RESUMO
Introdução:
As fraturas expostas, apesar de pouco comuns, têm custos que superam todos os outros motivos das internações. Sua epidemiologia é de fundamental importância para planejar o tratamento e definir prioridades.
Objetivos:
Avaliar prospectivamente o perfil epidemiológico das fraturas expostas e o grau de satisfação do atendimento inicial.
Métodos:
Estudo epidemiológico, prospectivo, descritivo, observacional, em amostra de conveniência das fraturas expostas. Avaliaram-se aspectos epidemiológicos quantitativos e qualitativos das fraturas expostas e o grau de satisfação com o atendimento inicial.
Resultados:
Foram atendidos 124 pacientes com 155 fraturas expostas. Desses, 88% eram do sexo masculino com média de idade 43 anos (± 42,99); não branco (56,72%); casado (52,41%); com baixo nível de instrução (51,60%); agricultor, autônomo, pedreiro ou industriário (51,60%); com ganho mensal de até dois salários-mínimos (87%); hígidos (76,13%); vítimas de acidentes trabalhistas (39,51%) nos ossos das mãos (58,02%); especialmente do lado esquerdo (55%); atendidos entre quinta-feira e sábado (50%); no período diurno (77%). Esses pacientes mostraram elevado nível de satisfação com o atendimento inicial realizado (98%).
Conclusões:
As fraturas expostas se relacionaram com homens hígidos, em torno de 43 anos, baixo grau de instrução e baixa renda, nos membros superiores, no período diurno de quinta a sábado. A maioria ficou satisfeita com o atendimento prestado. Nível de Evidência II, Estudo Epidemiológico, Prospectivo, Descritivo e Observacional.
Descritores:
Acidentes de Trânsito; Epidemiologia; Estudos Prospectivos; Fraturas Expostas; Motocicletas