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BLOQUEIO ANESTÉSICO PERICAPSULAR MELHORA O PÓS OPERATÓRIO EM FRATURAS TRANSTROCANTÉRICAS?

RESUMO

Objetivo:

Avaliar a dor e a mobilidade em pacientes com fraturas transtrocantéricas submetidos à osteossíntese com bloqueio do grupo de nervos pericapsulares (PENG) e comparar a pacientes que não receberam o bloqueio.

Métodos:

Foram analisados os prontuários de 49 pacientes e coletados dados referentes a: idade, sexo, avaliação anestésica, causa do trauma, locomoção, classificação da fratura, tipo de anestesia utilizada, técnica anestésica, dor, administração de opioide e deambulação com carga parcial.

Resultados:

Dos 49 pacientes, 17 (34,7%) receberam o bloqueio PENG. Após a cirurgia, a maioria dos pacientes queixou-se de dor e foi administrado opioide (67,3%), sendo a maior frequência no grupo sem o bloqueio PENG (93,3%). A maioria dos pacientes que receberam bloqueio PENG deambularam em até 6h após a cirurgia (52,9%) e todos recuperaram a capacidade de deambular até a alta hospitalar (48h), diferindo do grupo que não recebeu o bloqueio PENG (p = 0,012). Houve diferença significativa entre os grupos em relação à frequência de relatos de dor moderada a forte (p = 0,003).

Conclusão:

O uso de bloqueio PENG em pacientes com fraturas transtrocantéricas submetidos à osteossíntese pode auxiliar na diminuição da dor pós-operatória, deambulação precoce com carga parcial e menor necessidade de uso de opioides. Nível de Evidência III, Estudo Retrospectivo Comparativo.

Descritores:
Fraturas do Quadril; Fraturas do Fêmur; Deambulação Precoce; Analgesia

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