk on the time needed for transition from gavage to total oral feeding in preterm infants. J Nurs Scholarsh. 2011;43(3):265–73.) o investigador principal não foi cego, mas os demais sim. Em relação ao cegamento, um artigo(2121. Buldur E, Yalcin Baltaci N, Terek D, Yalaz M, Altun Koroglu O, Akisu M, et al. Comparison of the finger feeding method versus syringe feeding method in supporting sucking skills of preterm babies. Breastfeed Med. 2020;15(11):703–8.) recebeu alto risco de viés, pois no método mencionou-se estudo não cego, e no outro(1414. Puckett B, Grover VK, Holt T, Sankaran K. Cue-based feeding for preterm infants: a prospective trial. Am J Perinatol. 2008;25(10):623–8.)os investigadores não foram cegados. Oito estudos(1212. Marinelli KA, Burke GS, Dodd VL. A comparison of the safety of cupfeedings and bottlefeedings in premature infants whose mothers intend to breastfeed. J Perinatol. 2001;21(6):350–5.

13. Rocha NM, Martinez FE, Jorge SM. Cup or bottle for preterm infants: effects on oxygen saturation, weight gain, and breastfeeding. J Hum Lact. 2002;18(2):132–8.

14. Puckett B, Grover VK, Holt T, Sankaran K. Cue-based feeding for preterm infants: a prospective trial. Am J Perinatol. 2008;25(10):623–8.

15. Kumar A, Dabas P, Singh B. Spoon feeding results in early hospital discharge of low birth weight babies. J Perinatol. 2010;30(3):209–17.

16. Yildiz A, Arikan D, Gözüm S, Taştekın A, Budancamanak I. The effect of the odor of breast milk on the time needed for transition from gavage to total oral feeding in preterm infants. J Nurs Scholarsh. 2011;43(3):265–73.

17. Yilmaz G, Caylan N, Karacan CD, Bodur İ, Gokcay G. Effect of cup feeding and bottle feeding on breastfeeding in late preterm infants: a randomized controlled study. J Hum Lact. 2014;30(2):174–9.

18. Zhang Y, Lyu T, Hu X, Shi P, Cao Y, Latour JM. Effect of nonnutritive sucking and oral stimulation on feeding performance in preterm infants: a randomized controlled trial. Ped Crit Care Med. 2014; 15(7):608-14.

19. Unal S, Demirel N, Bas AY, Arifoğlu İ, Erol S, Ulubas Isik D. Impact of feeding interval on time to achieve full oral feeding in preterm infants: a randomized trial. Nutr Clin Pract. 2019;34(5):783–8.

20. Nunes JA, Bianchini EM, Cunha MC. Oxygen saturation and heart rate in premature: comparison between cup and finger feeding techniques. CoDAS. 2019;31(6):e20180221.
-2121. Buldur E, Yalcin Baltaci N, Terek D, Yalaz M, Altun Koroglu O, Akisu M, et al. Comparison of the finger feeding method versus syringe feeding method in supporting sucking skills of preterm babies. Breastfeed Med. 2020;15(11):703–8.) foram classificados com risco geral incerto, pois possuíam informações insuficientes para julgar se houve ou não comprometimento. Dois artigos(1515. Kumar A, Dabas P, Singh B. Spoon feeding results in early hospital discharge of low birth weight babies. J Perinatol. 2010;30(3):209–17.,1818. Zhang Y, Lyu T, Hu X, Shi P, Cao Y, Latour JM. Effect of nonnutritive sucking and oral stimulation on feeding performance in preterm infants: a randomized controlled trial. Ped Crit Care Med. 2014; 15(7):608-14.) receberam baixo risco de viés nos 6 domínios avaliados. Quatro artigos(1313. Rocha NM, Martinez FE, Jorge SM. Cup or bottle for preterm infants: effects on oxygen saturation, weight gain, and breastfeeding. J Hum Lact. 2002;18(2):132–8.,1616. Yildiz A, Arikan D, Gözüm S, Taştekın A, Budancamanak I. The effect of the odor of breast milk on the time needed for transition from gavage to total oral feeding in preterm infants. J Nurs Scholarsh. 2011;43(3):265–73.,1919. Unal S, Demirel N, Bas AY, Arifoğlu İ, Erol S, Ulubas Isik D. Impact of feeding interval on time to achieve full oral feeding in preterm infants: a randomized trial. Nutr Clin Pract. 2019;34(5):783–8.,2020. Nunes JA, Bianchini EM, Cunha MC. Oxygen saturation and heart rate in premature: comparison between cup and finger feeding techniques. CoDAS. 2019;31(6):e20180221.) tiveram problemas na alocação da amostra, geração da sequência aleatória e ocultação da alocação. A figura 2 ilustra o risco de viés dos artigos incluídos na pesquisa através do Rob 2(66. Higgins J, Green S, editors. Cochrane handbook for systematic reviews of interventions version 5.1.0 Chichester. John Wiley & Sons; 2011.) para ensaios clínicos randomizados.

