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Espondilolistese traumática do áxis: epidemiologia, conduta e evolução

OBJETIVO: Avaliar casos de espondilolistese traumática do áxis e descrevê-los com relação à epidemiologia, classificação, déficit neurológico, tempo de consolidação e tratamento. MÉTODO: Análise retrospectiva dos prontuários dos pacientes tratado de 2002 a 2010 no IOT-HCFMUSP. Critério de inclusão: fratura da pars interarticularis de C2. RESULTADOS: 68% dos pacientes do sexo masculino com idade média de 39,1 anos. Utilizamos a classificação de Effendi, modificada por Levine-Edwards. Observamos fratura do tipo I em cinco pacientes (31,2%) e tipo II em oito pacientes (50%). Apenas três pacientes (18%) apresentaram fratura do tipo IIa. Não houve casos do tipo III. Mecanismo: Oito acidentes automobilísticos e quatro quedas. Outros mecanismos: atropelamento e mergulho. Tratamento: tração com halo craniano em onze pacientes. Foram usados gesso minerva e halo-gesso. Tempo de consolidação: 3,6 meses. Tempo de seguimento: 9,6 meses. DISCUSSÃO: Nossos resultados confirmam que fratura do enforcado apresenta bom prognóstico. Não houve necessidade de cirurgia em nenhum caso. A incidência de déficit neurológico é baixa. Nenhum paciente apresentou fratura instável, tipo III. CONCLUSÃO: Este trabalho sugere que a espondilolistese traumática do áxis continua sendo uma lesão satisfatoriamente tratada de forma conservadora na maioria dos casos. Nível de Evidência IV, Série de casos.

Áxis; Espondilolistese; Coluna Vertebral; Imobilização


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