Figura 2
Avaliação individual do risco de viés dos Ensaios Clínicos Controlados Randomizados de acordo com a RoB 2 (n=10)

Discussão

O período de transição alimentar da gavagem para peito estímulo é considerado um marco no desenvolvimento do bebê, devendo avaliar aspectos como: idade gestacional, ganho de peso, padrão motor oral com coordenação da sucção, deglutição e respiração e ritmo. A alimentação pode ser ofertada em livre demanda, complementada ou com complemento por meio de copo/colher/mamadeira.(2222. Medeiros AM, Ramos BK, Bomfim DL, Alvelos CL, Silva TC, Barreto ID, et al. Tempo de transição alimentar na técnica sonda-peito em recém-nascidos baixo peso do Método Canguru. CoDAS. 2018;30(2):e20170092.,2323. White-Traut R, Pham T, Rankin K, Norr K, Shapiro N, Yoder J. Exploring factors related to oral feeding progression in premature infants. Adv Neonatal Care. 2013; 13(4):288-94.)

A observação do comportamento do prematuro feita é um fator importante para iniciar a transição da dieta.(1414. Puckett B, Grover VK, Holt T, Sankaran K. Cue-based feeding for preterm infants: a prospective trial. Am J Perinatol. 2008;25(10):623–8.) Porém, deve-se avaliar a prontidão da mamada, presença de reflexos orais, características do sistema estomatognático, balanço calórico, reflexo de enraizamento na busca do peito materno para orientação e escolha da técnica de alimentação.(2222. Medeiros AM, Ramos BK, Bomfim DL, Alvelos CL, Silva TC, Barreto ID, et al. Tempo de transição alimentar na técnica sonda-peito em recém-nascidos baixo peso do Método Canguru. CoDAS. 2018;30(2):e20170092.)

Em contrapartida, outro ECR, que estudou as mudanças comportamentais do prematuro durante a alimentação por sonda nasogástrica, percebeu que “mão-a-boca, gestos de boca, busca de sucção e sugando” foram mais evidentes no grupo cujos pais administraram a dieta, mostrando a importância da interação familiar com o bebê.(2424. Angot F, Van Vooren V, Castex C, Glorieux I, Casper C. Behavioral changes in preterm children during nasogastric tube feeding. Comparative study of manual administration by parents versus mechanical administration via electric syringe pump. Early Hum Dev. 2020;149:105151.)

O uso do cheiro de leite permitiu a maturação do prematuro devido a ativação do comportamento de ingestão, como o enraizamento e SNN.(1616. Yildiz A, Arikan D, Gözüm S, Taştekın A, Budancamanak I. The effect of the odor of breast milk on the time needed for transition from gavage to total oral feeding in preterm infants. J Nurs Scholarsh. 2011;43(3):265–73.) Os prematuros conseguem diferenciar o cheiro do leite de sua mãe, graças a presença de sensibilidade olfativa, o uso dessa técnica de baixo custo favorece a experiência quimiossensorial, interrompida pelo parto prematuro.(1616. Yildiz A, Arikan D, Gözüm S, Taştekın A, Budancamanak I. The effect of the odor of breast milk on the time needed for transition from gavage to total oral feeding in preterm infants. J Nurs Scholarsh. 2011;43(3):265–73.)

Em relação à SNN através do “dedo enluvado”,(1818. Zhang Y, Lyu T, Hu X, Shi P, Cao Y, Latour JM. Effect of nonnutritive sucking and oral stimulation on feeding performance in preterm infants: a randomized controlled trial. Ped Crit Care Med. 2014; 15(7):608-14.,2020. Nunes JA, Bianchini EM, Cunha MC. Oxygen saturation and heart rate in premature: comparison between cup and finger feeding techniques. CoDAS. 2019;31(6):e20180221.) que faz parte de programas de estimulação oral em prematuros, deve ser avaliada pelos profissionais quanto a existência dos padrões de sucção, tonicidade e mobilidade muscular para, então, ser estimulada na mama esvaziada.(2222. Medeiros AM, Ramos BK, Bomfim DL, Alvelos CL, Silva TC, Barreto ID, et al. Tempo de transição alimentar na técnica sonda-peito em recém-nascidos baixo peso do Método Canguru. CoDAS. 2018;30(2):e20170092.)

Quando associam-se as técnicas SNN e estimulação oral ou perioral, os autores afirmam serem intervenções que facilitam e estimulam a habilidade motora oral, possuindo efeito positivo na transição da gavagem para alimentação oral completa, reduzindo o tempo de internação.(2525. John HB, Suraj C, Padankatti SM, Sebastian T, Rajapandian E. Nonnutritive sucking at the mother’s breast facilitates oral feeding skills in premature infants: a pilot study. Adv Neonatal Care. 2019;19(2):110–7.)

Outro ECR avaliou a intervenção da SNN diretamente na mama, três vezes ao dia por 5 minutos, comparando os cuidados de rotina (SNN por sonda-dedo durante a gavagem), observaram que o grupo intervenção apresentou transição mais rápida de SNN (P=0,05) e teve mais sucções durante a amamentação (P = 0,06). O início precoce da SNN na mama “esvaziada” foi considerada intervenção segura, facilitando o amadurecimento do comportamento, experiência sensorial e ganho de peso do prematuro, além de viabilizar a participação e autonomia materna.(2525. John HB, Suraj C, Padankatti SM, Sebastian T, Rajapandian E. Nonnutritive sucking at the mother’s breast facilitates oral feeding skills in premature infants: a pilot study. Adv Neonatal Care. 2019;19(2):110–7.)

O uso do copo(1717. Yilmaz G, Caylan N, Karacan CD, Bodur İ, Gokcay G. Effect of cup feeding and bottle feeding on breastfeeding in late preterm infants: a randomized controlled study. J Hum Lact. 2014;30(2):174–9.) na transição da dieta, por sua vez , reduz a “confusão de bicos” ocasionada pela mamadeira e a consequente perda de peso no prematuro.(2222. Medeiros AM, Ramos BK, Bomfim DL, Alvelos CL, Silva TC, Barreto ID, et al. Tempo de transição alimentar na técnica sonda-peito em recém-nascidos baixo peso do Método Canguru. CoDAS. 2018;30(2):e20170092.) Corroborando esse achado, uma revisão integrativa mostrou que padrões como FC, saturação de oxigênio, ganho de peso, taxas de amamentação e sua continuação aos 3 e 6 meses foram mais estáveis em comparação à mamadeira.(2626. Penny F, Judge M, Brownell E, McGrath JM. Cup Feeding as a Supplemental, Alternative feeding method for preterm breastfed infants: an integrative review. Matern Child Health J. 2018;22(11):1568–79.)

Para a colher, um ECR avaliou o efeito da estimulação oromotora em comparação aos cuidados de rotina na transição da gavagem.(1515. Kumar A, Dabas P, Singh B. Spoon feeding results in early hospital discharge of low birth weight babies. J Perinatol. 2010;30(3):209–17.) O tempo entre o término da alimentação com colher parcial/cheia e o início da amamentação foi significativamente menor no grupo intervenção, ocorreram menores episódios de dessaturação, aspiração, apneia, hipotermia, bradicardia e maior número de bebês receberam alta em AM.(2727. Bala P, Kaur R, Mukhopadhyay K, Kaur S. Oromotor stimulation for transition from gavage to full oral feeding in preterm neonates: A Randomized controlled trial. Indian Pediatr. 2016 Jan;53(1):36–8.)

A técnica sonda-dedo, por ser muito usada nos serviços neonatais, precisa de estudos para sua padronização e indicação. Uma pesquisa realizada comparando a sonda-dedo ao copo no início da transição alimentar em 53 prematuros de idade gestacional < 37 semanas observou que o grupo experimental perdeu menos leite ofertado, apresentou menos eventos adversos, mostrando-se uma opção para os profissionais.(2828. Moreira CM, Cavalcante-Silva RP, Fujinaga CI, Marson F. Comparison of the finger-feeding versus cup feeding methods in the transition from gastric to oral feeding in preterm infants. J Pediatr (Rio J). 2017;93(6):585–91.)

Complementando com achados, a seringa e sonda-dedo, no estudo quase-experimental que comparou a oferta de dieta em relação às quantidades oferecida e derramada, viram que sonda-dedo proporcionou menor perda de leite quando comparada à seringa de 20mL.(2929. Araújo VC, Maciel AC, Paiva MA, Bezerra AC. Volume derramado, saturação de oxigênio e frequência cardíaca durante a alimentação de recém-nascidos prematuros: comparação entre dois métodos alternativos de oferta. CoDAS. 2016;0(3):212-20.)

Copo e mamadeira mostrou que a mamadeira aumentou os episódios de dessaturação, frequência cardíaca elevada, aumento significativo no tempo de internação, confusão de bico causando mamilos doloridos, redução da produção láctea materna, dificultando a transição para a amamentação no peito, contribuindo para o desmame precoce.(1212. Marinelli KA, Burke GS, Dodd VL. A comparison of the safety of cupfeedings and bottlefeedings in premature infants whose mothers intend to breastfeed. J Perinatol. 2001;21(6):350–5.,1313. Rocha NM, Martinez FE, Jorge SM. Cup or bottle for preterm infants: effects on oxygen saturation, weight gain, and breastfeeding. J Hum Lact. 2002;18(2):132–8.,1717. Yilmaz G, Caylan N, Karacan CD, Bodur İ, Gokcay G. Effect of cup feeding and bottle feeding on breastfeeding in late preterm infants: a randomized controlled study. J Hum Lact. 2014;30(2):174–9.)

O uso do copo e da sonda dedo mostraram-se mais seguros, pois diante das condições fisiológicas e estabilidade clínica do bebê, possibilitaram menor incidência de episódios de dessaturação, menor gasto de energia, maior ganho de peso no 10º dia e menor tempo de transição para a amamentação no peito.(1212. Marinelli KA, Burke GS, Dodd VL. A comparison of the safety of cupfeedings and bottlefeedings in premature infants whose mothers intend to breastfeed. J Perinatol. 2001;21(6):350–5.,1313. Rocha NM, Martinez FE, Jorge SM. Cup or bottle for preterm infants: effects on oxygen saturation, weight gain, and breastfeeding. J Hum Lact. 2002;18(2):132–8.,1717. Yilmaz G, Caylan N, Karacan CD, Bodur İ, Gokcay G. Effect of cup feeding and bottle feeding on breastfeeding in late preterm infants: a randomized controlled study. J Hum Lact. 2014;30(2):174–9.,2121. Buldur E, Yalcin Baltaci N, Terek D, Yalaz M, Altun Koroglu O, Akisu M, et al. Comparison of the finger feeding method versus syringe feeding method in supporting sucking skills of preterm babies. Breastfeed Med. 2020;15(11):703–8.)

Viu-se, ainda, que, durante a alimentação com copo, o bebê projeta a língua para frente, sobre o rebordo alveolar inferior para sorver o leite, ajudando no desenvolvimento subsequente dos movimentos da língua, respeitando sua respiração e deglutição, levando a pega adequada quando realizado o peito estímulo.(1313. Rocha NM, Martinez FE, Jorge SM. Cup or bottle for preterm infants: effects on oxygen saturation, weight gain, and breastfeeding. J Hum Lact. 2002;18(2):132–8.)

Todas as técnicas permitiram evolução na transição da dieta do prematuro, seja isolada ou em combinação. Porém, uma condição sine qua non é avaliar a idade corrigida, tendo em vista que o padrão de sucção de prematuros com 33-34 semanas assemelha-se ao de bebês a termo. Evidenciam-se os efeitos danosos do tempo prolongado da alimentação por sonda, como hipersensibilidade oral, choro, recusa de alimentação e inflamação esofágica e/ou faríngea, e a transição é imprescindível para a maturidade.(3030. Wang YW, Hung HY, Lin CH, Wang CJ, Lin YJ, Chang YJ. Effect of a delayed start to oral feeding on feeding performance and physiological responses in preterm infants: a randomized clinical trial. J Nurs Res. 2018;26(5):324–31.)

Esta revisão incluiu estudos que evidenciaram técnicas que permitem a atuação do enfermeiro na transição da dieta, observando a administração e comportamento do prematuro para iniciar o peito estímulo. Dentre as limitações, tem-se a heterogeneidade dos estudos na metodologia, em área de internação do prematuro (UTIN e UCINCa) e/ou especialidades variadas, perfil dos participantes, tamanho da amostra e em técnicas, impossibilitando a metanálise dos dados.

Observou-se heterogeneidade entre os estudos incluídos, tanto no local de realização (UTIN, UCINCa e Unidade de Cuidados Intermediários – UCINCo), técnicas utilizadas, análise do tempo de transição da alimentação e profissionais. A variação provavelmente pode ser em decorrência das diferenças metodológicas, limitando generalizações. Contudo, mesmos diante da impossibilidade de generalização dos achados devido à heterogeneidade, observou-se a importância do uso de técnicas de estimulação para transição da dieta do prematuro, reduzindo o desmame precoce e redução do período de internação.

Outro ponto evidenciado foi a fragilidade do método. Apesar de os dez artigos serem ECR, o cegamento, alocação e randomização levaram a maior risco de viés. Sugere-se a realização de estudos buscando evidências mais amplas e comprovando outras técnicas de transição alimentar no prematuro, que contemplem a translactação e a relactação.

Conclusão

Partindo dessa revisão sistemática, foi possível perceber que as técnicas utilizadas permitiram a transição alimentar da sonda orogástrica para prematuros internados em unidades hospitalares. A transição alimentar deve ser iniciada na UTIN, com uso do cheiro do leite materno durante a gavagem e observação do comportamento do prematuro. Técnicas como EO, SNN, sonda dedo, copo e colher permitiram a transição da dieta, em um período mais curto, reduziram o tempo de internação, aumentaram o ganho de peso e mostraram-se seguras, desde que o prematuro tenha maturidade para ser realizada. Já a mamadeira, foi desaconselhada, pela ocorrência de episódios de dessaturação, aumento da frequência cardíaca e confusão de bico. Ao analisar as variáveis dos estudos, evidenciou-se que o processo de transição da alimentação e a importância da avaliação do peso, idade corrigida e do comportamento do prematuro, auxiliam as equipes de cuidado em saúde, possibilitando reconhecimento do momento ideal e seguro para iniciar a transicionar da sonda para o AM.

Agradecimentos

Os autores agradecem ao apoio do Programa de Pós-Graduação em Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde da Universidade Estadual do Ceará (UECE), ao suporte financeiro da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (FUNCAP) através do fornecimento de bolsas de mestrado para Domingos JEP e doutorado para Tavares ARBS e Silva VMGN e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

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Editado por

Editor Associado (Avaliação pelos pares): Kelly Pereira Coca (https://orcid.org/0000-0002-3604-852X) Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    04 Mar 2024
  • Data do Fascículo
    2024

Histórico

  • Recebido
    4 Jun 2022
  • Aceito
    9 Set 2023
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